Logo ali na Proxima Esquina

Cerca de 12995 frases e pensamentos: Logo ali na Proxima Esquina

Essas amizades por conveniência são engraçadinhas, porque você sabe o real motivo de estar ali no meio e mesmo assim finge o contrário. Não, senhores, eles não vão mudar. Sabendo disso é muito mais tranquilo não carregar mais o arrependimento de ter dito algumas verdades. Boa tarde!

Ali elas estão,
desafiando a brancura láctea de sua pele

Sardas audazes navegando em
esquadra no grande mar de beleza de seu rosto

Elas surfam nas ondas poderosas de cada sorriso seu

Guiando-se pelas constelações de seus olhos,
elas buscam a terra prometida de seu coração

" O divorcio já estava ali o tempo todo no namoro, foi o casal apaixonado que não percebeu os sinais.

O rigor do inverno desfolhou-me completamente. E foi ali no aconchego das folhas secas e amareladas que vi-me (flo)rir novamente.

Entre. Tem amor, tem paz, tem amigos e tem sorrisos.
Não repare aquela bagucinha no canto, é ali que guardo minhas incertezas.

Cansei de dormir ali naquela cama sozinha cara, é muito grande, me perco nos lençóis, grito por você nos sonhos e você não aparece na minha porta de manhã... deprimente não?
O vinho acabou, são três da manhã, acendo outro cigarro. Ligo o rádio naquela estação que você sempre deixa programada pra nos despertar todos os dias, porque eu fiz isso? Todas as nossas músicas tocando em sequência, é complô! O rádio, sinto você em cada nota musical que sai dele, todas as vozes parecem com a sua quando chegam em meu ouvido já cansado de tanto silêncio, cansado da tua ausência aqui.
Perdi o calendário, é, aquele aonde você marcou o dia do seu retorno dessa viagem de última hora pra ver seus pais, e agora eu não sei quando posso acordar sorrindo com você aqui, burrice a minha né? Vasculhei o apartamento todo, todinho mesmo, encontrei bilhetes e cartas antigas, fiquei relendo sentada no chão da sala, que saudades...
Cinco da manhã, me deito na cama gigante, nesse buraco fofinho que você deixou aqui, aí o álcool faz o seu efeito, adormeço.

Observo as estrelas,
Vejo ali você,
A estrela que mais brilha,
Só a ti posso ver,

Uma pureza singular,
Uma beleza irretocável,
Uma tristeza me apanha,
Por não poder estar ao seu lado,

Por que vive assim tão longe?
Por que aqui não vem morar?
Se soubesse o quanto sofro,
Ao menos viria me visitar,

Pena que nem sabe que existo,
Como poderia vir me ver,
Se não contei-lhe o que sinto,
Em vida, decidi morrer.

Essas imagens eram o mundo, que cozinhava em fogo brando dentro dela, sentada ali com os livros encantadores e seus títulos manicurados. Fermentava dentro dela, enquanto a menina olhava as páginas, com suas panças cheias até o gorgomilo de parágrafos e palavras.
Suas cretinas, pensou.
Suas cretinas encantadoras.
Não me façam feliz. Por favor, não me saciem nem me deixem pensar que alguma coisa boa pode sair disso. Olhem para meus machucados. Olhem para este arranhão. Estão vendo o arranhão dentro de mim? Estão vendo ele crescer bem diante dos seus olhos, me corroendo? Não quero ter esperança de mais nada. Não quero rezar para que Max esteja vivo e em segurança. Nem Alex Steiner.
Porque o mundo não os merece.

O grandão

Ficamos frente a frente como num duelo, ele ali enorme, colossal e omnipotente e eu tão pequenina.

Ele parecia muito mais zangado do que eu pensava, ia e vinha em secções de ondas violentas que faziam um barulho ensurdecedor.

No entanto, dentro de mim uma paz, sentia nos meus pés o granulado da areia, o vento a bater na minha face trazendo o doce aroma da maresia.

Eu e ele, o Grandão, finalmente tinha chegado a hora.

Abri os meus olhos, e com toda a minha sabedoria de gente pequena o fitei com olhos de desafio.

"Eu não tenho medo de você" Disse baixinho, era verdade não tinha medo.

Ele pareceu ficar ainda mais zangado.

E foi então que eu corri, as minhas pernas pequenas tornaram-se gigantes, os meus braços viraram asas, eu voava e os meus pés estavam no chão.

Foi então que os nossos corpos se fundiram, eu e ele, éramos um só, ele abraçou-me, pegou-me nos seus braços e me levou ao céu.

Todo ele estava em mim, como sempre estivera, sentia o seu calor na minha pele, e sorria, me perdi de amores pela sua imensidão azul.

"É Grandão, agora somos só nos dois..."

Eu e o Mar... Somos feitos do mesmo elemento.

Não lembro exactamente a idade que tinha nesta altura, mas lembro de cada pormenor daquele momento, o momento que eu e o meu Grandão começamos a caminhar com o mesmo passo.

E mesmo quando estou na selva de pedra, escuto o bater das tuas ondas e é feita a melodia.

