Indiretas de amor: demonstre interesse com sutileza 😉

Considero-me um "modificador", modifico a alegria em tristeza; o Ăłdio em amor; barulho em silĂȘncio; aperto de mĂŁo em beijo. Acho que posso modificar quase tudo, a Ășnica coisa que nĂŁo consigo modificas Ă© a cabeça das pessoas que nĂŁo me entendem. Pois essas sĂŁo muito fortes para perceber seus prĂłprios erros.

O Jardim do Amor

Tendo ingressado no Jardim do Amor,
Deparei-me com algo inusitado:
haviam construĂ­do uma Capela
No meio, onde eu brincava no gramado.

E ela estava fechada; "Tu nĂŁo podes"
Era a legenda sobre a porta escrita.
Voltei-me entĂŁo para o Jardim do Amor,
Onde crescia tanta flor bonita,

E recoberto o vi de sepulturas
E lousas sepulcrais, em vez de flores;
E em vestes negras e hediondas os padres faziam rondas,
E atavam com nĂł espinhoso meus desejos e meu gozo.

Amor nĂŁo acaba. Filmes acabam, balas acabam, dias acabam, beijos acabam, noites acabam, chocolate acaba, o assunto acaba, a paciĂȘncia acaba, a vontade acaba - desejo diminui. Mas o amor nĂŁo. Ele entra em coma, fica fraco, doente e, se for o caso, morre. Amor nĂŁo Ă© um sentimento, um fato, um objeto. Amor Ă© uma vida, Ă© algo que sai da compreensĂŁo humana, cientĂ­fica, racional. Amor nĂŁo começa e acaba. Amor nasce e morre.

⁠Talvez nunca tenhas a oportunidade de ler essas pequenas linhas,
EntĂŁo vamos lĂĄ!

Primeiramente gostaria de parabenizar por mais um ano do meu amor;
Embora, nĂŁo saibas, mas hoje completamos mais um ano juntos;
Se soubesse disso, hoje lhe daria as mais belas rosas desse mundo;
Se tivesse ciĂȘncia o quanto a amo, saberia a hora que lhe visitei em sonhos essa noite;

Diariamente lhe sirvo com o melhor café da manhã e adoro isso;
Por quantas vezes te vi acordando todas as vezes que eu fechei os olhos;
Sempre me apaixonei novamente toda vez que via o brilho do teu sorriso;
Nem o mais belo jardim guarda esse seu perfume;
Sei lĂĄ, adoro a forma que eu cuido de vocĂȘ, por mais que nĂŁo saibas!
Fico com medo que um dia descubra o quanto a amo, tenho receio de perdĂȘ-la!

Acho bom ver vocĂȘ todas as vezes que olho para o cĂ©u em noites estreladas;
Chego até sentir o seu toque no meu rosto através da breve brisa;
Sabe somente essa semana eu lhe pedi em casamento umas dĂșzias de vezes;

E em todas Ă s vezes sempre aceitou, dizendo: Obrigado por me amar tanto!
Eu nunca me vi amando menos, te amar Ă© como respirar, parece tĂŁo normal;
Por isso nĂŁo me importo se um dia saberĂĄs ou nĂŁo desse amor!
Acho tĂŁo perfeito a forma que amo vocĂȘ!

Nesse dia dos namorados gostaria de renovar os votos de amor por vocĂȘ;
NĂŁo hĂĄ um dia que nĂŁo sonhe com vocĂȘ; tudo tĂŁo perfeito!
Desejo que nĂŁo acabe tĂŁo cedo esse amor, que dure por duas eternidades;
Afinal, amar Ă© amar, nada mais, mesmo que nĂŁo me ames! Eu amo!

Inserida por deutes_oliveira

O amor sonha com a pureza. Sexo precisa do pecado. O amor Ă© sonho dos solteiros. Sexo Ă© sonho dos casados.

Arnaldo Jabor

Nota: Trecho da crînica "Amor É Prosa, Sexo É Poesia", publicada na "Gazeta" em 4 de janeiro de 2012.

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Amor Ă© prosa, sexo Ă© poesia.

Arnaldo Jabor

Nota: TĂ­tulo de uma crĂŽnica do autor, que depois intitulou um livro.

