Literatura de Cordel
Minha alma triste suspira
em deslumbrante desejo,
ausente da minha terra,
há tempos que não a vejo.
são suspiros arrancados
do peito de um sertanejo.
_Cumpade, Bahia tá quente que tá retado.
Região sul, só vejo notícias de tornado
Chuvas fortes em tal canto
Ciclones num outro lado
É o aquecimento global
Deixando o clima alterado.
Sente aqui companheiro
Vamos prosear
Aceite um gole d'água, pra se hidratar
Cuide da tua saúde
Já que a saúde do planeta um "homi” só não pode melhorar.
Homens ricos e armados
Cheio de ambição
Cortam as árvores da amazónia
Destruindo a nação
Fazendo da natureza seu capacho
Destruindo mato, rio e ribeirão.
É uma lástima camarada
Pois, Brasil é pátria amada.
Rico em recursos naturais: flora, fauna, serra e mar
Preservamos agora
Ou vejamos tudo acabar
Mas eu não perco a esperança
E pode ser que algum dia
O brasileiro adquira
Muito mais sabedoria
E cuide bem do Brasil
Dia e noite, noite e dia
Toneladas de óleo
São jogados no mar
Catástrofe ambientais
Só servem para alertar
Que o homem é pernicioso
E não merece este lar
Um país como o Brasil
Carente de educação
Sofre na mão de gente corrupta
Que não sabe qual o valor
De um dia de trabalho
Do pobre trabalhador
É uma lástima camarada
Pois, Brasil é pátria amada
Tem o povo forte e gente nobre.
A corda só arrebenta
Pro lado de quem é pobre, enquanto a gente desce, a máfia politica sobe.
O brasileiro tem que entender
Acordar para a realidade
O Brasil só vai pra frente com alta escolaridade.
O Brasil carece de reforma na constituição
Que priorize a saúde e a educação.
"Cumpade", o papo tá bom, mas tenho que ir
Não basta murmurar
É preciso agir
O meio ambiente temos que preservar
Quanto aos problemas sociais,
É só escolher bem, na hora de votar.
Nascemos sem inveja, sem preconceitos e desconhecendo a mentira,mas com o tempo nos tornamos adultos.
MEUS VERSOS DE CORDEL.
Se alguém está pensando
Que vai me intimidar;
Que me jogar indireta;
Vai me fazer recuar;
Está muito enganado;
Vai ser um espatifado;
Impossível de juntar.
Nunca temi cara feia;
Muito menos potentado;
Pois conheço os meus direitos
Dentro e fora do Estado;
E se alguém duvidar;
É só me azucrinar;
Que eu mostro o resultado.
Isto não é ameaça;
Quem ameaça é bandido;
É apenas um aviso;
Se me sentir em perigo;
Dentro da legalidade;
Mostro pra sociedade;
Quem da justiça é inimigo.
Vou agora pro meu quarto;
Tá na hora de dormir;
Trabalhei o dia inteiro;
A minha parte cumpri;
Para os amigos um abraço;
Tô morrendo de cansaço;
Nos vemos amanhã aqui.
A Vida
Ao ler esse cordel
Eu quero lhe contar
A história de um jovem
Que gosta de estudar.
Todo dia vai a escola
E faz sua lição
Ao terminar o dia
Vai para casa no busão. ( ônibus )
Ele tem objetivos
E deseja conquistar
Um dia no futuro
Quem sabe ele chega lá.
De muita gente na escola
Uma pessoa ele marcou
Para dar confiança
E todo seu amor.
E no fim desse cordel
Eu quero agradecer
A todos que leram
E puderam compreender.
( Me desculpem pelos erros )
O Risco
Risco a folha de papel,
um risco firme e cruel,
Um risco no cordel,
feito a cor da moscatel;
Risco a alma do leitor;
Risco igual o escultor,
Que adiciona algum amor
a uma pedra sem calor;
Risco que não pode ver;
Risco todo alvorecer;
Risco aquilo, risco isso,
Risco até adormecer...
Cordel Umbilical
Unir as rimas ao papel
É o mesmo que uma gestação
Gerar com amor um cordel
Dar asas à criação
De letras, filhos, rimados
Criados com muito amor
Meninos nada mimados
Meninas com cheiro de flor
Sertão versos
Tenho prazer de falar.
Da minha terra fiel.
Arte, Cultura, Cordel.
O verde, a flor de açucena.
Nos braços dessa morena.
Me briagar de paixão.
Nas festas de são João.
Festejar com alegria.
Sou forró e poesia.
Sou caboclo do sertão...
Autor: Rogério Dantas
Caicó- RN- 16/07/ 2013
Tentei ser versos, prosa, poesia,
me fiz em rimas, trechinhos de cordel,
quis ser poema, um tema pra tua vida,
até em notas musicais eu me compus.
E não teve jeito de compreenderes minha essência,
pois em tese, sou uma TESE, complexa dissertação,
e por favor, me dá licença,
fica aí com teus gibis, não tenta mais me ler,
sou alto nível pra você
e te falta amor, coração e inteligência.
