Marcas do Tempo
Envelhecer é um processo natural, uma jornada onde o tempo desenha em nossa pele as marcas das experiências vividas. Com os anos, aprendemos a valorizar o essencial, a saborear a simplicidade, e a entender que cada fase da vida tem sua própria beleza e sabedoria. Envelhecer não é perder a juventude, mas ganhar a serenidade e a profundidade que só os anos podem trazer. É um convite a viver com mais intensidade, a amar com mais verdade, e a aceitar com mais graça as mudanças que a vida nos oferece.
O Som do meu Violino
Marcas petrificadas
que evocam fantasmas
de um tempo perdido
(enterrado),
que anuncia a música da renovação.
Assim, toco a minha música
sem a tal mágoa;
transfigurada ao som do meu violino
libertador e divino.
Sim, a música silencia as dores
recolhidas nas asas feridas,
e cada nota sublime
harmoniza o impulso para o voo.
Fico ao Som do Meu Violino.
Ao som do meu violino fico
E a melodia é de paz.
Fico no silêncio profundo
vestido de mim.
Às vezes silencio diante do mundo,
Às vezes silencio diante das pessoas.
Há uma quietude que não me perturba,
há uma solidão que me cabe;
uma caminhada bem longe de mim,
um perto que só eu conheço.
E fico ao som do meu violino...
(Suzete Brainer do Livro: Trago folhas por dentro do silêncio que me acende)
Eu sou muitas...
Sou a que sonha e a que luta,
que carrega no peito as
marcas do tempo,
que se molda,
se quebra, se olha e se refaz.
Sou a força que cala,
a coragem que se descobre.
Nas curvas da vida,
no espelho do tempo.
Há dias em que me perco,
E dias em que me encontro
em cada pedaço de mim.
Nas minhas dores, nas minhas glórias.
Cada versão do que sou,
pode ser um poema inacabado ou
um rascunho daquilo que ainda serei.
E como é belo,
esse eterno descobrir,
esse embalo do deixar fluir,
de me considerar e me aceitar.
De abraçar as sombras
e iluminar as cicatrizes,
de entender que a melhor versão de mim,
é aquela que se constrói todos os dias,
nas falhas, nas quedas,
nas curvas, nas retas.
Assim como você, às vezes me perco,
mas sempre me encontro no caminho
do grande REENCONTRO.
Eu sou muitas...
e em todas sou INTENSA!
Sou o que fui,
o que sou,
e o que ainda serei.
E em cada mudança,
em cada passo,
serei sempre a busca
pela transformação
de mim mesma.
Eu a encontrei num tempo de cicatrizes, marcas deixadas por mãos que não souberam cuidar. Cada ferida parecia lembrar histórias passadas de promessas falhas, de sonhos que se perderam e do medo de amar que agora morava em seu coração. Ela carregava as marcas de quem passou de mão em mão, esperando, quem sabe, encontrar um porto seguro, mas sem ter conhecido um cuidado verdadeiro.
Mesmo assim, enxerguei nela algo especial, uma possibilidade de construir algo novo, de dar certo. Era como se eu tivesse encontrado um solo que merecia florescer, ainda que tivesse sido pisoteado tantas vezes. Em sua dor, vi não apenas as cicatrizes, mas uma alma que ansiava por recomeço, mesmo que ela não soubesse ainda.
Mas a cada passo que eu tentava dar em direção a ela, havia uma barreira, uma sombra que rondava seus pensamentos. Ela sabotava os próprios planos, erguendo muralhas de desconfiança e hesitação. Às vezes, parecia que a dor era mais familiar que a esperança, como se temesse que, ao permitir um novo amor, a história se repetisse.
E foi então que percebi: eu não podia curar uma ferida que outro havia deixado. Não estava ali para carregar o peso de memórias que não eram minhas, nem para refazer promessas que ela nunca recebeu. Então, decidi dar um passo para trás, deixando que ela tivesse seu espaço, permitindo que a saudade revelasse que a minha presença era algo novo, que não vinha acompanhado das sombras que ela conhecera.
Na minha ausência, ela começou a entender. A distância permitiu que ela visse que, ao meu lado, não havia passado a temer, apenas um presente a se construir. Quando nos reencontramos, ela me olhou com olhos diferentes, finalmente reconhecendo que eu não estava ali para ser mais uma passagem, mas para ser uma presença verdadeira, sem segredos ou medos antigos.
Mas depois de tantas tentativas, de tanto insistir e cuidar, esperei em vão que ela abrisse espaço para algo novo. Era como tentar alimentar um coração que respondia com mordidas, uma confiança que eu construía, mas que ela desmoronava na primeira dúvida. Chegou um momento em que o cansaço venceu: não suportei mais dar e não receber o mínimo de atenção ou reconhecimento.