O perigo do sexo Ă© que vocĂȘ pode se apaixonar. O perigo do amor Ă© virar amizade.

Arnaldo Jabor
"Amor Ă© prosa, sexo Ă© poesia"

Nota: TĂ­tulo de uma crĂŽnica do autor.

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O amor impossĂ­vel Ă© o verdadeiro amor

Outro dia escrevi um artigo sobre o amor. Depois, escrevi outro sobre sexo.

Os dois artigos mexeram com a cabeça de pessoas que encontro na rua e que me agarram, dizendo: "Mas... afinal, o que Ă© o amor?" E esperam, de olho muito aberto, uma resposta "profunda". Sei apenas que hĂĄ um amor mais comum, do dia-a-dia, que Ă© nosso velho conhecido, um amor datado, um amor que muda com as dĂ©cadas, o amor prĂĄtico que rege o "eu te amo" ou "nĂŁo te amo". Eu, branco, classe mĂ©dia, brasileiro, jĂĄ vi esse amor mudar muito. Quando eu era jovem, nos anos 60/70, o amor era um desejo romĂąntico, um sonho polĂ­tico, contra o sistema, amor da liberdade, a busca de um "desregramento dos sentidos". Depois, nos anos 80/90 foi ficando um amor de consumo, um amor de mercado, uma progressiva apropriação indĂ©bita do "outro". O ritmo do tempo acelerou o amor, o dinheiro contabilizou o amor, matando seu mistĂ©rio impalpĂĄvel. Hoje, temos controle, sabemos por que "amamos", temos medo de nos perder no amor e fracassar na produção. A cultura americana estĂĄ criando um "desencantamento" insuportĂĄvel na vida social. O amor Ă© a recusa desse desencanto. O amor quer o encantamento que os bichos tĂȘm, naturalmente.
Por isso, permitam-me hoje ser um falso "profundo" (tratar sĂł de polĂ­tica me mata...) e falar de outro amor, mais metafĂ­sico, mais seminal, que transcende as dĂ©cadas, as modas. Esse amor Ă© como uma demanda da natureza ou, melhor, do nosso exĂ­lio da natureza. É um amor quase como um ĂłrgĂŁo fĂ­sico que foi perdido. Como escreveu o Ferreira Gullar outro dia, num genial poema publicado sobre a cor azul, que explica indiretamente o que tento falar: o amor Ă© algo "feito um lampejo que surgiu no mundo/ essa cor/ essa mancha/ que a mim chegou/ de detrĂĄs de dezenas de milhares de manhĂŁs/ e noites estreladas/ como um puĂ­do aceno humano/ mancha azul que carrego comigo como carrego meus cabelos ou uma lesĂŁo oculta onde ninguĂ©m sabe".

Pois, senhores, esse amor existe dentro de nĂłs como uma fome quase que "celular". NĂŁo nasce nem morre das "condiçÔes histĂłricas"; Ă© um amor que estĂĄ entranhado no DNA, no fundo da matĂ©ria. É uma pulsĂŁo inevitĂĄvel, quase uma "lesĂŁo oculta" dos seres expulsos da natureza. NĂłs somos o Ășnico bicho "de fora", estrangeiro. Os bichos tĂȘm esse amor, mas nem sabem.