E quando eu percebi estávamos ali: eu, ele e o abraço que nos fez um. Os três em um só instante.

E que fresco e feliz horror o de não haver ali ninguém! Nem
nós, que por ali íamos, ali estávamos. . . Porque nós não éramos
ninguém. Nem mesmo éramos coisa alguma.. . Não tínhamos
vida que a morte precisasse para matar. Éramos tão tênues e
rasteirinhos que o vento do decorrer nos deixara inúteis e a hora
passava por nós acariciando-nos como uma brisa pelo cimo de
uma palmeira.
Não tínhamos época nem propósito. Toda a finalidade das
coisas e dos seres ficara-nos à porta daquele paraíso de ausência.
Imobilizar-se, para nos sentir senti-la, a alma rugosa dos
troncos, a alma estendida das folhas, a alma núbil das flores, a
alma vergada dos frutos. . .
E assim nós morremos a nossa vida, tão atentos separadamente
a morrê-la que não reparamos que éramos um só, que cada
um de nós era uma ilusão do outro, e cada um, dentro de si, o
mero eco do seu próprio ser. . .
Zumbe uma mosca, incerta e mínima. . .
Raiam na minha atenção vagos ruídos, nítidos e dispersos, que
enchem de ser já dia a minha consciência do nosso quarto...
Nosso quarto? Nosso de que dois, se eu estou sozinho? Não sei.
Tudo se funde e só fica, fingindo, uma realidade-bruma em que
a minha incerteza soçobra e o meu compreender-me, embalado
de ópios, adormece. . .
A manhã rompeu, como uma queda, do cimo pálido da Hora.
. . Acabaram de arder, meu amor, na lareira da nossa vida,
as achas dos nossos sonhos.. .
Desenganemo-nos da esperança, porque trai, do amor, porque
cansa, da vida, porque farta, e não sacia, e até da morte, porque
traz mais do que se quer e menos do que se espera.
Desenganemo-nos, ó Velada, do nosso próprio tédio, porque
se envelhece de si próprio e não ousa ser toda a angústia que é.
Não choremos, não odiemos, não desejemos. . .
Cubramos, ó silenciosa, com um lençol de linho fino o perfil
hirto da nossa Imperfeição. . .

Vou dedilhando a vida com os pensamentos, uma carícia aqui, um afago ali que é pra poder sorrir por dentro.
Há um sol logo ali, um céu todo azul, imenso a me cobrir,
a me inspirar o novo.
Dos tombos vem o prumo, pra tudo que desajeita, a gente ajeita.
Com a fé viva em Deus há de haver bons recomeços.

Eu ia mudar de casa naquele dia. Depois do que acontecera, não queria viver ali nem mais um dia. Ouvi a campainha. Deviam ser os homens da mudança.Se o surto não passasse eu não poderia sair da cama.Os homens iriam embora sem fazer a mudança.

⁠É cruel e difícil amar alguém que ama todas as mulheres do mundo. A gente não sabe porque está ali e nem porque ele permanece. Dizer adeus pode ser uma saída, mas é a mais dolorosa. Nesse ínterim, a gente acaba ficando se isso não acabar com a gente. Não é falta de amor próprio. É amor demais.

"Abraçámo-nos nem sei durante quanto tempo, só sei que tudo parou ali mesmo, outra vez, mais uma vez. De repente estávamos de novo sozinhos, entregues um ao outro, o mundo era um outro lugar, como no dia em que nos conhecemos."

E ali reclinado sobre a vida, descobriu aquilo que nunca suspeitara. Não era ele, com seus passos, que ordenava tudo, que comandava o salto do grilo, o vento da espiga, as pás do moinho. Mas eram eles, grilo e espiga, cada um deles que, com seus pequenos movimentos, faziam os passos do tempo.

⁠Eu estava ali fora, vendo o tempo passar, na escuridão da noite, a beleza veio me visitar, Gosto da cor do seu cabelo iluminado pela lua , gosto do brilho dos seus olhos, neles eu vejo as estrelas, gosto do tom suave, carinhoso da sua voz, adoro o gosto do seu beijo. Mais Derepente as nuvens ali começaram a mudar, senti a brisa tocar meu rosto. Em plena meia-noite eu me encontro aqui animado. Vestígios de um sábado. Uma noite daquelas que enlouquece a gente. Boa noite.

⁠Deus lança seus pecados confessados na profundeza dos mares e coloca ali uma placa: "proibido pescar".

Por tanto tempo juntos, em algum momento houve amor, hoje já não há mais.
E mesmo que alí, em estado físico permaneçam, a mente vaga para outros lugares, talvez em busca de um amor que fez morada num outro coração.

Era uma auto-indagação para saber quem realmente estava ali: Esse sou eu no retrato, mas onde eu estava quando o tiraram? Era a minha vontade louca de o abraçar de repente e dizer: Mostra o sorriso da sua alma menino tímido, não esconda suas cores. Você já é grande, mas ainda é uma criança para mim. Te ver crescer me faz ver que também estou crescendo. Vá com calma, eu posso me assustar.