Mãe e Filhos
Quando olho para as pessoas aqui, vejo o amor de um pai por um filho. De uma mãe por uma filha. De uma esposa pelo marido a quem é apegada. Também vejo o poderoso amor da amizade. Da amizade nova. Da amizade improvável. O tipo de amizade que faz uma pessoa, depois de anos tentando, finalmente se sentir pertencente.
O Dente do Leão
Autora: Karina Gera
– Você viu o dente-de-leão no quintal? – disse a mãe, toda contente.
Margarida arregalou os olhos:
“Um dente de um leão de verdade?”
Espiou curiosa o jardim:
– Ué… cadê o leão? – perguntou.
A mãe riu e mostrou uma flor branquinha:
– Esse é o dente-de-leão. Quando sopramos, ele espalha sementes pelo vento.
Margarida soprou bem forte e, vendo a flor despedaçada, disse:
– Agora o leão ficou banguela!
A neta perguntou à mãe de sua mãe: — "Vó, o que a senhora fez para vencer todas as dificuldades da vida?" E a vozinha, respondeu sem mais delongas: — "Muito bem! Porque não venci sozinha: eu venci com Deus na minha vida".
ANGOLA, A MÃE DESALOJADA
Ao longo da história da raça humana, o homem sempre esteve ligado à sua comunidade e procurou viver em paz e segurança dentro da sociedade, pelo fato de encontrar-se e viver em comunhão com o seu semelhante. Esse comportamento fez com que o homem criasse leis, princípios e regras impostas a todos os residentes da comunidade.
O mesmo aconteceu com o surgimento e a divisão de países dentro de um continente, a partir de reinos, tribos e clãs. O homem nunca se sentiu totalmente satisfeito e realizado, pelo fato de suas necessidades serem ilimitadas.
A interligação entre o homem e o seu semelhante fez com que tribos, povos, línguas e nações permutassem e cooperassem em prol de interesses comuns que ambos os lados compartilhavam ao formarem e firmarem suas diplomacias.
O mesmo aconteceu com Angola e com os angolanos, tanto no período pré-histórico quanto no colonial e pós-colonial. O povo angolano teve a graça de contar com homens e movimentos que sempre pautaram pelos interesses nacionais e patrióticos, em prol do bem-estar comum. O povo participou dessas incursões de forma indireta, pois, naquela época, lutar, protestar, revolucionar e defender a nação era considerado crime contra o regime colonial e as potências opressoras que se encontravam na África.
Por isso, muitos foram acusados, condenados e perseguidos pela PIDE. Fazer revolução, protesto ou incursão em prol de Angola, naquela época, tinha como prêmio a pena capital.
Ao longo dos tempos, muitos homens lúcidos — intelectuais, acadêmicos, autodidatas, revolucionários, nacionalistas e patriotas — já lutavam por uma Angola justa, pacífica e livre, onde todos os angolanos teriam direito à educação, saúde, habitação e, acima de tudo, à dignidade e ao respeito de seus direitos enquanto cidadãos, sem termos que olhar para a cor da pele ou para a cor partidária de um indivíduo.
Sonhavam com uma Angola onde todos nos veríamos como irmãos, filhos da mesma terra. Onde a bandeira do partido não seria mais importante do que ser angolano e filho desta terra. Esses homens — militantes, militares e líderes — não lutavam por interesses pessoais, mas sim pela pátria-mãe chamada Angola.
Durante as lutas e a guerra contra o regime colonial, muitos foram iludidos e cegados pelo orgulho, ódio, ambição e separatismo, agindo de forma parcial e xenófoba contra seus próprios irmãos angolanos.
O sacrifício foi árduo e a luta foi longa. Mas, em vez de paz, ganhamos guerra fria; em vez de união, ganhamos divisão; em vez de reconciliação, ganhamos tribalismo; em vez de imparcialidade, ganhamos parcialidade; em vez de família, ganhamos adversários; em vez de irmãos, ganhamos inimigos. Em vez de amor, promovemos o ódio contra o próximo, apenas por pertencer a um partido ou religião diferente da nossa.
Esses males foram plantados ontem, numa Angola desavinda, onde irmãos matavam-se entre si, guerreando violentamente contra o próximo e o seu semelhante.
Angola foi alvo da orfandade e viuvez causadas pela política ocidental e imperialista. Foi através dessa política que começamos a nos matar, por acreditarmos na hegemonia política e partidária, sem sequer usarmos o senso crítico.
Hoje, Angola encontra-se nômade, desalojada, vagando por terras férteis e aráveis, levando apenas consigo: trouxas, roupas, panos, panelas, chinelas e lenços. Está vestida apenas com roupas das cores das bandeiras partidárias e nacional.
Apesar das riquezas que o nosso solo oferece, ela continua a vagar pelas ruas das cidades, pedindo esmolas, comida, dinheiro e socorro àqueles que passam por ela.
Enquanto Angola passa fome, sede, vergonha e humilhação diante de seus filhos, sobrinhos, netos e bisnetos, o estrangeiro explora, rouba, saqueia e aliena seus filhos, cidadãos e povos — reduzindo-os à condição de mendigos, e transformando-os em fonte de rendimentos e enriquecimento por meio de doutrinação (alienação religiosa), cegueira e reprodução de teorias políticas alheias.
Hoje, em vez de nação, vivemos no exílio; em vez de cidadãos, tornamo-nos refugiados; em vez de patriotas, somos taxados de inimigos públicos; em vez de nacionalistas, somos chamados de terroristas; em vez de filósofos, somos considerados malucos.
É por causa desses e de outros males que transformamos o partido no poder em religião, o presidente em divindade, políticos em salvadores, revolucionários em demônios, críticos em adversários, artistas em papagaios, filósofos em malucos e ativistas em frustrados.