(Estou sendo "filosĂłfico", mas... tudo bem... nĂŁo perguntaram?) Esse amor bate em nĂłs como os frĂȘmitos primordiais das cĂ©lulas do corpo e como as fusĂ”es nucleares das galĂĄxias; esse amor cria em nĂłs a sensação do Ser, que sĂł Ă© perceptĂ­vel nos breves instantes em que entramos em compasso com o universo. Nosso amor Ă© uma reprodução ampliada da cĂłpula entre o espermatozĂłide e Ăłvulo se interpenetrando. Por obra do amor, saĂ­mos do ventre e queremos voltar, queremos uma "reintegração de posse" de nossa origem celular, indo atĂ© a dança primitiva das molĂ©culas. Somos grandes cĂ©lulas que querem se re-unir, separados pelo sexo, que as dividiu. ("Sexo" vem de "secare" em latim: separar, cortar.) O amor cria momentos em que temos a sensação de que a "mĂĄquina do mundo" ou a mĂĄquina da vida se explica, em que tudo parece parar num arrepio, como uma lembrança remota. Como disse Artaud, o louco, sobre a arte (ou o amor) : "A arte nĂŁo Ă© a imitação da vida. A vida Ă© que Ă© a imitação de algo transcendental com que a arte nos pĂ”e em contato." E a arte nĂŁo Ă© a linguagem do amor? E nĂŁo falo aqui dos grandes momentos de paixĂŁo, dos grandes orgasmos, dos grande beijos - eles podem ser enganosos. Falo de brevĂ­ssimos instantes de felicidade sem motivo, de um mistĂ©rio que subitamente parece revelado. HĂĄ, nesse amor, uma clara geometria entre o sentimento e a paisagem, como na poesia de Francis Ponge, quando o cabelo da amada se liga aos pinheiros da floresta ou quando o seu brilho ruivo se une com o sol entre os ramos das ĂĄrvores ou entre as tranças da mulher amada e tudo parece decifrado. Mas, nĂŁo se decifra nunca, como a poesia. Como disse alguĂ©m: a poesia Ă© um desejo de retorno a uma lĂ­ngua primitiva. O amor tambĂ©m. Melhor dizendo: o amor Ă© essa tentativa de atingir o impossĂ­vel, se bem que o "impossĂ­vel" Ă© indesejado hoje em dia; sĂł queremos o controlado, o lĂłgico. O amor anda transgĂȘnico, geneticamente modificado, fast love.

Escrevi outro dia que "o amor vive da incompletude e esse vazio justifica a poesia da entrega. Ser impossível é sua grande beleza. Claro que o amor é também feito de egoísmos, de narcisismos mas, ainda assim, ele busca uma grandeza - mesmo no crime de amor hå um terrível sonho de plenitude. Amar exige coragem e hoje somos todos covardes".

Mas, o fundo e inexplicĂĄvel amor acontece quando vocĂȘ "cessa", por brevĂ­ssimos instantes. A possessividade cessa e, por segundos, ela fica compassiva. Deixamos o amado ser o que Ă© e o outro Ă© contemplado em sua total solidĂŁo. Vemos um gesto frĂĄgil, um cabelo molhado, um rosto dormindo, e isso desperta em nĂłs uma espĂ©cie de "compaixĂŁo" pelo nosso desamparo.

Esperamos do amor essa sensação de eternidade. Queremos nos enganar e achar que haverå juventude para sempre, queremos que haja sentido para a vida, que o mistério da "falha" humana se revele, queremos esquecer, melhor, queremos "não-saber" que vamos morrer, como só os animais não sabem. O amor é uma ilusão sem a qual não podemos viver. Como os relùmpagos, o amor nos liga entre a Terra e o céu. Mas, como souberam os grandes poetas como Cabral e Donne, a plenitude do amor não nos faz virar "anjos", não. O amor não é da ordem do céu, do espírito. O amor é uma demanda da terra, é o profundo desejo de vivermos sem linguagem, sem fala, como os animais em sua paz absoluta. Queremos atingir esse "absoluto", que estå na calma felicidade dos animais.

Arnaldo Jabor
"Amor Ă© prosa, sexo Ă© poesia"

A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e palavras. Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida.

Martha Medeiros

Nota: Trecho do texto "Sentir-se amado".

Amor Ă© um livro, sexo Ă© esporte
Sexo Ă© escolha, amor Ă© sorte

Amor Ă© pensamento, teorema
Amor Ă© novela, sexo Ă© cinema

Sexo é imaginação, fantasia
Amor Ă© prosa, sexo Ă© poesia

O amor nos torna patéticos
Sexo é uma selva de epiléticos

Amor Ă© cristĂŁo, sexo Ă© pagĂŁo
Amor Ă© latifĂșndio, sexo Ă© invasĂŁo
Amor Ă© divino, sexo Ă© animal
Amor Ă© bossa nova, sexo Ă© carnaval

Amor é para sempre, sexo também
Sexo Ă© do bom, amor Ă© do bem...

