Mal
Ideologia Idolatra.
Já desanimei de tudo nesse mundo
Lugar imundo e imoral
Preferia ter nascido mudo ou surdo
Ou talvez cego, não quero ver o mal.
Mas não sou eu que escolho tudo
Por ser assim não sou igual
Meu coração bem lá no fundo
É diferente, incondicional.
Não ser o mal é o que importa
O importante é acolher o bem
Que vem e bate a nossa porta.
O que incomoda de verdade é perceber
Que quase ninguém nesse mundo, quer aprender
Que a vida não é fácil e a correria
Afeta sempre o ser humano no seu dia-a-dia.
Criar poemas é fácil
Pura ideologia
Todo verso que eu penso,
Logo vira poesia.
Na minha mente, sem opção
Escrever era bobagem
Hoje é obrigação.
Minha missão hoje é
Falar de tudo, de coração
Falar de vida e celebração.
A vida te oferece somente dois caminhos a seguir. O do bem que te levará a plenitude do amor, e o do mal, que mostrará atalhos rochosos e sombrios. A escolha é sua e boa viagem!
"Se não pudermos contribuir para o bem das pessoas, então que não sejamos nós os responsáveis para o mal."
Dualidade única
Tudo aquilo o que você olha
nem sempre é aquilo que vê.
Ao desejar o mal ao próximo,
pode crer: o próximo vai ser você!
Unicidade cósmica trivial,
Pois, quando se faz o mal
o retorno é de ordem sideral.
Chame de José, Deus do bem
ou do que você quiser também,
ou daquele que está além,
Conforme a fé que você tem.
O plantio é feito à enxerto
O qual se coloca no embornal,
àquele de dentro do peito.
Se o enxerto for daninho,
vai distorcer o seu caminho.
E no final vai se dar mal,
enxovalhando todo o seu avental.
Existe tanta gente incremente
a deixá-lo sozinho e ausente,
ao relento dum profundo quintal.
Goste de tudo e todos
que praticarem o bem
não se faça de refém,
assim não será engodo
também, esteja além.
Pois, ao sequestrar o seu ideal,
É ficar bem pra cá de aquém.
Autossequestrar é o ponto final.
Nada, será tão mísero e bestial.
Esse é o mal de desastre fatal.
Ame-se como se deve amar ao próximo.
jbcampos
Há poeta
Há poeta de todos os jeitos.
Há aquele que é simétrico,
enganando-se à poeta perfeito.
A sua autofalácia é mesmo clássica,
achando que a sua poesia é plástica
que se cola numa tela, bem essa é
uma mescla de poesia de entretela,
mesmo sem métrica é estética.
Sua simetria é belicosa e perfeita.
Há aquele que está nem aí,
porém, sua inspiração avassala
o coração que está numa vala.
E com a fala do amor, duma flor,
do valor dum sofrido coração,
vai tinir ao ouvido do olhar,
comovido pela boa intenção.
Esse é muito atrevido
ao cumprir a sua missão.
Vai desembuchando a razão
que nem ele mesmo sabe não...
Há aquele que se acha músico,
Cantarola o tempo todo, afinado
na mais degradante desafinação.
Sendo poeta, então está muito bom.
Há poeta que não escreve,
Pois, o seu pensamento é breve,
no entanto, emana a paz energética
da cura que apura qualquer rejeição.
O poema é a cura da maior infecção,
aquela que atinge a alma de geração
em geração, gerando a maior confusão.
Aí o camarada adoece, no cabo da enxada,
ou de cabeça raspada lá na universidade,
ensinando outras inchadas cabeças,
e não importa o que mais aconteça.
Todos se igualam nessa seara
quando a cabeça não apara,
o vil pensamento não sara.
O poeta analfa é a beta da alegria
pura, que a dor da alma cura,
sem a explicação grega,
a qual agrega segredos,
que o poeta os renega,
dos deuses imortais,
como é o caso da Musa,
que aparece intrusa,
para alegrar os mortais.
O preço da Musa é alegria
de todos os dias combater
o mal da alergia fria à ater
a alma que vive a sofrer.
Jbcampos
Mesmo que a passos lentos, todo mal, um dia, retorna às areias donde foi gerado para desova de suas crias.
O AMOR ME FAZ FELIZ E MALDITO
ACALENTA-ME, OS LÁBIOS E À CORAGEM
MACHUCA-ME, MAIS E MAIS, O CORAÇÃO FERIDO
TAL SENTIMENTO ME FAZ VER BELEZA NO ÓDIO DE ALGUEM.
O AMOR ME FAZ CÂNDIDO E ERRANTE
ABRANDA-ME, A BOCA E O PUNHO À POESIA
ENFURECE-ME, FACADA À FACADA, O PEITO CANTANTE
TAL SENTIMENTO, LÁSTIMA, ME FAZ ORAÇOES EM MUITA HERESIA.
A TERNURA DE UM ABRAÇO,ASSIM, CUIDANDO E TRAINDO
ME SINTO AQUECIDO, DO MAL PROTEGIDO, AMADO SEM SENTIMENTO RESTRITO
EM UM ABRAÇO, UM ANJO NÃO VIVE MENTINDO
A INCERTEZA DE UM BEIJO, ASSIM, AMANDO E FERINDO
ME ENCONTRO FRIO E LÁSCIVO, DO BEM NESCISITO, MACULANDO SEM CULPA NA MALDADE INCISTO
EM UM BEIJO, UM ANJO PECA SORRINDO
Continuar vivendo? Prefiro cortar o mal pela raiz do que deixar nascer frutos na árvore da podridão.
Um médico pode prescrever uma medicação para um mal que carrega, mas que poderá se curar apenas com as modificações de seus pensamentos e atitudes
Muitos janeiros
Jbcampos
Muitos janeiros se passaram,
então se juntaram fragmentos
de alegrias e razoados lamentos.
Detalhes desta colcha de retalhos,
resquícios de vidas em desalinho
no fundamento deste caminho
imposto por velhos atalhos.
Existência de vidas belas,
guardadas nos escaninhos
à ilusão de lindas aquarelas.
Quiçá, vestimenta de linho.
Findar num esquife de pinho.
É o feijão criando de tudo
à espera do “sobretudo”.
Capa de revista vista.
Estampada no jornal.
Homem, eterno-mortal.
Ilusão, reencarnação real.
Medo, coragem, dor, alegria,
fantasia, bonomia, tristeza final.
Morreu o diretor presidente
do famoso e ardente hospital.
Como pode morrer alguém
eminente à manada mortal?
E àquele seu plano de saúde.
Compromissamento mensal,
desde a mais tenra juventude
não pode livrá-lo do comunal?
Foi-se como o pobre enrolado
num manchado papel de jornal.
Todos teremos o mesmo fim
nessa desigualdade sideral.
Somos parte do pó integral.
Esta óbvia visão cega o ego
do infeliz guardião celestial.
Que o bem prevaleça sobre o mal.
dentro deste contexto extra-animal.
O bom-senso dita que o plantio
vem somente com o bom estio
àquela boa plantação matinal.
Identificar a bondade e a maldade. Quero contrastá-las com toda a clareza possível. Errar é a regra. Somos humanos. Mas errar é diferente de fazer o mal. Quero quem erra, aprende, se humaniza e faz o bem.