Lucidez
LUCIDEZ
Talvez seja outra vez a espera dos ansiosos,
Bárbara em observação nas geladas manhãs,
Impregnando a psiquê de desejos calorosos.
Contemplação arguta e perspicaz
Em um verão recheado de sofismas e ímpetos ardilosos.
No espaço admoestador prevalece o infortúnio
De queixas loucas e desvairadas,
Oscilantes entre a insensatez do talvez
E a sensatez do que não vale mais a pena.
Neste momento a temperatura passa a ser amena.
É quando do coração quase que destroçado
As mágoas vão aos poucos sendo deixadas de lado.
Então finalmente, na alma e na mente,
O momento de retorno do tempo quente
Prenuncia a libertação de tão atroz passado!
Está noite está com um gostinho que me parece de lucidez, uma rara lucidez. Não sinto dor, raiva ou qualquer outro sentimento, estou tão neutra. E isso não me incomoda - é até bom.
"A lucidez nunca se julga melhor ou pior que ninguém; respeita a todos. Mas a prudência sempre tem intimidade com poucos."
"Se no mundo há quem, com amor e lucidez, daria a própria vida por um sorriso teu, mesmo que estejas, não és sozinho."
Prazer, escrever é minha lucidez, é o que eu mais gosto de fazer na vida. Escrever é a arte que me faz sorrir, e de colorir todos meus sentimentos turvos e fragilizados. Sou assim quase jovem, alegre, cheia de fé e muita esperança, sou simples, sou humilde, com o coração cheio de amor. Nessa vida sei que tenho muito ainda que aprender para ensinar.
“Desconhecemos os desígnios do universo, mas sabemos que raciocinar com lucidez e agir com justiça é ajudar esses desígnios, que não nos serão revelados.”
O que adoece a lucidez da gente é esse vício besta de procurar sentido em tudo. Pra quê? Deixa não fazer sentido. Deixa e vai lá fora viver.
Felizmente conseguimos um instante de lucidez e percebemos que são sonhos inconsequentes talvez, lembramos de cada momento feliz, cada sorriso sincero, existe saudade ate mesmo das brigas e regras chatas que tinham de ser cumpridas, dos incríveis momentos vendo filmes com os amigos, tirando fotos toscas e sorrindo sem ter porque...
Levante, tire os pés do chão, não abra os olhos, não acorde, deixe à lucidez lhe dominar, você será transcendido para imensidão, basta estar perdido para alcançar e ultrapassar os limites. Não tenha limites, limites lhe limitam a construir caminhos, não enxergue barreiras que possam te interromper a decidir, a decisão pode ser tomada apenas por você. Na sua frente uma bifurcação, se divida ao meio e vá pelos dois caminhos, para encontrar a entrada do labirinto, não tema seus medos, não tenha restrições, faça o que quiser, e viva como quiser, ninguém morre de verdade! Encare seus desafios sabendo que pode regredir ou avançar no tempo, mas saiba que o tempo, tem seu tempo, e quando descobrir-se: irá ter respostas para as mais difíceis perguntas; elas que nos movem! “Quanto tempo, o tempo tem? “ Descubra-se e deslumbra-se do verdadeiro paraíso que é o seu subconsciente.
Ela é meu delírio, a fronteira tênue entre a lucidez e a loucura. Quando penso nela, minha mente tenta ser racional, mas meu coração sempre escolhe se perder nesse abismo doce que só o amor é capaz de criar. Ela é o caos que dá sentido à minha ordem, o risco que colore minha rotina, o sopro que me arranca da monotonia e me devolve à vertigem de sentir. Entre a sanidade que me prende e a loucura que me liberta, é nela que encontro o lugar onde realmente existo.
Você é meu delírio, a fronteira tênue entre a lucidez e a loucura. Penso em ser racional, mas o coração insiste em se perder nesse abismo doce que só o amor é capaz de criar.
Você é o caos que dá sentido à ordem, o risco que colore a rotina, a vertigem que transforma o vazio em intensidade. Entre a sanidade que aprisiona e a loucura que liberta, é em você que descubro o lugar onde realmente existo.
Ainda que esse sentimento me enlouqueça, nada me faz sentir tão vivo. Para além do bem e do mal, você é a intensidade que pulsa na minha vida. E eu te amo, com toda a força que existe em mim.
Argumentação Complementar ao Pensamento de Virgínia Woolf
A lucidez sobre a fragilidade da existência, como descrita por Woolf, pode ser interpretada não apenas como fonte de tristeza, mas também como um convite a uma libertação paradoxal. Ao reconhecer que a vida não se sustenta em grandiosidades épicas ou em felicidade perene, descobrimos que sua beleza reside justamente na efemeridade e na imperfeição. A consciência da finitude não precisa ser apenas um peso, mas pode ser o que nos ensina a valorizar os "pequenos momentos insignificantes" como únicos e insubstituíveis.
Se o amor não é um conto de fadas, sua fragilidade o torna mais precioso — não porque dura para sempre, mas porque, justamente por ser passageiro, exige presença e cuidado. Se a felicidade é fugaz, sua raridade a torna mais intensa quando surge, como um raio de luz em meio à escuridão. A solidão do entendimento, por sua vez, pode ser o preço da autenticidade: ao nos afastarmos das ilusões coletivas, ganhamos a chance de viver com maior profundidade, mesmo que isso nos separe superficialmente dos outros.
Nesse sentido, a tristeza de saber demais não é o fim da experiência, mas seu verdadeiro começo. Ela nos tira do automatismo e nos coloca diante da vida como ela é — frágil, transitória e, por isso mesmo, digna de ser vivida com atenção e coragem. A melancolia de Woolf não é um beco sem saída, mas um portal para uma existência mais consciente, onde cada instante, por mais breve que seja, ganha significado precisely porque não durará. A verdade pode doer, mas também nos liberta para encontrar beleza no efêmero e significado no que, de outra forma, pareceria insignificante.
Roberval Pedro Culpi
