Machado e Juca Luiz Antonio Aguiar

Cerca de 49346 frases e pensamentos: Machado e Juca Luiz Antonio Aguiar

Quem ama
não guarda rancor,
não vive a toa...
Que ama perdoa.

Inserida por Antonio_Costta

Não perca nunca seu brio
mas assuma o desafio
de viver com mais pureza;
que seja do seu feitio
tratar bem, com mais nobreza,
a floresta, o mar, o rio...
Toda nossa natureza!

Inserida por Antonio_Costta

O sentimento poético me faz
enxergar o mundo de forma diferente,
sentir a vida de forma diferente,
enxergando grandeza nas coisas
[aparentemente] pequenas
que pouca gente valoriza. Infelizmente.

Inserida por Antonio_Costta

Quando se ama de verdade
até de olhos fechados
se reconhece a pessoa amada.

Inserida por Antonio_Costta

Sonho, esperança e fé,
três ingredientes indispensáveis
para se ter uma vida motivada,
cheia de sucesso em sua jornada.

Inserida por Antonio_Costta

O DONO DO RIO

O Dono do Rio
expulsou todo gado,
as lavadeiras de roupas,
os plantadores de batatas,
os jogadores de bola
e dominou todo rio.
Prendeu suas águas,
deixou só um fio.

O Dono do Rio
montou um areeiro
para vender areia
por muito dinheiro.
É caçamba saindo,
é caçamba chegando,
e o Dono do Rio
muito mais enricando!

O dono do Rio
construiu mansão,
comprou fazendas,
comprou muito gado,
mas o rio — coitado!
Só foi afundando,
a cada dia sumindo,
a cada dia minguando!

O Dono do Rio
com seus dragões mecânicos,
com sua ganância infinda,
quando menos esperar
ele vai descobrir
que a areia acabou,
que tudo findou,
que a natureza vingou.

O Dono do Rio
um dia verá
que nada é para sempre,
que não é dono de nada!
Que a justiça da terra
pode até ser comprada,
mas a justiça divina
ela vem e não falha!

Inserida por Antonio_Costta

AQUELE RIO

Aquele rio de outrora
Que passava no Pilar,
Aquele rio caudaloso,
Que prosperava o lugar,
Trazendo vida, renovo,
Pro ribeirinho, pro povo...
Aquele rio... onde está?

Onde está aquele rio
De meu tempo de menino,
Diferente desse fio,
Neste solo nordestino,
De água pouca, a circular?...
Com máquinas no seu leito,
Arrancando de seu peito
Areias para exportar!

Oh, Paraíba do Norte!
Quem decretou tua morte
Neste solo brasileiro?
Rio preso, encarcerado,
Dia e noite saqueado
Por ganância de dinheiro.
Quando serás libertado
Do poder dos areeiros?!...

Ribeirinhos, defendei,
Trazei de volta ao Pilar,
Aquele rio de outrora
Que prosperava o lugar!
Aquele rio vigoroso,
Que seguia, majestoso,
Livremente para o mar!

Inserida por Antonio_Costta

ESSE RIO QUE EXISTE AGORA


Esse rio que existe agora
tão diferente na lida,
será o mesmo d'outrora,
da nossa infância querida?

Esse rio que existe agora
d'água suja, poluída,
será o mesmo d'outrora
ou é outro rio sem vida?

Esse rio que existe agora
sem ter mais força no ventre,
será o mesmo d'outrora
ou corre morto somente?

Esse rio que existe agora,
sem árvores em suas margens,
será o mesmo d'outrora
ou será uma miragem?

Esse rio que era tão limpo,
d'água pura, cristalina,
não sacia mais a sede
desta terra nordestina!

Esse rio que era tão cheio
de tilápia e de pial,
por que está assim deserto?
Nos responda o homem mal!...

Inserida por Antonio_Costta

QUEM ESCUTA A VOZ DO RIO?

Quem escuta a voz do rio,
Quem escuta a sua voz?
Do rio que está clamando
Por socorro a todos nós!

Quem escuta a voz do rio
E dele se compadece?
Pois o rio está clamando
por socorro, pois perece!

