Insônia
Na madrugada, invade meu quarto sem nada temer...
se joga na cama a contar histórias que não quero ouvir,
pinta quadros que eu não quero ver,
insônia maldita, me deixe dormir!
Tenho passado boa parte dos meus dias acinzentados e noites enluaradas a refletir sobre a mentira.
Não chego a conclusão que preencha minha insônia cada dia mais constante.
Ele é tipo café, achei que não era pra mim, até experimentar, agora é meu primeiro pensamento quando acordo e não consigo passar um dia sem...
Virou minha rotina, viciante, me tira o sono.
A combinação perfeita, nós dois juntos somos pura adrenalina, aquele amor com cheiro de café quentinho, beijo com sabor forte de cafeína!
Ó NOITE...
Ó noite, ampla noite, de insonolência
Noite umbrosa, de fado aos sofredores
Suspiros, preocupações e tantas dores
Nessa apertura tediosa e sem paciência
Socorre a alma ó repouso, com essência
De paz, suste a tortura e seus langores
Ó quimera venha a mim para dispores
Sonhos calmosos, e me tire da dolência
E o silêncio, que estronda a harmonia
Numa solidão que no breu se mistura
Insistente, e tão tomado de teimosia
Inquieto sinto o negror da amargura
Sobras frias, sinto áspera melancolia
Na rude poesia, canto! Ó noite dura!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
20 de abril de 2021, 03’23” – Araguari, MG
COISAS QUE VEM COM A IDADE:
*Sabedoria, para alguns.
*Amantes do dinheiro enriquecidos dizem que estão colhendo o que plantaram.
*Serenidade, para poucos.
*Depressão e insônia para muitos, respostas do que foram quando jovem.
Sons da madrugada (1)
Galo canta desesperado,
Cachorro late incomodado,
Ambulância ecoa nervosa,
Criança chora clamando urgência.
A cama range de um lado,
O filho ressona aninhado,
Marido ronca como que em prosa,
O relógio acompanha a cadência.
Um gato grita miados roucos,
Um carro buzina e canta pneus,
Jovens bêbados bradam como que loucos,
Proclamam queixumes de amores seus.
Lá fora, noite acesa!
Os ruídos denunciam a atividade delirante.
Cá dentro, a casa dorme!
Noite escura, tinidos de sono reconfortante.
Só a caneta escreve
Movimentos que escuto de leve.
Nítidos somente a mim, e a mais ninguém,
Distingo outros sons também.
Som da saudade gritando no peito,
Som das palavras fervilhando a mente,
Som do cansaço suplicando leito,
Som da existência implorando argumento.
Tantos sons no silêncio pouco tranquilo da noite insone.
Três e treze, marcam os ponteiros.
Há algo que esta questão solucione?
Meu sono aniquilado por bulícios certeiros?
A chuva começa. É mais um som!
Chuva mansa, sem relâmpago ou trovão.
Mas seu som se sobrepõe, é o seu dom.
Está em seu âmago cumprir sua missão.
Como mãe amorosa
Ciente da fadiga enorme
Acalenta-me, religiosa
Instruindo suave: dorme!
É o que permanece.
Só a chuva mansa.
Nina-me e me adormece
A chuva... amansa.
São seus olhos que não me deixam dormir.
Desde quando os fitei, me perdi do labirinto de sua pupila.
Quem entende o que
agente não entende?
Será que querer entender tudo
é só uma “mera especulação”?
Mas deixar de querer entender tudo,nos coloca em uma triste acomodação?
Madruga? Ou madroga? É porque já fui viciado nessa parada, ela vinha trazendo reflexões que me deixava chapado tipo efeito cafeína me tirava o sono. Saia do planeta terra e entrava no meu mundo onde só tinha eu e o meu imaginário.
Um vício de reflexões, me fazia ir bem longe achando minhas verdades, para lidar nesse mundo moderno.
Autor: @n_.guimaraes
E mais uma noite ela me abençoa, e como sempre o som ecoa.
Novamente, pensar me impossibilita ter paz, sentimento voraz.
Quando estamos juntos em plena madrugada não há sanidade que segure.
Casa cheia, cheia de pensamentos, de questionamentos e questões.
Cheia de dúvidas e cobranças, de certa forma necessárias.
O futuro vem, e não há ninguém que o pare.
Então nunca pare, principalmente agora que o tempo não pode parar.
A verdade é que encontramos paz onde esquecemos de procurar.