CORDEL: SÃO JOÃO
O Brasil cheio de festa
De cultura e atração
Onde não se perde uma
Sequer comemoração
E mais uma ali nasceu
cultura do são João
São João tempo de festa
brincadeira e alegria
Ao redor da fogueira
Se ajunta toda a família
Os amigos as crianças
E com sua fina iguaria
O são João sim é o melhor
Típica festa junina
Pois nele muito encontra
A pamonha e a canjica
A pipoca e o arroz doce
E o curau é uma delícia
O bolo de mandioca
O cuscuz e o munguzá
Também o bolo de milho
O acarajé, vatapá
milho pronto na fogueira
Tudo pro nosso arraiá
Os fogos e brincadeiras
Que constroem sua estrutura
Que nos faz sair do chão
Que compõem essa cultura
São João sim é perfeito
Não é feito de frescura
Casamento do Matuto
Quadrilha e arrasta-pé
O correio elegante
Dança é só pra quem quiser
Fogos, balas e balões
Pra deixa o cabelo impé
São João do meu nordeste
É mesmo feito de ouro
é preciso abrir os olhos
Para encontrar seu tesouro
Maior até que o carnaval
Pos tem seu próprio estouro
No fruto do meu nordeste
Nunca sai da região
Nos deixando sua cultura
o forró do gonzagão
Feito Pra os dois se unir
Pois Nos ajuda a curtir
O perfeito são João
Poeta
O Poeta é como ave de rapina
quando trina ateia versos
em rima
O Poeta de cordel do sertão
é uma ave que ao recitar
infinito canta
O Poeta de cordel ressuscita
os imortais faz as noites
entardecerem e o dia de
prosas que só se desfaz
ao pôr do Sol.
Vida de nordestino
é cordel
história de um povo valente
que fala oxente
tem orgulho do seu chão
e cultiva
o melhor da semente
da Maria Bonita e do Lampião.
Venho com minhas simples palavras escrever este cordel.
Para uma menina que é feito anjo, parece até ter caído do céu.
Num dia sem esperar, com uma mensagem tudo aconteceu.
Começamos a nos falar e o amor apareceu.
O amor que trago na minha prosa é bem diferente do de Platão.
Ele é feito amizade de muito tempo, daquelas que nunca te deixa na mão.
É bom poder dizer, que ter conhecido você, ajudou a adoçar meu coração.
Cordel - Lampião na casa de massagem
Lampião rei do cangaço, matador um cabra macho, cansou-se de Maria e foi a vida aproveitar..
Foi na casa de massagem onde não tem mulé direita, enrabichou-se com uma sujeita e quase num sai de lá..
A tal sujeita é Juliana, menina boa de cama que pegou Lampião de um jeito e não queria mais largar..
Juliana só falava: "Hoje eu te mato seu cabra", Lampião pulou ligeiro pra arredar o pé de lá..
Amirou sua espingarda e começou a prosear: "aqui sou rei do cangaço e só eu posso matar"..
Deu dois tiro em Juliana vestiu a roupa e saiu, amontou no primeiro jegue que viu e começou a pensar..
Nesta terra sou o cão, já matei pra mais de mil e não vai ser essa menina com uma chave de pipiu que vai um dia me matar.
ELA
Em seu cordel de sonhos
Ela pendura su'alma vestida
de asas .
Pés alados ousa voar
ora menina
ora anjo
ora leoa
ora borboleta
ora lua
ora pássaro
ora mulher ...
Tem sede da vida amar !
Trás nos olhos
a vertigem bailando ventos in clarim
e o desfolhar d'uma nuvem
a respirar céus in carmesim .
No fundo
Ela sabe bem ao certo
por onde ir e
por onde deve pousar .
Cordel Astral
Fui perguntar aos astros
O quão perfeito é o nosso amor.
Marte falou primeiro,
Num impulso verdadeiro,
Que nosso amor é guerreiro
Por não ter medo da dor.
Saturno, mais oportuno,
Não deixou de se impor.
Disse, num tom maduro,
Que o amor pode ser duro,
Mas, mesmo sem crer no futuro,
Crê no futuro do nosso amor.
Mercúrio pediu a palavra
E explicou com a razão:
Que não existe amor perfeito.
Porque amor que não tem defeito
Não se define como amor,
Considera-se paixão.
A Lua foi nua e crua,
E falou com sentimento,
Que o amor nos olhos dela
É igual ao amor aqui dentro.
Dando luz ao nosso caso,
Diz que não é por acaso
Que isso vai dar casamento.
Urano, pra variar,
Não rotulou o amor da gente.
Disse só que é diferente
O nosso jeito de amar.
Júpiter filosofou,
Falando da nossa jornada.
Disse que nosso amor é casa,
Mesmo quando a casa é estranha.
Netuno falou bem pouco,
Pois preferia rezar.
Pro nosso amor deste mundo,
Continuar tão profundo
Como já foi em um outro lugar.
O Sol se agigantou
E chamou a minha atenção.
Sua frase foi uma só,
Mas aqueceu meu coração:
“Eu sou Ela”, disse ele.
E eu não discordo, não.
Plutão foi um pouquinho
Mais difícil de entender.
Ele afirmou que o amor perfeito
Só nasceu no nosso peito
Porque a gente soube morrer.
E Vênus ficou por último,
Porque de amor entende mais.
Disse que um amor desse jeito
É uma escolha dentro do peito,
Que a gente até pensa a respeito,
Mas é o amor da gente que faz.
Carta de um poeta ao Papai Noel
Papai Noel
como criança neste cordel
te peço!
um presente no sapatinho
com apreço
um pouquinho de tudo que é generoso
dos povos: o amor, o ato misericordioso
sabedoria, onde possamos dar graças
afeição, fé, saudando todas as raças
muita paz, oração, muita alegria
nos livrando de todo o mal
embalados pelo coro celestial
de Boas Festas e, um Feliz Natal!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Cerrado goiano, dezembro
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