Quem escuta a voz cansada
Das águas tão poluídas?
Quem escuta a voz do rio
Lutando para ter vida?...

Quem escuta a voz do rio
Nos clamando, em desespero,
Consumido pelas dragas,
A ganância do areeiro?...

Quem escuta a voz das águas?
Quem escuta a voz do leito?
Pois quem deixa a voz do rio
Adentrar para o seu peito?...

Atentai pro seu clamor,
Criança, jovem, adulto;
Não deixem o rio morrer,
A terra ficar de luto!

Inserida por Antonio_Costta

O HOMEM NÃO É UM BICHO (?)

O homem não é um bicho,
mas se torna um bicho-homem;
quando ele polui o rio
das águas que ele consome!

O homem não é um bicho,
mas perde todo renome,
quando ele polui as águas
dos peixes que a gente come!

O homem não é um bicho,
mas esse nome faz jus;
quando ele joga no rio
o lixo que ele produz!

O homem não é um bicho,
mas se torna um bicho-homem;
quando agride a natureza,
não tem outro cognome!

Inserida por Antonio_Costta

VOZ DAS ÁGUAS

Voz das águas! Voz das águas!
Quem é que escuta as tuas mágoas?
Quem escuta o teu clamor
Clamando por mais amor?...

Clamando por mais limpeza,
Mais respeito à natureza.
Voz das águas! Voz das águas!
Quem é que escuta as tuas mágoas?

Quem é que escuta o teu grito,
O teu canto mais aflito,
Ecoando pelo Norte...

Relutando contra a morte...
Quem é que escuta as tuas mágoas?
Voz das águas! Voz das águas!...

Inserida por Antonio_Costta

TINHA UM RIO NO MEIO DO VALE
(Parodiando Carlos Drummond de Andrade)

Tinha um rio no meio do vale
No meio do vale tinha um rio
Tinha um rio no meio do vale
No meio do vale tinha um rio
Tinha um rio...

Nunca me esquecerei desse acontecimento
Nas cenas de minha infância passada
Que no meio do vale tinha um rio
Que tinha um rio no meio do vale
Tinha um rio...

Um rio de águas cristalinas
Um rio cheio de peixes...
Um rio que poluíram...
Um rio que assassinaram...

Tinha um rio no meio do vale
Que nunca me esquecerei.

Inserida por Antonio_Costta

QUANTO VALE A VIDA DUM RIO?

Oh, meu Deus! Meu Deus! Meu Deus!
Assisto aqui num programa
Que o Rio Doce declama
A sua dor, o seu drama...
Sua morte num mar de lama!

E antes que o rio se cale,
Pra sempre, no meio do vale,
Pra sempre, por causa da Vale,
Pergunto ao mundo inteiro:
Quanto vale um mar de lama?
Quanto vale a ganância humana
Neste solo brasileiro?...

E aqui pergunto de novo:
Quanto vale a vida dum rio?
Quanto vale a vida dum povo?
Responda-me quanto é que vale,
Oh Vale! Oh Vale! Oh Vale! Oh Vale?!...

Inserida por Antonio_Costta

RIO MORTO
(Parodiando Manuel Bandeira)

Onde as águas puras do passado
Produziam vida em abundância
Contemplo agora a realidade
Do presente, degradado, poluído,
Onde escorre, na areia, o rio morto.

Rio morto, rio morto, rio morto.

Águas de paisagem cristalina
Que abasteciam os ribeirinhos!
Águas, potáveis águas,
Para bebermos jamais.
Se perderam com o rio morto.

Rio morto, rio morto, rio morto.

Rio morto, rio injustiçado
Rio violentamente, rio
Morto, sem motivo algum,
Razão nenhuma. O que foi
Ficou no passado.
Agora é apenas um rio morto

Rio morto, rio morto, rio morto.

Inserida por Antonio_Costta

AQUELE QUE CORTA UMA ÁRVORE

Aquele que corta uma árvore
corta, sim, uma esperança
de ter um mundo de paz,
de mais amor e bonança.

Aquele que corta uma árvore,
por maldade ou por ganância,
o troco receberá
pela sua ignorância.

Pois uma árvore, quem corta,
deixa escancarada a porta
pra cobrança da natureza!...

