Medo Drummond
Eu sentia medo daquele entardecer. A noite sempre me parecera um refúgio nada insólito... cheia de segredos, que servira como esconderijo dos culpados. As noites eram sempre anunciadas com a morte do sol. Mas a esperança amenizava o medo, na profecia anunciada de que o sol nasceria de novo em algum momento.
Eu tinha muito medo dos relâmpagos, na hora das tempestades. Até que um dia eu pensei: de que adianta o meu medo? Se o raio for mesmo cair em cima de mim, eu sofrerei duas vezes: antes de ser atingida e no momento em que for atingida. Se ele não for cair, eu sofrerei por algo inexistente... algo que nunca aconteceu! Desde então, não fico mais apavorada.
Uma coisa é ter precaução, se cuidar.
Outra, muito diferente, é ter medo.
Se isso vale para outras situações da vida, além das tempestades e relâmpagos?
Com toda certeza!
"Vivemos em um mundo, onde existe medo de arriscar e após isso, lágrimas por não ser feliz, eu tento imaginar, porque diabos uma pessoa que não arrisca para ser feliz, depois consegue culpar a todos por não ser feliz?
"Somos obrigados a conviver com pessoas que se escondem pelo medo de arriscar, que toda noite antes de dormir ficam se perguntando: E se?
Pessoas que não arriscaram e não são felizes, mesmo que arriscassem algo e não conseguissem, ao menos teriam o orgulho de dizer que tentaram, e hoje tem o desgosto de nunca ter sido corajoso e arriscado algo."
Que todos os meus inimigos não tenham medo para que eu não precise ter piedade;
Que tenham coração, mas sem sentimentos e sejam fortes e nunca o suficiente para resistir minha luta;
Não fuja das minhas armadilhas e não tente nada contra minhas dúvidas;
Adoro minha sociedade, uma sociedade onde o medo e o pânico se escondem atrás da alienação, da novela como principal fonte, uma sociedade onde temos que dormir prontos para uma guerra que nunca venceremos, brindemos ao sarcasmo, brindemos a nação.
Não tenho medo de ficar sozinha ou estar sozinha. Na verdade o que realmente me apavora é a terrível sensação de estar esperando por alguém que nunca chega...
Argumento qualquer um pode ter, mas quase ninguém usa com medo do que as outras pessoas possam pensar.
Eu tenho um medo de gastar meu tempo me iludindo com as breves verdades que ouvi de pessoas passageiras.
Eu tenho medo de tudo o que é bom, tudo que é intenso...
Fraqueza, covardia... talvez seja apenas proteção. É tão fácil se decepcionar com as pessoas que nós gostamos, e as vezes pequenas atitudes imaturas e egoístas nos fazem perder o que profundamente queríamos.
Daí vem a dita covardia... o que seria mais fácil? Fugir, esquecer, deixar para lá... Se fizer isso agora não vai doer tanto, será mais fácil superar...
Ou arrisco? Me entrego, e deixo rolar... curto os momentos bons de aconchego e carinho, ardência e paixão... e daqui um tempo aguento as consequências desse ato sentimental e irracional...
DEFINITIVAMENTE, para sermos felizes temos que jogar com nossos sentimentos, e arriscar a sorte... o sentimento as vezes podem dar certo!!!!!
Entre lágrimas e risos!
Sou um misto de medo e de fé
Inconstante como a natureza
Muitas das vezes eu sou tal qual a chuva
Um pranto nasce do âmago da minha alma
e molha o meu rosto por inteiro
Logo depois algum indicio de luz
se ostenta na minha face
Então o meu riso se faz
e abranda a minha tristeza
Tem dias em que eu sou a paisagem
mais serena que se possa presumir
Água parada espelhando o sol
e apenas o cantar dos pássaros
desrespeitam esta brandura
Eu adormeço com os anjos risonhos,
tocando violinos para mim
E noutros dias eu sou um vendaval,
que vai arrastando tudo o que encontra pela frente
E os meus ideais andejam para bem distante dos meus olhos
É uma briga constante, o contentamento
e a dor travam uma enorme batalha entre si
No entanto o sentimento na qual eu me empenho
em dar mais força sempre vence!
O meu pesar é que muita das vezes
é a lágrima que triunfa,
e o meu sorriso ainda persiste,
lutando para esconder o impossível!