Essa ideologia foi promovida por aqueles que sempre quiseram se perpetuar no poder a todo custo, mesmo que para isso fosse necessário lutar e guerrear contra os ventos do progresso.
Nós, angolanos, tornamo-nos inquilinos dentro da nossa própria terra e pagamos renda a quem não é filho legítimo desta nação chamada Angola.
Nossos direitos foram consagrados na Constituição, mas, infelizmente, a realidade os nega. E o governo nos reprime quando exigimos e clamamos diante dos órgãos competentes e de direitos.
Nossa mãe já não tem voz, nem poder sobre aqueles a quem ela confiou o poder e a administração dos recursos e riquezas do país.
Nós — revolucionários, ativistas, nacionalistas, patriotas e filósofos — tentamos resgatar a dignidade, o respeito, o valor e a consideração que Angola tinha diante de outras nações, mas, até hoje, sem sucesso.
Só nos resta chorar, lamentar e morrer, porque nossas forças se esgotaram, nossas garras e nossa esperança se desfizeram diante dos obstáculos, barreiras e oposições que nossos inimigos e opositores colocaram em nosso caminho...
Foi como se estivéssemos sendo degolados, executados e fuzilados em um campo de batalha.
Cansados, esgotados e partidos, vimos nossa mãe — Angola — deambulando pelas ruas, cidades e estradas, e, acima de tudo, desalojada dentro da sua própria terra.
Foi aí que eu vi, caí em mim e disse comigo mesmo:
"Em vão foi termos lutado por uma Angola livre, pacífica, justa e independente..."
Autor: Jack Indelével Wistaffyna
O amor é a acção, o sacrifício é quieto, a fé fala mais alta que o medo. O sacrifício define as mães, a coragem definem os pais. O amor de uma mãe é único.
Minha mãe sempre me falou que essa é a fase do muito, na qual vivemos muito intensamente; E ele me fez viver intensamente.
Então quando me perguntarem o que é a fase do muito, sem sombra de dúvidas, a minha resposta vai ser ele.
Consciência
Mãe das escolhas
Sem ela
Refém sou
De mim mesma
Do mundo
Das circunstâncias
De outrem, e outrem, e outrem...
Consciência
Filha do saber
Saber...
Quem sou
O que quero
E não quero
Do que preciso
Pra bem viver
Consciência
Requer coragem
Pra olhar
Compreender
Pra mudar ou manter
E ouvir, e calar, e dizer
Pra crescer
Escolhes tu
Ser protagonista
Da tua própria história?
Consciência
Te faz responsável
Pelas escolhas
Que decides fazer
Desnudo-me
Olho o que é
Sem mais, nem menos
Proponho-me
A viver o que é
Hoje
E construir
Instante a instante
O que pode ser
Consciência
Escolho-te
Como companheira
Pra que livre
E inteira
Eu possa viver
Relato de uma mãe!
Um certo dia ao colocar meu filho caçula pra dormir em meu colo, comecei a cantar a famosa cantiga de ninar "BOI DA CARA PRETA"!
Quando ele arregalou os olhos no momento em que eu iniciei a tal canção e gritou assustado "echa não manheee" então eu sem entender nada, parei e apenas ri, pois achei engraçado, logo voltei a cantar, e por incrível que pareça ele fez força para se levantar, e daí já chorando mais uma vez falou: "echa não manheeeeer" foi aí que eu prestei atenção na letra da tal música que tanto assustava um bebê, pois ele tinha menos de dois aninhos, e me surpreendi ao entender a letra, que mãe cantaria pra seu filho boi da cara preta PEGA essa criança que tem medo de careta ? Todas, ou quase todas nós mães já cantamos essa canção algum dia, só nunca prestamos atenção e após esse dia nunca mais cantei para criança nenhuma pois deu medo até em mim!
( Fato real aconteceu comigo ninando meu filho Caio!)
Autor: Elis Gumieri
"Você fica nesse celular o dia inteiro", repreendeu a mãe.
"Olha que manhã mais linda. Saia de casa! Vá curtir esse sol maravilhoso. A vida está lá fora, filha!"
Ela saiu, pisou num dos inúmeros buracos da calçada, torceu o tornozelo e quebrou um dente da frente.
Fim.
Ao pai
A pátria "mátria" chora a cada perda
A pátria mãe a cada dia indefesa
A pátria cala a cada segundo
A pátria faz silêncio - luto.
A vida vai embora quando menos
Se espera, o efêmero poderia ser perene
Diante a quem quer viver eternamente
A dor não consola
O sujeito. Há quem busque a glória
Há quem se engane na vitória
Há quem se perda no dinheiro.
Na medida que tudo se vai
De um dia que pode ser derradeiro
- Que tenhas misericórdia de nós!
Carrego as marcas do racismo e a dor de não ser visto, a saudade da minha mãe e a solidão de quem busca respostas na própria mente. Mas também sinto pulsar a força da reinvenção, o alcance infinito da polimatia, e como aprendi com a Dra. Shaira Zion, o alento da minha - quarkiana, leptônica e bosonica - fé. Faço do meu trauma um testemunho; da minha dor, símbolos; da minha perda, poesia.
Talvez um dia minha tristeza dê dinheiro, o triste disso... é que talvez não esteja mais vivo, mais triste que é isso, é pensar (as-sim) nisso.
Ser Mãe de Autista é como desbravar um território novo e desafiador, onde cada descoberta é preciosa e cada passo, uma vitória!
MÃE ATÍPICA
Ela carrega o mundo nas costas, mas não deixa de sorrir, porque sabe que seu amor é a sua maior força!
"Carinho de filho, alivia dor, também remenda cicatrizes, transformando lágrimas da Mãe em risos de alegria e amor!!!"
Silvania Alves Saffhill✨
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