Linha Reta
Tem que estar ali na ponta da linha
o que você sonha em alçar
aos tempos noturnos, nas veias das borboletas.
NA LINHA DOS OMBROS
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Peneirei os afetos e vi quem merece
a saudade, a lembrança, e por isso a procura;
percebi de quais faltas obtenho a cura,
sem vigília; jejum; agonia de prece...
Os afetos restantes levei à fervura,
pra saber o que sobe, o que gruda, o que desce,
sobrevive à distância, resfria ou aquece
ante meu equilíbrio e meu lado loucura...
Dei ação ao sensor de mentira e verdade,
preferi ter bem menos para ter além
em sentido e certeza da sinceridade...
Foi assim que me achei entre tantos escombros;
só o tempo revela quem de fato é quem;
coração tem legenda na linha dos ombros...
O carretel
Ficar enrolada com o carretel não é o problema o problema é quando essa linha embola e não volta mais nunca mais volta da mesma forma para o carretel que só te enrolou.
Na linha de montagem do céu, Deus mandou colocar dentro do coração de cada um, muito amor e felicidade. A questão é que as vezes é preciso olhar um pouco para si mesmo para usufruir desses presentes.
Ande sempre na linha e perderá a inovação das diversas formas. Ande sem rumo, por caminhos diversos e jamais encontrará a linha certa do seu destino. A decisão é sua.
"A minha procura continuará, até o fim da linha de tons cinzentos.
Sei que, lá, encontrarei as cores que farão valer a pena.
A espera nunca é demais, quando o que se espera não tem tamanho.
Que venha!".
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Quadro
Um ponto para existir,
um risco para sentir,
uma linha para coexistir.
Um desenho para sonhar,
cores para ver,
borrachas para apagar.
Linhas de coexistência,
sensações riscadas,
retornando a condição de ponto.
Pronto para morrer,
renascer, e começar um quadro novo...
Me escondo dessa plenitude e desse ponto final que você representa. Me escondo dessa linha de chegada que tanto temo querer. Me escondo pelo mesmo vão em que te escapas e retorno pelo caminho das pedras.
A linha é tênue, como eu.
Os afagos não são gratos,
nem os amassos
apertados.
Ando em pedaços
descalços
no asfalto.
Escalo montanhas,
arrasto trilhos,
carrego ninhos.
E ao mesmo tempo
em que brilho,
me ofusco.
A linha continua tênue, como eu.
Os olhos caem de sono a cada linha e a cada virgula.Guerras e mais guerras e nenhum entendimento.Maldito seja !
Pensamentos, sonhos, linha de raciocínio, às vezes tão claros e num piscar de olhos se esvaem que nem fumaça.
Por mais que force, não trago de volta o tênue fio da meada.
