Janela
Da janela vejo você passar junto com as horas
Sinto o tempo mudar junto com meu humor.
Entra brisa, sai uma dor
Entra respingos de chuva, entra flores secas e você não entra.
Da janela vejo você sorrir com o nada
Tropeçar, levantar e seguir
Vento passar, você passar e não me vê sorrindo pra ti.
Da janela eu fico te olhando,
Te vejo saudando o pôr-do-sol,
Te vejo fazendo pedidos as estrelas cadentes.
E ai, quando finalmente resolvo sair da janela
te vejo olhando pra mim, sorrindo pra mim e desejando me ter só pra ti.
Daquela mesma janela eu nos vejo ser feliz.
Acorda!
Vai tirar das retinas as marcas de um dia dormido, vivido, gasto.
Abre a tua janela, deixa a poeira sair, renove o ar.
Sacode esse cobertor puído, dobra e põe no lugar.
Ajeita essa cama, estende o lençol. Deixa tudo arrumado porque a qualquer momento pode chegar alguém.
Levanta dessa cama que acolhe a tua felicidade, a tua febre, a tua insônia e a tua consciência, espantando a preguiça da vida com a tua vontade de recomeçar haja o que houver.
Veste aquele teu sonho bonito, que nasceu aí, numa dessas noites, e vai ver outras coisas e pessoas para nutrir a tua esperança.
Teus olhos não podem se acostumar à penumbra, então, destrava os trincos da porta, deixa vir, deixa entrar a energia renovadora do dia.
Repara nos raios de sol que invadem teu espaço com várias cores e até nas partículas de pó que se movimentam em direção à luz. Faz desse espetáculo miscroscópico que toma conta da menina dos teus olhos a tua oração de agradecimento e renova a tua fé no quer que seja.
Levanta e sai de casa. Sai de dentro de você. Sai das situações que te consomem, dos lugares que não te fazem bem, da vida de quem já não é o bastante para você.
Você tem que sair para chegar em algum lugar. Onde você quer ir? Acorda, levanta e vai.
Abra a janela. De dentro. Mantenha o coração aberto. Para tudo. E para todos. Use mais a intuição. Arrisque. Permita-se. Não se culpe tanto. Aceite os erros. Os seus e dos outros. Sem exceção. Chore sobre o leite derramado, mas depois enxugue tudo e prossiga. De cabeça erguida. Seja forte mas seja doce. Ou agridoce, se preferir… Seja suave. Suavize. Conjugue o verbo tranquilizar-se mais vezes… Tranquilize-se. Liberte-se dos conceitos. Não julgue e nem cultue tantos pré-conceitos. Acolha e nunca condene. Abra-se ao novo, mas respeite o antigo, nele podem estar muitas respostas.
Pergunte quando não entender, e nunca se envergonhe. Apenas diga a verdade. Saiba lidar com as pequenas mentiras, são elas que mantêm o mundo de pé. Peque todos os pecados capitais, mas AME sob todas as coisas que estão entre o céu e o mar. Entregue tudo o que não entender ao Infinito. E confie mais. Mas desconfie vez ou outra. Suba em lugares inusitados. Reformule. Abra os olhos. Mais abertos. Muito mais que abertos. Espertos. As possibilidades são brincalhonas e gostam de se disfarçar de toda forma, até feito um quebra-cabeça. Complicado. Fique atenta. Discorde quando sentir vontade. Concorde se puder. Acorde a hora que quiser. Ninguém tem nada com isso. Insista, ou desista se achar que já deu. Admita suas tristezas. Não mascare sua alegria. Aproveite bem mais o dia. E sorria. Muito, sempre e mesmo que esteja difícil. Ele é um antídoto. Natural. Persista no sorriso. Não espere nada nem coisa nenhuma de ninguém, mas sonhe todos os sonhos que desejar. Viva um minuto por vez e respire. Profundamente. Ar é vida. Você ficaria surpresa em se ver respirando quando está tensa… Expire. Aspire. Lentamente. Carinhosamente.Tenha sede de vida. E beba toda água que puder. Água purifica. Ame a vida e divida seu calor. Abrace, beije, toque. Chegue mais perto. Seja um ser abraçador. Construa felicidades pequenas, e não duvide de nada. Tudo é possível. Ou não… Tanto faz, corra atrás. Se valer a pena.
E então, quando vier o cair da tarde e o sol resolver se pôr, agradeça uma, duas, muitas vezes por todo seu calor. Agradeça ao sol, a tudo e a todos, e finalmente durma tranquilo, você deu ao amor, abrigo, você foi sol e calor! Durma tranquilo, amanhã é outro dia e o sol sempre volta á brilhar. É só abrir bem as janelas, e deixar ele entrar!
Olhando pela janela do meu quarto, vejo cada pingo da chuva cair e se juntar a todas as outras que já estavam juntas ao chão. Queria que você olhasse essa mesma imagem, e percebe - se que cada gota de água dessas é como se fosse, uma lágrima que escorreu sobre a minha face, e o motivo? Você. O meu maior sonho, seria olhar para o deserto e ver cada grão de areia encontrados por lá, como se fosse um sorriso meu, pelo mesmo motivo. Mas infelizmente, se nós formos realistas e pensássemos dessa maneira, hoje o deserto estaria sem nenhum sinal de areia.
Acordei.
Acordei, despreguicei e me levantei
Abri a janela pela primeira vez
Deixei a luz do sol iluminar o quarto
E recuperar meu coração quase quebrado
Me dei um novo motivo para abrir um sorriso
E apagar o que havia de ruim dentro de mim
Olho pela janela e vejo tudo que não ví
Quanta coisa não viví
Me escondendo em mim
Mas acordei, despreguicei e me levantei
Abri a janela pela primeira vez
E me permito ser feliz desta vez.
