Medo Drummond
Medo? Tenho sim,pois sou humana,mas medo mesmo tenho de não conseguir viver minha vida com a morte batendo em nossa porta todos os dias!
SOMBRAS DO AMANHÃ
Em dia de fúria,
Desgosto e tempestade
Há tanto medo e trevas
Em todo pensamento
Sobre o amanhã...
Nem Kafka me socorre
Nem Pessoa,
Que Dante
Socorria.
Nem Castro Aves
Com o peso da
Cruz de Sousa
Sobre o lombo dos homens.
Pobre Zaratustra
Ventríloquo de Deus
Na língua do diabo
Palhaço de Goethe
Verlaine e Rimbaud.
Nada me socorre
Nem poesia nem vinho
Nem fumo ou absinto
Nem Maiakovski
Neruda
Ou Baudelaire.
O tempo muda e as vontades também!
Chega um determinado momento na vida, que sentimos medo da mudança.
A rotina nos acomoda e sair de nossa zona de conforto torna-se algo cada vez mais difícil.
É que o medo da mudança nos impede de sonhar!
Ficamos com receio de arriscar, inseguros diante do novo, porque o novo é desconhecido e o desconhecido sempre assusta.
Temos o costume, mesmo que involuntariamente, de desconfiar, de nos blindarmos.
E por isso, muitas vezes, não conseguimos nem sequer enxergar que um ciclo da nossa vida chegou ao fim, e que está na hora de se reinventar.
Chega um momento que precisamos nos libertar daquilo que já não nos serve mais, jogar fora tudo aquilo que nos deixa indiferente, tudo aquilo que nos trava, jogar fora mesmo tudo aquilo que já não nos faz bem.
Se continuarmos insistindo em viver etapas que já chegaram ao final, estaremos desperdiçando outras etapas que podem ser incríveis a ponto de nem imaginarmos o quanto, justamente pelo medo do que virá pela frente, mas principalmente medo de mudar.
A regra é clara: “Só o que está morto não muda”.
É preciso saber virar a página, concluir um ciclo e recomeçar sempre!
Resgatar os sonhos que estavam esquecidos.
Sem sonhos, a vida é levada sem direção, sem motivos pra ser feliz.
Quantas pessoas nós vemos por aí que, no final da vida, se sentem frustradas por não terem corrido atrás do que sonhavam e que viveram uma vida de mesmice e inércia?
Não espere a dor de não estar vivendo ficar maior que o medo de mudar! Mude, recomece, acredite, confie!
Feche os olhos e escute o seu coração!
Permita-se mudar!
Seja dono de si mesmo não escravo de si mesmo. Perca o medo da perda, esvazia a mente e a preencha com o próprio vazio. Seja consciente não inconsciente e dessa maneira expresse-se. Temos dois braços e duas pernas, dedos. E com isso infinitas formas de nos expressar e de criar, seria um desperdiço não usá-los. Isso é arte marcial.
Hoje estou vivendo, sem medo de ser traído, sem angústia, sem sofrimento, hoje vivo por mim mesmo...
"Eu te amo" apenas três palavras, muito poderosas, essas palavras nos dá medo do mesmo jeito que nos da liberdade...Elas nos ajuda a traduzir o que sentimos em forma de palavras.
Muito difíceis de usar mas muito fáceis de nos alegrar.
Eu nunca vi tanta tristeza no olhar
Eu vejo a sua alma provando o seu beijo
Com medo do escuro meu olhar vai brilhar
Enxergo o seu corpo e liberto o desejo
Me encontro e me perco sempre em seu olhar
Com medo de amar, olha meio sem jeito
Ando sobre espinhos se me acompanhar
O amor é assim, ele domina o peito
"Admitir Ter Medo Do Inimigo Não Tem Nenhum Problema; o Problema é Admitir Ser Vencido Pelo Inimigo Por Não Ter Coragem De Enfrentar o Medo..”
O ENCANTO E A SEREIA
Era um renascer
tão Perfeito que deu medo.