E então, em vez de continuar insistindo, preferi partir. Eu não quis mais ser mordido pelo passado que não era meu. Escolhi ir embora, porque ela precisaria, talvez, perceber a diferença por si só. E assim segui, deixando para trás as feridas que não eram minhas, mas com a paz de quem tentou até o limite.
Evangehlista Araujjo, O criador de histórias
MUITOS NÃO ACEITAM
As marcas do tempo
Assim muda a natureza
São tantos efeitos
Perdendo a beleza.
As marcas da idade
Começam a aparecer
Não aceita as mudanças
Com medo de envelhecer.
Cabelos brancos. Que horror!
A pele perdendo a rigidez
Amanhã se arrepende
Das bobagens que fez.
Ao se olhar no espelho
Vai perdendo o encantamento
A beleza está no interior
É lindo o envelhecimento.
Ninguém para o tempo
Se adquire conhecimentos
Envelhecer é com certeza
Ter outros encantamentos.
Envelheça com qualidade
Prevaleça a sua essência
Com disposição e saúde
Seja uma referência.
Autoria Irá Rodrigues.
A estrada é o caminho. É a terra pisada que guara as marcas do tempo - o registro do nosso percurso. Estrada é a guardiã dos segredos guardados - dos povos passados.
O Valor além da Aparência
Meu ferro de passar, embora funcional, exibia as marcas do tempo. O bico quebrado, o botão de regulagem de temperatura ausente, a aparência desleixada... Tudo isso não importava, pois ele cumpria seu propósito com dedicação. No entanto, minha amiga, vinda de outra cidade, ficou horrorizada ao usá-lo antes de retornar para casa.
Alguns dias depois, o correio trouxe um pacote inesperado. Dentro, encontrei um presente da minha amiga: um ferro novo! Cor-de-rosa, minha cor predileta, compacto e com um bico elegante, capaz de passar com graça os colarinhos e as dobrinhas mais delicadas. Fiquei encantada com aquela obra de arte.
Decidi colocar meu velho ferro perto da lixeira, na esperança de que alguém o encontrasse e aproveitasse seu valor escondido. No dia seguinte, reuni minhas roupas e, com um sorriso no rosto, preparei-me para estrear o novo ferro. Era uma alegria olhar para aquela belezinha cor-de-rosa. Contudo, minha empolgação logo se transformou em frustração. O ferro ora aquecia demais, ora ficava morno, e seu fundo grudava nas roupas, independentemente da regulagem.
Tentei usá-lo várias vezes, mas sempre acabava perdendo mais tempo ajeitando o ferro do que passando as roupas. Foi então que percebi o valor do meu velho ferro. Ele, apesar de sua aparência desgastada, nunca me deixou na mão.
A experiência me fez refletir sobre a sociedade atual. Vivemos em tempos onde a beleza superficial é supervalorizada, enquanto o verdadeiro valor e a sabedoria muitas vezes são negligenciados. Assim como meu velho ferro, as pessoas mais velhas podem não ter a aparência de outrora, mas carregam consigo um tesouro de habilidades, experiências e sabedoria. E, no final das contas, o que realmente importa não é a aparência, mas sim o conteúdo e a essência.
O tempo, um rio que corre veloz,
Leva consigo o que outrora se fez,
Deixando marcas, um rastro atroz,
Na alma que busca a paz, talvez?.
As horas dançam em ritmo fugaz,
E a vida se esvai como areia na mão,
Mas cada instante, um presente sagaz,
Nos convida a viver com mais emoção.
Que a sabedoria floresça em teu ser,
E a cada passo, um novo aprendizado,
Pois a jornada é o que importa ter,
E no presente, o futuro é forjado.
Aquilo Que Nunca Se Apaga
Há coisas que o tempo não consegue apagar. São como marcas invisíveis, que ficam tatuadas em nossa alma, resistindo ao passar dos anos. São momentos que, mesmo quando se afastam, não deixam de arder suavemente dentro de nós, como uma chama que nunca se apaga, não importa quão forte seja o vento.
Aquilo que nunca se apaga é o que realmente importa: o amor que sentimos, as pessoas que tocaram nossas vidas, os instantes que nos marcaram profundamente. Mesmo que o tempo tente suavizar, há uma intensidade na memória que persiste, como um farol que ilumina, mesmo à distância.
A saudade, muitas vezes, é o reflexo disso. Ela é o vestígio do que foi vivido, do que deixou uma marca indelével, e, por mais que o mundo siga em frente, aquilo que nunca se apaga continua a viver em nós. Como um perfume, uma canção, ou um sorriso que ainda se faz presente na nossa mente, mesmo quando a pessoa não está mais ao nosso lado.
O que nunca se apaga não precisa ser visível para ser sentido. Está ali, guardado no coração, na memória, na essência de quem fomos e no que se tornou parte de nós. Às vezes, basta fechar os olhos para sentir, para saber que, mesmo com a distância, aquilo que é inesquecível nunca se apaga.
meu gato mudou de dona
partiu e me deixou marcas
eternas? só o tempo dirá
a ideia dele voltar me faz pensar
devo ou não aceitar?
