Meio
A Travessia
A travessia é um campo verde em densa mata localizada em meio ao nada, na área rural, protegida pelo breu noturno da roça e recoberta pela bruma da madrugada.
É escura e incerta, feito o medo que nos cerca e que faz tremer as nossas pernas, em razão do frio que corta o corpo nos ventos perenes em rajada e na coragem que de súbito nos faz crer no reencanto de nossa alma, há muito desencantada.
A travessia se estende por todo o caminho ao longo do que se pode alcançar em visagem, lá do alto da encosta que margeia esse lugar o céu é enorme e as estrelas brilham na imensidão do firmamento em um tom azulcintiloprateado capaz de encantar a qualquer um que se prestar a olhar.
Ao mirar o horizonte que se agiganta à nossa frente adquirindo dimensão de infinito, veem-se claramente as constelações estelares em formações que se conta aos milhares ou aos milhões.
Os pontinhos reluzentes, encantadores e extremamente viciantes são minúsculos ao serem observados daqui e ao reluzirem encantam e fazem aflorar os meus mais profundos, sinceros e bonitos sentimentos.
Nesse sítio onde as estrelas abundam no céu, também faz morada a lua, tímida e reservada, a lua dourada que pinta os nossos sonhos de emoção, clareia o mato alto e a copa das árvores em espetáculo digno de aplausos.
Na travessia pelo ponto mais alto da encosta, a experiência de quase todos os dias é um sincero e caloroso abraço da vida, um afago da lua mais bonita que eu já vi e um sentimento que eu nem ouso tentar explicar com palavras. É preciso sentir com o corpo inteiro a poesia que é estar lá enquanto a natureza dá o seu show.
Minha alma grita
Minha mente se perde no meio de tanta bagunça
Meu sentimento é um mix de fogos de artifício
Meu coração não para, acelerou tão rápido que me senti em uma corrida com o Usain Bolt
Meu corpo sente tantos sintomas que me sinto em um questionário médico
Mas a minha boca...
Ela não luta, ela se rende no primeiro sinal de perigo
Ela prefere ver do que agir
Ela sofre medo
Medo de não ser persuasiva o bastante
Medo de lutar
No fim ela sabe que será vencida por outro de qualquer jeito, mas não pelos argumentos e sim porque o outro não teve medo como ela
Felicidade
Corri em direção a liberdade
Encontrei no meio de tanta solidão
um lar
Alguém que pensei que tinha amor para me dar.
Por muito tempo sozinho eu estava
E então deixei-me levar pelo
momento
E sem nem pensar no que eu sentia realmente por dentro...
Sozinho, eu me sentia sozinho
E com o “falso amor" ao meu redor minha ingenuidade era a maior.
Um lar eu ganhei
Carinho eu tive, amor.. isso eu não sei
Com o tempo a empolgação foi se esfriando
Minhas brincadeiras já eram ignoradas
Minha forma de ter atenção já incomodava
E eu pensei que talvez eu não seja mais o querido da casa
Talvez eu seja agora um incômodo
Um erro
Uma escolha do calor do momento
“Não devíamos ter o adotado"
Era isso que eu ouvia pela casa
E talvez minha presença ali
Agora não era mais necessitada
O animal fofinho
Agora conhecido com o chatinho
Já estava dando trabalho
Mas tudo que eu queria era ser amado
E por um tempo eu pensei que teria isso, mas agora vejo que eu fui deixado de lado.
Aquele animal que foi adotado agora sendo levado para um lugar desconhecido, vendado
Sendo ali abandonado por alguém que ele amou incondicionalmente por ser adotado escolhido entre muitos para ter um lar
Um lugar onde morar
Alguém para poder amar
E alegria a todos poder dar.
Mas agora vendo ele se afastarem me pedindo para ficar naquele lugar, e nem me falaram que seria meu novo lar.
Ali chorando eu fiquei pensando que iriam voltar
Para me levar para casa
Meu lar
O lugar em que eu pensei que sempre iria ficar
Mas agora vejo que a solidão comigo está
Sozinho ali, vejo a noite chegar, os dias passarem, a fome me dominar
E chegou então um momento que não consegui mais gritar
Gritar por ajuda
Me levem de volta para meu lar
E sinto que ninguém irá me ajudar
Pois deixei mais uma vez me enganar
Em pensar que alguém comigo queria ficar
Então espero toda essa dor cessar
E todas as noites a morte vem me visitar
Falando que com ela eu posso ficar
Então deixei a morte me levar
E espero desta vez não me enganar.
_Não abandone os animais_
Me sinto só
Minha alma agora sedenta de paz
Procurando formas de se remediar
Em meio aos lamentos e dor que sentia
Meu coração só gritava.
A dor agora insuportável
E meu corpo sendo machucado
Pela lâmina sedenta de morte
Mostrando junto ao sangue o passado
Que me destruiu em apenas um corte
O fogo que queimava
Se mostra frio
A alma iluminada
Agora anda vagando pelo
Mundo onde não há vida
Procurando formas de se reconstruir
Para algum dia então poder sorrir.