E em um mau estado de espírito, foi ao chão
Sua alma berrava em grande voz
Era como se a caminhada até ali não tivesse valia
Os joelhos firmes, a face no pó, boca trêmula, as mãos fechadas com os punhos firmes esmurrava o solo
Sua angústia derivou-se de uma escolha, e as renúncias são os efeitos colaterais que eliminaram as certezas que nunca tivera.
Se ao menos tivesse uma chance de voltar ao tempo, não comeria do fruto que abrira seus olhos que outrora enxergava apenas o óbvio
Naquele momento introspectivo chegou a citar Einstein quando dizia “A mente que se abre a uma nova ideia, jamais voltará ao seu tamanho original”
O desespero e a angústia que ali se manifestava, todas as noites lhe presenteava com a insônia, onde a tortura de pensamentos bagunçavam suas ideias e desfocava o que era nítido.
Em um outro contexto, a paz de espírito o fazia dormir,
hoje drogado encontra paz em sua insanidade
Ainda com os joelhos firmes, se apoiou e inclinou o corpo para trás, ergueu a cabeça para o céu, abriu seus braços e desejou a “sabedoria da ignorância"
Travesseiro Amigo
E deitou em seu leito, ansiando repousar o corpo fatigado
Uma música para relaxar
Um clique no interruptor apaga-se a luz do pequeno abajur
Os olhos ainda abertos tenta enxergar o teto de seu quarto
A pouca iluminação o faz enxergar apenas manchas e dá uma projeção de algo
Um conglomerado de pensamentos invadem sua mente
A angústia rasga seu peito e entra sem pedir licença
No acalanto da noite seu único amigo é o travesseiro
ele absorve suas lágrimas e conforta a nuca que nunca sossega.
As infinitas músicas da playlist que tocavam no telefone celular se perfez, dando vazão ao barulho do silêncio, que vem como um grito que invade uma casa vazia e ecoa sem cessar
A noite é intensa
Pensamentos se vão
o peito não dói mais
O corpo desfalece
por um momento a paz se faz presente
E o sono vem
Repentinamente e invasivo, o despertador informa que são cinco horas e trinta minutos em seu relógio
hora de levantar.
Bom dia!
Dentro de mim
Minha certeza é que não sei
Entendo que não compreendo
Perceba em meus olhos o que não estou dizendo
Será ignorância minha
Não ler as entrelinhas
Inescrutavel
Amor inescrupuloso
Dor prazerosa
Malícia viciosa
Arrependimento não tem volta
Quero não querer
Que desejo desrespeitoso
Despida tudo de novo
Despedida fria
Insônia frita de um lado ao outro
Enquanto sonhas como anjo
Eu endemoniada
Se adormecer enfim
Ao despertar
Mostrarei apenas o jardim
Exalando o perfume
Ocultando meu gume
Serei novamente
A coroa de flores
O silêncio adentrou o quarto e ecoou sobre as 4 paredes...
Nem as luzes acessas, conseguiam clarear as ideias da minha cabeça.
Em meus olhos já se formavam um manancial abundante.
E uma pequena cachoeira já desaguava sobre minhas bochechas
Há um hiato entre certo e o errado, e não sei qual o seu tamanho
Qualquer ideia que tenta se formar é tão abistrata quanto um quadro de Jackson Pollock
Eu já devaneio em meio a pensamentos inacabados, semi construídos ou não formados
Cada resposta se torna uma nova pergunta, cada pergunta tem uma infinidade de respostas
São esses momentos que me sugerem a não pensar em nada, mas pensar em nada, é meio que pensar em alguma coisa
O tempo já não é aliado, e os sessenta segundos, já somam algumas horas
Essa constante insônia que me toma, é resultado de um confronto entre meu sono e meus pensamentos
Quando finalmente sou vencido por todos os lados, me vejo dormindo, cercado de harmonia
Que pode ser regada por bons sonhos ou refem de qualquer tipo de pesadelo
Boa noite.
Pensamentos inconclusivos é como um cardume de peixes saltitantes num minúsculo aquário chamado insônia.
Quando!
Quando notares que teu tempo não é mais só teu;
Quando notares que teus pensamentos encontra com o de outrem;
Quando notares que tuas noites não são mais só tuas;
Quando notares que a razão de tuas insônias não são só os problemas;
Quando notares que tens alguém ao teu lado, mesmo estando sozinha;
É sinal que tua solidão, mesmo que proposital, foi embora.
Então, desfrute, não desista!
Room
04/09/2018
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