Kaline Silva
Fui fechar a janela para dormir, ainda tinha criança brincando na rua então deixei a janela aberta para a alegria entrar...
Madrugada de garoa fina,
a lua menina, à desfilar na minha janela,
um tanto inibida pelas nuvens à encobri-la,
mesmo assim ainda bela.
O quadro vivo
Eu gosto de olhar pela janela do quarto.
A janela alta do meu prédio
e olhar.
Ofusco-me nas luzes horizontescas
pitorescas da noite sublime,
distantes e borradas de rímel.
A agonia começa no cômodo
de cunho pensante.
As luzes lá da frente não se apagam
aqui as paredes se esfriam
cada vez mais
cada vez mais necrosadas.
O olhar alcança a floresta tempesteira por raios,
logo atrás dos borrões nos postes,
da torre da igreja crucificada,
dos borrões amarelos ambulantes,
os da ida e vinda
os da volta e partida.
Alguns piscam, outros param,
muitos voltam
(Esqueceram as chaves de casa, a camisinha, o próprio aniversário)
Os pneus queimam o asfalto,
sinto cheiro amargo,
deve ser a torradeira avisando que o sol apareceu
e que eu esqueci de dormir,
deve ser de manhã, o sino vai tocar
e eu permaneço olhando pela minha janela
com meus olhos pintados por lápis preto,
ambos em volta preenchidos pela cor viva
o negro.
Durmo sem saber que horas são,
não sei, porque ainda não dormi.
Se a vida lhe der todos os dias o direito de estar vivo, abra a janela, olhe a beleza ao seu redor, se você ver borboletas deixa-as pousarem em sua alegria e sorria por mais uma dadiva divina.
O estranho no ninho observava pelas entrelinhas
da janela de seus olhos o mundo lá fora.
-O que aconteceu?
-Senhor para onde este trem esta indo?
perguntou o menino de sardas timidas.
O senhor de barba grizalha e chapéu de palha respondeu:
-Depende, quanto tens?
O menino com os olhos cheios de lágrimas exclamou:
-Senhor dinheiro ,eu só tenho essas duas velhas moedas que trago em meus bolsos, nada mais.
E o senhor respondeu novamente:
-Dinheiro? daqui nada vale, apenas seus sonhos.
-Não tens sonhos? Questionou o senhor ao menino.
-Sim, tenho muitos. Disse o menino ainda com um ar de assustado.
O velho senhor então deu um meio sorriso e disse:
-Então por que perguntas para onde este bendito trem esta indo,
se carregas tantos sonhos contigo?
-Não percebes que se tem tantos sonhos assim, podes ir para onde quizer...
-Os sonhos são a passagem ilimitada para qualquer lugar do mundo! Finalizou o velho senhor...
Da janela ao corredor, 20 passos
Um cigarro, a mesma cor,
Um dia pra gastar
Quantas portas pra fechar lavar o cheiro e o gosto
Foi sem hora pra voltar
Feche os olhos quando eu for mostrar o meu mundo pra você que está sempre aqui
Tudo oque existe ao meu redor
Da janela eu a espero
É noite! Eu nem tenho sono
De manhã! sinto abandono
Meus olhos não os vêem,
Minha rua! Está sem graça.
Que rua encanta? Que perfume passa?
Os cabelos! Que vento esvoaça?
Que o vento te de asas pra voar e
Traga o encanto ainda mais linda pra me encantar.
Acordei com uma dor de cabeça incessante. Tomei aquele velho café, olhei pela janela e vi o dia lindo lá fora. Sábado, sol, praia, as pessoas estavam felizes. Mas não eu. Eu sabia que era uma fase, que era o dia. Que diz seguinte eu estaria bem. Todo dia quatro era a mesma coisa. Tinha até vergonha de dizer que ainda chorava pela morte do meu gato. Mas não me culpe. Ele era minha única companhia desde criança. Não conhecia nenhum ser humano tão bom quanto era o meu gato. Botas era alegre, divertido, brincalhão. Ele era preguiçoso como eu, um amor de gato que ninguém no mundo iria imaginar em fazer mal. Mas um ser fez, um ser que eu não sei quem é. Ele matou meu Botas. E eu estou aqui, triste. Era meu gato. Meu único amigo, e não me venha me criticar.
Nostalgia
Da janela aberta
vejo so sonhos que tive,
as viagens que não fizemos,
os passeios que lamentamos,
e os sentimentos que contive.
É irônico,
mas as melhores lembranças que tenho,
daqueles inefáveis momentos,
são o desespero, a insegurança e abandono.
A nostalgia,
assim tão terna, assim amiga,
é a prova que tudo não passou de ilusão,
mas sinceramente
espero que nesse verão
o céu não se turve,
enegrecendo as nuvens
e levando com a chuva minha paixão.
Sorriso
Sorria seu melhor riso.
Seus olhos brilham radiantes.
Abra sua janela de pureza.
E me embale na leveza do teu encanto
Teu sorriso acalma meu pranto
Esse riso me abre a janela da alma.
Tua alegria, minha necessidade.
O silencio toma o vázio da sala
O oceano se espande sem anunciar
e então trasborda pelas janela.
Os sorrisos se apagam num piscar de olhos
Os corpos se revelam entre quatro paredes
incinerando suas almas rebeldes e solitarias.
Agora tudo ficou mudo e incolor
Dificil de explicar em palavras...
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