Mas ela vivia e corria riscos,
- Alma de Poeta -
respirou fundo e se entregou.
Despiu-se da desconfiança,
perfumou-se de tempo,
passou vinho nos lábios
e no Mar mergulhou.
Ah, vento travesso!,
ao presenciar o mergulho
faz uma traquinagem:
balança
- mexeriqueiro -
as coloridas folhagens
da mata em volta da ilha
e pensa "salvar" sua Bruxinha
de outra sacanagem.
Uma praia escondida,
que não era deserta,
tinha uma pequena sereia.
Ela ri e segue em frente
feito onda faceira.
O Vento cometeu um engano.
Ela não temia
porque não era uma sereia.
Ela era o próprio Encanto.
Janaína da Cunha
📌
"Não tenho medo de recomeços, muito menos de mudanças.
O que me da medo de verdade é o círculo vicioso da rotina e de me acostumar a não lutar pelos meus desejos.
Isso é a morte em vida.
Eu estou viva, portanto, mereço viver."
(Janaína da Cunha)
O NOME DO SENTIMENTO
O medo que ela tinha de vê-lo infeliz era maior do que o medo de perdê-lo.
Que sentimento era aquele? - perguntava-se encantada.
Ela se irradiava como sol - mesmo em cinzentos dias - explodindo numa alegria pura e sincera só por saber que ele existia.
Ele morava dentro dela e, por fora, ela mesma se preenchia.
Sentia-se viva em movimento com a vida: pulsava, pulsava, pulsava... como os acordes mudos de uma canção ainda não cantada.
Ela - de tanto que o amava - tornou-se toda coração.
Não importava a distância das idas e vindas, quantas estradas e curvas ele percorria.
Era dentro dela - sua Alma - que ele vivia.
(Janaína Da Cunha)
É maravilhoso fazer aquilo que os outros disseram que você não seria capaz...
E ela foi com medo, com a cabeça cheia de dúvidas e percebendo que o tempo passa muito rápido...
Apesar de tudo era atrevida e queria viver, queria vida!
E a vida como um sopro a encheu de novos sonhos e novas perspectivas e ela deixou de lado as palavras derrotistas e tão pessimistas de quem apenas a olhava agora de longe, de muito longe...
Ela aprendeu que na vida a melhor coisa a fazer é ficar longe de quem não acrescenta, que só suga e é incapaz de olhar para si mesmo e tentar ser feliz também...
Ela deu um grande salto e fez coisas que para muitos soaria como loucuras... Se jogou na vida sem medos, e nem sabia se lá embaixo ia ter tela de proteção, e algumas vezes não teve mesmo, ela se machucou feio... Mas logo depois tratou de se curar e enfeitar as feridas com coisas belas e largou aquele mundo acomodado e onde muitos por medo ainda continuam lá, agarrados a tantas crenças...
E foi assim, se aventurando e aprendendo com suas próprias limitações e passando a descobrir uma força que nem ela sabia que tinha, que essa moça continua sorrindo e feliz com a vida, com o presente que é viver, e ela agradece todos os dias por ter enfrentado a si mesma e continua fazendo essa maravilhosa viagem dentro de si mesma!
Já fui muitas coisas. Nem sempre fui duvida, insegurança, medo e solidão. Já fui amor. Já fui sorrisos (bem radiantes). Lembro que já fui governador de um reino só meu - você ficava linda de Primeira Dama. As utopias eram permitidas e vividas. Ao fim do dia, pontualmente, todos paravam para ver o show que o céu nos dava com o por do sol. Era muito belo o meu reino, cravos e rosas sempre plantados lado a lado - é preciso ofuscar a vaidade das rosas com a humildade dos cravos.
Hoje, sentado no que já foi chamado de trono, vejo o que resta do meu reino e apesar de estar em parte destruído, ainda noto sorrisos e pequenas utopias. O céu, sempre nublado, deixa escapar poucos raios do sol e algumas rosas e cravos teimam em florescer. Pode parecer loucura, mas agora ,depois de ter sido tantas coisas, sinto que sou mais eu, sinto que sou mais meu.
