Liberdade Borboleta Fernando Pessoa
OUTRO OURO
nem
cambaxirra sabe a altura
da sua liberdade
y bem vê
transição
em câmara anecoica
sem saber o tom, próximo
dum sussurro-gemido em
pé de orelha - que nunca vai sentir
cheiro de adubo que perfumou cedo
nem sentir moral que castra;
a tendinite que ataca
nem hei de reclamar do tempo
que foi dado aos poucos
sem saber qual dos dois amores
tem + ouro
mas
pra barrar tanto aguadouro
nem só hedonismo há
(Urano em Touro)
cambiar pieles
gozar com cãimbras
arrepiar pescoço
até que
no Cerrado o outono
resfrie
banzo de
cambaxirra
rouca
uivar
Aprisionamos almas
Livres
Em corpos alheios
Pequenos
Demais para aguentar
Liberdade
Cheios de vontades
Individuais
Realizadas muitas vezes
Incompreensíveis
Aguardando o inesperado
Desejo
Deixando então a lâmpada
"Quando nos deixamos levar pela tempestade do pessimismo, damos a ele a liberdade de abalar nossas convicções"
A liberdade, como tudo o que recebemos ao chegar neste mundo, é um dom, que, se não utilizado, pode desvanecer-se, da mesma forma que a inteligência e a sensibilidade humanas.
SOBRE PÁSSAROS E POETAS
O pássaro canta suas tristezas
Celebra sua liberdade
Só sabe voar e cantar
Canta porque é pássaro
O poeta chora em poemas
Faz da pena sua liberdade
Só sabe escrever e voar
Voa porque é poeta
Ou é poeta por que voa?
Já nem sei.
Liberdade
Felicidade te encontra
E essas questões pairando no ar?
Sinto-me no meu lugar
Momentos sublimes, já perco a conta!
Vejo, contemplo, recebo, agradeço
Tudo de bom que a mim acontece
Vida, cores, onde tinha medo
Assim só é pra quem vê que merece
Cada dia é uma jornada
Vida segue, aprendizado sem fim
Vou me tornando mais dona de mim
Vejo faróis na minha estrada
Dias nublados? Sempre vão existir
Oba! Estou viva! Desato meus nós!
Nesse caminho sei que não estou só
Me enfurecia? Hoje faz-me rir
Rir de si mesma, isso é tão bom!
Aqui me permito ser simples humana
Cheia de falhas, cheia de dons
Que escorrega, e cai, e sempre levanta
Livre pra ser, livre pra viver
Vale cada dia da nossa existência
Respire, sinta, se entregue à experiência
E aprenda tudo que veio pr'aprender
A condenada Liberdade vivida pelos imortais, imorais temporais, alimenta a castração mais profunda do ser eclesiástico.
O amor não sufoca
Te deixa livre
Igual uma pluma
Que voa levemente
Com gosto de liberdade
Uma brisa suave
Que sente a mesma pele
O gosto pela vida
Te liberta das amarras
De dar satisfação
No teu caminhar
A confiança no olhar
Que trás segurança
E proteção no amar
Que gera paz
Alívio pra alma
É cumplicidade
Que trás felicidade
Unidos pelo coração
@zeni.poeta
Acreditar na força do amor
E voar no horizonte com liberdade
Fazer teu caminho na tranquilidade
De viver A vida sem temor
Deixar a alma fluir naturalmente
Sem escravizar tua inocência
Com respeito a tua vivência
Pelo caminho que cruzaste
Ter um coração amante
É saber dar espaço
Aceitar o teu avanço
Submissa em demasia
O amor perde a magia
Anula teus desejos
@zeni.poeta
É imprescindível a liberdade de expressão que nos é tolida sob a égide de uma minoria reunida, por ela se flui os pensamentos.
Sob o código lascivo de uma auto-outorgada elite intelectual apática e tão distraída consigo que se refestela ao reflexo de um espelho da discórdia que desfoca imagens e alude ao precário vulto na parede de uma caverna.