Meio
religião é o meio pelo qual o homem quer se autoperdoar para chegar a um Deus que ele matou em seu coração há muito
Título: Amor que Vem do Sertão
(Verso 1)
Nasci no meio da terra e do sol,
Onde o vento canta junto com o arrebol.
Foi ali que encontrei teu olhar,
Um farol que me guiou pra sonhar.
(Pré-Refrão)
E quando o luar beijou o chão,
Eu senti no peito essa paixão.
Você chegou tão devagar,
Feito chuva no sertão pra acalmar.
(Refrão)
Meu amor, eu sou raiz desse chão,
E você é flor no meu coração.
Teu sorriso é o meu nascer do dia,
Teu abraço é o que me dá alegria.
Amor que vem do sertão,
Feito poeira e oração.
(Verso 2)
Tua voz é melodia do cantar,
Um acalanto pra minha alma descansar.
Cada toque teu, meu bem, é um trovão,
Que desperta e faz vibrar meu coração.
(Pré-Refrão)
E quando o cheiro da terra molhada vem,
Eu lembro do nosso amor também.
Forte, simples e verdadeiro,
Como o rio correndo em janeiro.
(Refrão)
Meu amor, eu sou raiz desse chão,
E você é flor no meu coração.
Teu sorriso é o meu nascer do dia,
Teu abraço é o que me dá alegria.
Amor que vem do sertão,
Feito poeira e oração.
(Ponte)
Se o destino tentar nos separar,
Vou lutar contra o tempo e o lugar.
Porque nada pode apagar,
O amor que a vida veio plantar.
(Refrão Final)
Meu amor, eu sou raiz desse chão,
E você é flor no meu coração.
Teu sorriso é o meu nascer do dia,
Teu abraço é o que me dá alegria.
Amor que vem do sertão,
Feito poeira e oração.
(Encerramento)
Amor que vem do sertão,
Eterna bênção da criação.
perdido
Perdido como uma estrela em meio à galáxia,
Sinto-me ser sugado por um buraco negro.
Sombras, medo e escuridão... não há mais nada.
Lembranças, sorrisos, desejos — já não tenho mais.
Sinto-me trevas, sou o nada, sou o abismo.
Tenho medo de seguir machucando quem amo,
Incapaz de ser diferente.
Sinto-me gelo.
Sou medo.
Mas talvez, em meio à escuridão,
Ainda exista uma centelha,
Um fio de luz a me guiar
De volta para mim.
As chuvas não param
ventos intensos assustam,
o sol, meio encabulado
continua escondido
longe dos telhados
talvez bem à tardinha
na reza da Salve-Rainha
olhos misericordiosos
venham nos proteger
a doçura e a esperança
serão bem abençoadas
e antes da madrugada
o céu esteja estrelado.
PREMONIÇÃO
.
.
Em um dia de meio dia,
meus olhos, somente os olhos,
tiveram uma visão.
.
Lembro-me que a luz me doía
como uma ponta de sabre
no corpo do coração.
.
Lembro-me, sem muito assombro,
que tudo quedava incompleto,
como se as luzes buscassem em vão
o preenchimento das coisas.
.
Na sintonia das imagens
dissecavam-se as paisagens
sem mistificação:
.
Não obstante o colorido,
ficavam os homens repartidos
como se feitos de pão.
A uns: o ouro e a prata;
a outros: a fome e a crença;
a esses: a esperança;
para aqueles: quitutes em lata.
.
Tanto sol doía
nos ombros da nação
(talvez não houvesse justiça
em sua distribuição).
.
E talvez por ser evidente,
ficavam doídas e claras
as sombras dos coqueiros.
Ali, onde outrora era verde
espreitam crianças no desamparo.
.
Desamparadas, porém livres,
querem construir a nação
– mas faltam-lhe os instrumentos:
os braços, e as mãos...
.
.
Igualmente iluminados,
os andarilhos nas estradas:
pés descalços, chapéus de palha,
– ou capacetes e mãos de graxa –.
Todos, embora cansados,
querendo correr o chão.
.
Mas falta-lhes segmento:
as pernas da multidão.
.
Arre!
Tanto sol
arde como uma tarde
de Verão...
.
.
BARROS, José D'Assunção. Publicado na revista Insurgências, 2024]
Quem te largou no meio da selva não tem o direito de saber o que aconteceu entre você e os animais selvagens, muito menos como você conseguiu sair de lá.
Eu caminho por teus dias sombrios
Segurando tuas mãos nas noites frias
Te dou paz em meio ao caos
Sem esperar por teus sinais.
Eu carrego teus medos no peito
E transformo dor em abrigo perfeito
Sem contar as vezes que caí
Só pra te ver de pé aqui.
Eu danço sob tuas sombras perdidas
E te trago de volta às luzes contidas
Sem perguntar onde estive
Apenas sendo quem revive.
Eu escuto o silêncio que não dizes
E desvendas teus mistérios tão sutis
Sem cobrar as respostas incertas
Apenas com as portas abertas.
Eu sustento o peso dos teus erros
Com a leveza de quem ama sem medos
Sem querer nada em retorno
Somente teu coração em contorno.
Eu acolho cada parte ferida
E dou-te novas cores na vida
Sem pedir que me sigas
Somente que nunca desistas.
Já colhi soja,
quando menino
antes da mecanização
era meio tosco;
ai de quem largasse
um dos pés descalços
sobre o toco
recém-cortado
doía
e não era
pouco.