A paz em meio ao caos
A luz em meio a escuridão
Mostrando o caminho para
O início de uma grande questão
O fardo agora sendo carregado
É mais pesado do que parecer ser
O sentimento que entanto era impossível
Te mostra algo possível a se fazer.
O ser que antes iluminado
Agora se mostra apagado
Mas antes fosse pela morte
Do que esperar a vida, ser sua por sorte.
O tempo passa a dor consome
A morte se tornou presente
O sentimento que antes reprimido
Agora pela vida foi mostrado
Fazendo assim o ser que antes lutava,
Ser de novo abalado.
Sua imagem em órbita.
Flutuando em meio aos meus pensamentos,
Me faz sentir feliz
E esquecer os meus lamentos
Tu tem brilho próprio
Que trás luz para minha escuridão
Em ti encontro abrigo
Para meu solitário coração.
Te olho entre as nuvens
E me perco no espaço
Que há entre nós
Só queria por um momento
Que as estrelas
Nos deixassem a sós.
CUMPRIMENTO LEAL DO PLANO DA EVOLUÇÃO DIVINA
A justiça de Deus é rígida e, por meio de suas leis, deve ser seguida a rigor. Ela exige o cumprimento leal do plano da Evolução Divina que para nós foi traçado, o qual determina que se quisermos nos aproximar da nossa principal missão que é a Perfeição, devemos segui-la à risca.
Se para você está difícil, imagine para a Lua que tem que brilhar mesmo em meio a escuridão e ao vazio espacial. Aprenda com ela, brilhe!
Seu brilho não será em vão, assim como o brilho da Lua não é para os enamorados.
SOB PRESSÃO
Difícil pensar no alvo,
no foco, na nascente da resposta.
Em meio ao alvoroço de idéias distorcidas,
do emaranhado de possibilidades improváveis,
no epicentro da negatividade.
Difícil se equipar de material bélico
capaz de dilacerar os fatos,
estilhaçar o telhado de vidro
construído sobre o amontoado de emoções.
No entanto e num instante,
em meio à ebulição de idéias, a luz.
Coloca-se a tampa, cria-se mais pressão,
que cozinha o feijão,
que movimenta a locomotiva,
que move o gerador,
que me dá velocidade,
que me faz vencedor.
"Em meio à crise do coronavírus tenho notado um vírus muito mais letal: a ignorância, mãe da demagogia. Não há vacina suficiente."
Uma nova era surgirá em meio ao caos da pandemia assim, que os seres humanos aprenderem a valiosa lição. Isso tudo passará na hora certa. Não se apoquente. Deus esta sempre no comando de tudo.
Menina foi pro parque ao meio dia,
Condessa no País das Armadilhas,
Autopsia um tanto inconclusiva,
Inerte, jazendo em mesa frígida.
Gostava das nossas noites "perdidas", daquele "oiee" no meio da madrugada. Dos fins de semana de conversas constantes... Gostava de tudo, daquele sorriso bobo, você dizia que eu era suspeita porque dizia que gostava disso ou daquilo. Mas eu não era tão suspeita assim, eu só era uma apaixonada.
O Brasil está parecendo um barco sem leme no meio de uma tempestade, em tempos de pandemia e crise política
E mais um raio caiu em meio as árvores, o fogo na mata se espalhava.
O som forte de trovoadas ecoavam por todo lado, os animais pareciam aterrorizados.
Presságio que mais uma vez o céu iria enxaguar as impurezas, era a temida chuva.
O fogo aos poucos se apagava, roedores agora precisavam sobreviver e se refugir dos golpes frios e gélidos de água.
como uma cascata de chocolate, a água enlameada chegava aos rios que desaguava na imensidão do oceano, sujando de tal forma como se fosse um cisco no olho de um gigante, comparado a imensidão do mar.
Algumas horas se passaram e o calor na terra, aquecia o solo e até mesmo ardia a pele ou pelo.
Sinal verde quando o sol chegava ao clímax iluminando todo o mundo, agora os pássaros podem cantar, a mais completa sinfonia orquestrada pelo o organizado coro, fauna.
O mundo é mundo é mundo, complexo e simples, sem palavras, sem dialetos, sem linguagem.
A caça e caçador, a presa e o vilão que espreita, seguem o fluxo do cotidiano da vida.
E foi assim por milhares de anos, até que o homem surgiu.
Tudo era perfeito, até que o homem imperfeito, que se acha perfeito, trouxe consigo o mais horrível significado de perfeito, perfeito caos.
Queria ser uma estrela
Ter todo o seu brilho
Toda sua beleza
Reluzir lindamente.
Morar em meio a outras estrelas
Onde a maldade não chega
Apenas a natureza exerce seu poder
E a paz é constante.
Esta estrela deve ter inveja de mim
Porque moro na terra
Não passo solidão
E tenho uma história.
De onde está, ela nos olha
Se pergunta como é o amor
Como é sentir as emoções
E chora sem poder chorar.
Sempre queremos ser o que não somos
Por achar que o valor do outro é maior
Maldição ter esse pensamento
Todos somos preciosos, cada um do seu jeito.