-
meu gato se foi embora
pulou o muro e um novo lar achou
ele sabe que esperarei ele voltar
sempre de braços abertos
esperando as boas novas
-
(meu) gato dormia para fora
um dia, cansado disso,
ele foi embora.
sua partida me desola
mas ele tinha motivos de sobra.
ficar em casa não era algo que estava ao meu alcance
sem poder explicar isso
perdi a minha maior chance
de tê-lo comigo
de hoje em diante.
"Prata que Ilumina: Raízes do Tempo"
Os cabelos brancos não são apenas marcas do passar dos anos, mas fios de prata tecidos pela vida. Cada um carrega histórias silenciosas: noites em claro, amores perdidos, triunfos discretos, feridas transformadas em cicatrizes luminosas. São mapas ancestrais que guiam os passos dos que ainda não sabem que a estrada é feita de quedas e recomeços.
Os mais jovens, ágeis na inquietude, devem aprender a ouvir o sussurro dessas crinas prateadas. Não é submissão, mas reverência à sabedoria que não se encontra em livros ou telas está nos gestos calmos, nas pausas entre as palavras, na coragem de sorrir mesmo quando o mundo pesa. Cada fio branco é um verso de um poema que ensina: a verdadeira força mora na resistência suave, como o rio que esculpe a rocha sem pressa.
Respeitar os mais velhos é honrar a própria origem. Eles são as raízes que sustentam as asas dos novos sonhos. Afinal, um dia, a prata também coroará os que hoje correm, e então entenderão: o tempo não apaga, ilumina.
-Me apaixonei Denovo
O tempo não pode apagar as marcas do meu passado, mas você chegou um pouquinho atrasado.
Sim, eu encontrei um novo alguém, que me faz tão bem.
Eu estou me apaixonando denovo, não foi planejado, muito menos arranjado.
Foi assim, sem querer, fez parte do meu ser.
Ele me quebrou vezes e vezes, e eu perdoei sempre durante longos meses.
Mas agora me apaixonei denovo, não me sinto mais um estorvo
O problema de tudo isso, é me apaixonar novamente, por alguém que mal me olha fisicamente.
Eu me apaixonei denovo por você, só falta você decidir se está pronto pra me querer sem justificar o por que.
Acho que me apaixonei denovo
O Assoprar
Num canto
De estante
Com marcas
Que o tempo
Traz
Monteiro Lobato
O Sítio
" Reinações
De Narizinho"
Primeiro livro
Narizinho...
Doçura
Da mais
Tenra
Inconfessável
Fantasia
🦋 É interessante vê o tempo passar.
Há quem se incomode com as marcas do tempo no rosto e há quem consiga lidar com isso de forma natural, sem sofrimento.
Confesso que ao me olhar no espelho ou em fotos percebo que o tempo passou, e sinto saudade da minha beleza juvenil, mas o tempo está passando e não há nada que eu possa fazer para controlar isso.
Há quem use de outras formas para parar o tempo, com procedimentos estéticos mas em algum momento o tempo vai cumprir a sua finalidade.
Olho para trás e vejo uma vida inteira já vivida, histórias, pessoas, momentos. Arrependimentos? Alguns, muito poucos. Vivi tudo de forma intensa e maravilhosa e ainda viverei muitos da mesma forma. Tenho traços marcantes da minha personalidade; A gargalhada alta e escandalosa, o jeito livre de ser, a Inconstância e a capacidade de me adaptar a situações diversas.
A vida exige viver.
Existir todos podem, mas viver é que é a exigência.
Obviamente não devemos fazer da nossa vida um ato de leviandade baseada na tese de que a vida é curta e devo aproveitar, fazendo dos meus atos um carro desgovernado que vai destruindo tudo que vê pela frente. A vida também é responsabilidade e podemos sim aproveitar sem nos destruir ou machucar os outros.
Seja feliz, sim, é possível 🦋
Maçãs coradas,
olhar infindo,
dizendo nada,
sorriso lindo!
Marcas do tempo
entre duas datas.
História composta,
hiatos do vento,
em sílabas separadas.
Do dito tudo
sobrou o nada!
Existem medos, marcas na nossa alma que carregamos por muito tempo. Aonde nos sentimos aprisionados e isolados.
Parece não existir ninguém que nos entenda de maneira clara e simples.
E quando realmente somos aceito, notado e entendido o mundo se torna fácil e compreendido, nossos temores e isolamentos não fazem mas sentido por não nos causar as dores de antes.
Ricardo Baeta.
É fascinante a forma como o tempo trabalha à favor do ser humano...
Embora deixe marcas no corpo,
Cura males da Alma
Incita a sabedoria
E traz Paz a mente e ao coração
Dos corajosos que ousam
Esperar por sua ação