Tijolo, concreto, mármore,
não substitui uma árvore,
por mais conforto e beleza!

Inserida por Antonio_Costta

CANÁRIO DA TERRA

De repente, no quintal, uma novidade:
Pousa um pássaro que tanta beleza encerra!
Um canário da terra, mas, que em nossa terra,
Já se encontra em extinção — é a realidade!

Pois a ganância, misturada co’a maldade,
Fez do homem um caçador que a vida emperra,
Pois com gaiolas, alçapões, fez uma guerra
Capturando o cântico da liberdade!...

Oh, passarinho que me faz uma surpresa!
Parecendo um solitário na natureza,
D’onde vens? de que árvore ou de que morro?...

Há um silêncio no teu bico, um desencanto...
Por que não cantas para mim teu belo canto,
Passarinho que parece pedir socorro?!

Inserida por Antonio_Costta

O HOMEM E O PÁSSARO NA MESMA GAIOLA

Coitado do homem da grande cidade,
Trancado em casa por trás do portão,
Qual passarinho sem ter liberdade,
Quase vivendo em igual condição!

Os dois na prisão, cantando saudade,
Pássaro e homem no mesmo refrão;
Um por causa da humana crueldade,
O outro com medo do astuto ladrão!

Coitado do homem, nem se dá por conta
Que a liberdade ele mesmo afronta,
Mantendo o pássaro em uma prisão.

Ele, na verdade, é que está mais preso
Do que o passarinho — pobre indefeso! —
Prisioneiro sem saber a razão.

Inserida por Antonio_Costta

CACIMBA D’ÁGUA DOCE

Oh cacimba d’água doce!
Quem foi que te conheceu?
Quem teve esse privilégio?
Quem de tua água bebeu?

Oh cacimba d’água doce!
D’água pura, cristalina,
Tu eras, com mor certeza,
Uma dádiva nordestina.

Oh cacimba d’água doce!
Sem sapo, rã ou caçote,
Carregada na cabeça,
Numa lata ou num pote.

Oh, cacimba d’água doce!
Quero beber de tua água,
Numa caneca cheiinha
Quero afogar minha mágoa.

Oh cacimba d’água doce!
Vem saciar minh’ vontade,
Quero sentir teu sabor,
Matar a minha saudade!

Oh cacimba d’água doce,
Da melhor água bebida!
Vem saciar esta sede
De minha infância querida.

Inserida por Antonio_Costta

NA GAIOLA DA SAUDADE

Minha terra tem gaiola
Onde canta o sabiá
Com saudade das palmeiras,
Das belezas do lugar.

Minha terra tem gaiola
Onde canta o concriz,
Relembrando que outrora,
Na mata era feliz!...

Minha terra tem gaiola
Onde canta o curió,
Quando nada lhe consola,
Se sentindo muito só!

Minha terra tem gaiola
Onde canta a patativa,
Pra lembrar de vez em quando
Que ainda ela está viva!

Minha terra tem gaiola
Onde canta o canário,
Melodiando a sua dor
No canto extraordinário!

Minha terra tem gaiola
Onde canta o azulão;
Certamente quando assola
Em seu peito a solidão!

Eu também canto cedinho
Quando acordo na cidade;
Me sentindo um passarinho
Na gaiola da saudade!

Inserida por Antonio_Costta

ÁRVORE QUEIMADA

Que triste a árvore queimada,
Sem nenhum mal cometido!
Na lateral duma estrada...
Talvez por ter existido.

Planta que o homem condena
Sem fundamento ou razão,
Corta do mundo sem pena,
Em prol de sua ambição!

Deixando, em meio à fumaça,
Deixando apenas carvão,
O seu tronco: uma carcaça
Carbonizada no chão.

Seus frutos não têm quem faça
Alguém pegar com a mão;
São brasas no meio da praça,
São cinza na imensidão.

Quem dera seus atributos!...
Quanta sombra nos seus galhos!
Outrora cheia de frutos
Molhados pelo orvalho.

Árvore cheia de flores,
De ninhos de passarinhos;
Agora somente horrores,
Espantalho do caminho!

Inserida por Antonio_Costta

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