Inseto
Se você cobra
por tantos sapos,
pelos seus micos
e vira bicho,
eu fico inseto
sobre o que faço...
Mas deixe estar,
sei que não monstro,
no entanto pássaro
a minha vida
a cantar.
Caso acordássemos num corpo de animal, inseto ou alienígena: nunca voltaríamos a ser o que já fomos um dia.
O gafanhoto
Eu vi um gafanhoto.
Um inseto vulgar, pensei.
Apenas verde, somente verde.
Me demorei a fitá-lo.
E ele ali quietinho me observando.
Eu vi um gafanhoto.
Verde, verde como as folhas
que já estavam quase que totalmente,
devoradas por ele.
De um relance de olhar, não o teria visto:
Verde: proteção natural,
Verde: compleição formal.
Eu vi um gafanhoto.
E depois outro e outro,
perdi a conta de quantos o veneno matou.
Não faz mal, vieram outros.
Vou começar a contar de novo.
Sacrifício da esp'rança o inseto entre os florões do roseiral, co'o alfinete 'I am busy' penetro o verde-brando dorso, e qual dela os cabelos no ombro abertos tremem as asas do mortal.
Inquieto
Sem teto, sem telha...
um inseto inquieto, em sua orelha.
Zumbindo, picando e irritando.
Até o tapa.
Na orelha, no pescoço, na cara.
Desvio, saio e reparo.
Um tapa é única demonstração de carinho.
A um pobre mosquitinho.
Diga, conhece um inseto chamado “efêmera”? A efêmera morre um ou dois dias após dar à luz. Seu corpo é vazio. Ao invés de estômago ou intestino, seu interior é apenas preenchido por ovos. É uma criatura que nasce apenas visando a procriação. Humanos não são muito diferentes.
BORBOLETA
Eu não farei poema à borboleta,
inseto que esvoaça sobre a rima
furtada da inequívoca obra-prima
jamais escrita por esta caneta.
Persigo a perseguida de veneta,
mas voa a rima alheia à minha estima
a qual “torce, aprimora, alteia, lima
a frase”, que se esconde numa greta.
E o muro, “paredão todo gretado”,
é sóbrio, é careta, e é quadrado,
mas guarda para si aquela greta.
Solitário empunhando esta caneta
por ser da borboleta rechaçado,
achei-me, em outra greta, contentado.
Imagine-se um inseto e olhe para o céu em uma visão panorâmica, veja sua insignificância e mantenha sua humildade.
Não corra como um inseto que vê a vassoura: enfrente o gigante das trevas, sujeitando-se a Deus e Seu anjo agirá como uma grande vassoura para afugentar o bicho.
De vez em quando, meditando
Eu suponho ser um pássaro
Ou um inseto voador qualquer
E saio por ai voando
Imaginando um Mundo melhor
Das paisagens que Deus me permite ver
Prefiro as da natureza
As manhãs orvalhadas e a vegetação
A imagem da Lua espelhada no Mar
Não há nada mais divertido
do que ver a branca luz refletida
dançando lentamente
Entre as coisas criadas por gente
Eu prefiro, indubitavelmente
A Imagem da Mona Lisa
A Poesia de Vicente de Carvalho
O brilho de limpeza muito pura
dos assoalhos simples e humildes
Mas nada se compara
Aos insetos caminhando sobre galhos
Procurando atalhos que os leve
ao bico de alguma ave
Ao fundo de tudo isso
O som suave da gaita e do violão
Os sorrisos dos meus filhos
Aline e Raul, Marina e Murilo
e o do meu irmão mais velho
A vida correndo sobre os trilhos
e voltando a mim mesmo,
em questão de minutos
Assim eu começo meu dia
Muito antes do nascer do Sol
Muito obrigado, Meu Deus!
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