Soja vira óleo
e você usa
vira ração
e seus bois
engordam
vira margarina
eu nem gosto
vira dinheiro,
mas é para poucos.
No meio de um silêncio!
Como um grito
de socorro
no vácuo do espaço, como um buraco negro que desconhecemos
e todos temem
Uma parte de nossas vidas
Não existe mais
Um luto de duas partes Uma única dor sentida por duas pessoas
Uma história que chega ao fim
Mas somos obrigados Continuar pela vida, Pelos que amamos
E ter a chance de fazer
Uma nova história
Onde o silêncio será preenchido por Amor!
E no lugar de gritos de socorro
Não ouvido Tomará lugar de longas gargalhadas
Ouvidas pelos quatro cantos do mundo
Não sinta saudades Sinta Amor!
Mesmo em meio à tempestade, a melodia da esperança ressoa. Um dia ruim não define a sinfonia da vida, apenas um compasso desafinado. No palco da existência, a alegria ainda dança em meio às cortinas de chuva. As lágrimas de hoje serão lembranças amanhã, e o aprendizado, a melodia que nos guiará. A tristeza pode persistir, mas a promessa de dias ensolarados permanece.
Vejo o campo e
a vegetação
e as ruínas
do que foi uma cerca.
Em meio à grama
um osso pelado
pelos cachorros.
Aqui se vê a pobreza
e se sente a fome,
talvez o homem
não se alimentou
e fugiu
talvez não resistiu,
há corvos aqui
não é um bom lugar ― definitivamente não.
Em meio a tantas vozes, a sua é a que traz conforto, como se o mundo inteiro se silenciasse para que eu pudesse ouvir apenas você.
Moabe Teles
Um dia você terá todas as respostas, mas não hoje, ainda não, estamos no meio do caminho, viva sua vida.
A calma na alma é como um rio sereno em meio ao caos, trazendo paz e confiança no tempo certo. Ela nos permite encontrar respostas no silêncio, ver as preocupações passarem e nos lembrar que, com tranquilidade interior, sempre estaremos no caminho certo.
A educação que busca a excelência no ensino por meio de um trabalho focado no resultado do processo avaliativo, não alcança algo diferente de condicionamento educacional.
O colapso que antecede o extremismo de uma vida, o antagonismo em meio a arrogância de saberes que perpetuam gerações.
Valores deturpados, tabus que sobrevivem em meio a um inconsciente confuso e uma angústia que se sobressai no presente.
Mentes confusas, adultos infantilizados e vitimados e no pior de sua realidade narcisista que exploram a fraqueza emocional do outro para se sentirem completos.
Em uma sociedade tão confusa e perdida em seu próprio caos a convivência vai se tornando cada vez mais distante, é mais tranquilo interagir no mundo virtual e descartar sem culpa,ou sofrimento.
A família deixa de ser importante e aos poucos o isolamento social vai se tornando cada vez mais uma realidade escolhida por seus adeptos.
O silêncio é prazeroso, ouvir é cansativo e falar desnecessário é mais cômodo persuadir e jogar por diversão. Não há vínculo, não há sentimentos construídos, não há emoção, não há necessidade de ação ou desafios que garantam uma evolução diária.
O computador está ligado, mas os softwares não evoluiram, não há atualização do sistema.
Em algum momento a máquina vai desligar , a vida acabou e não há mais escolhas, não existe o respirar.
Texto de Islene Souza
Linda Paisagem
Sentado em meio às árvores, aprecio o pôr do sol. Uma ninhada de pássaros chega aos montes, cantando e anunciando a chegada do outono.
O céu, de um azul profundo, é emoldurado por uma brisa suave que acaricia meu corpo. As folhas das árvores dançam gentilmente ao ritmo do vento, criando um sussurro harmonioso.
Cigarras, grilos e sapos, como uma orquestra, iniciam ao meu redor um esplendoroso concerto musical. O som das águas de um riacho próximo se mistura à melodia natural, trazendo uma sensação de paz e tranquilidade.
O ar está impregnado com o aroma fresco da terra úmida e o perfume sutil das flores silvestres. O cheiro das folhas secas, espalhadas pelo chão, evoca memórias de outonos passados.
A noite chega, as luzes se acendem e as pessoas começam a se recolher rumo aos seus lares, alheias ao maravilhoso espetáculo que as cerca. As estrelas começam a brilhar no céu, como pequenos diamantes, iluminando a escuridão com seu brilho sutil. O som distante de risadas e conversas se mistura ao canto dos grilos, criando uma sinfonia de sons noturnos.
*Juliano Fraissat, 12 de setembro de 2016, 02:19 AM.*
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Solidão
Em silêncio, eu me perco,
Em meio ao vazio, eu me encontro.
A solidão me envolve,
Como uma sombra sem fim.
Meus pensamentos são meus amigos,
Minha companhia mais fiel.
Mas até eles me deixam,
E o silêncio é tudo o que resta.
A solidão é um mar,
Profundo e sem margens.
Eu me sinto uma gota,
Perdida em sua imensidão.
Mas ainda assim,
Eu encontro um refúgio.
Em meio ao vazio,
Um espaço para sonhar.
Boxe é só chegar lá, meter o braço e pronto. É como na vida, não tem meio-termo, se não bate, apanha. Apanhei um bocado, mas bati mais do que apanhei.
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