Amor sem sexo, Ă© amizade
Sexo sem amor, Ă© vontade

Amor Ă© um, sexo Ă© dois
Sexo antes, amor depois

Sexo vem dos outros e vai embora
Amor vem de nĂłs e demora

Amor Ă© cristĂŁo sexo Ă© pagĂŁo
Amor Ă© latifĂșndio sexo Ă© invasĂŁo

Amor Ă© divino sexo Ă© animal
Amor Ă© bossa nova sexo Ă© carnaval

Amor Ă© isso, sexo Ă© aquilo
E coisa e tal...

Rita Lee
MĂșsica 'Amor e Sexo':

Nota: Letra composta por Cilze Mariane Costa HonĂłrio, Rita Lee, Roberto de Carvalho e Arnaldo Jabor

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Era o amor que tentei te oferecer!

NĂŁo consigo me entender
Sei o que devo fazer
É certo tenho que te esquecer
Mas Ă© sĂł aparecer,
Que me entrego a vocĂȘ.
Mas assim nĂŁo pode ser,
Entregar-me e nĂŁo te ter.
NĂŁo consigo me compreender,
Sei que nĂŁo posso exceder.
Vou lutar contra meu querer,
Na minha cabeça meter,
Que um fim Ă© o que tenho que fazer,
Quando serĂĄ que vou aprender?
Meu desejo era te manter,
E cada dia mais te conhecer.
Agora começo a perceber,
O que eu nĂŁo queria ver,
E o que vocĂȘ nĂŁo tinha coragem de dizer.
Nunca me amaste, era apenas o aquecer.
Sexo, cama, e tudo que quisesse manter,
Sabe que basta me tocar para me derreter.
Sei que teus desejos consigo atender,
Nosso amor tem inĂ­cio ao anoitecer
E perdura até o amanhecer.
Mas nĂŁo posso me corromper,
Sem vocĂȘ tenho que sobreviver,
Seguir a vida e me conter,
As lĂĄgrimas irei beber,
A saudade desfalecer,
Seguir em frente, nada irĂĄ me deter.
Adeus quem me fez viver,
Momentos que irĂŁo permanecer,
Loucuras de prazer,
Amei-te mas a este amor irei vencer.
E um dia quando vocĂȘ me rever,
VerĂĄs que mais do que prazer era o amor que tentei te oferecer!

Meu negĂłcio agora Ă© sexo e amizade. Acho esse negĂłcio de amor uma coisa muito chata.

Cada um sabe a dor e a delĂ­cia de ser o que Ă©.

Sou contra a reserva de mercado. Tem mais Ă© que abrir as portas para a Madonna abrir as pernas.

Eu sou um preguiçoso que trabalha muito.

A força da grana que ergue e destrói coisas belas.

Desde pequeno eu achava que seria célebre.

O tempo nĂŁo pĂĄra e, no entanto, ele nunca envelhece.

É impressionante a força que as coisas parecem ter quando elas precisam acontecer.

Eu sempre sonhei com um amor antigo...um amor amigo...com um tremendo e infinito carinho...
Mas um amor assim só mesmo em sonho, pois na real, o que comanda um casal é só a relação sexual...
Eu queria viver diferente, ser tratada como gente, gente que sente e que se fosse correspondida...viveria de uma forma envolvente...
A maioria das pessoas não são bem assim...elas são até ruins e em seus atos carnais, usam a palavra amor, sem ter a conscientização que para fazer amor...é preciso sentir amor...sentir emoção e só se emociona o coração, se antes for vivida uma paixão...
E a cada dia que passa, a realidade me arrasta a uma triste conclusão: transa...relação...tesão e que se dane o coração...
Pra mim nĂŁo da pra viver assim...sou romĂąntica, sou carente, sou como pouca gente, que sabe o verdadeiro sabor de quando se vive um verdadeiro amor...
Tento de todo jeito...consertar esse meu defeito...mas dentro do meu peito...bate mais forte meu coração...e eu vejo com grande decepção que não existe emoção...acho que esse mundo...não é o meu não...
Eu queria ser amada com paixão, mas na real que decepção...o que comanda esse mundão é só o tremendo tesão...
Carinho quase nĂŁo se tem e o que Ă© que hĂĄ afinal? Vivemos em um mundo animal, penso atĂ© por vĂȘzes que eu Ă© que nĂŁo sou normal...
E em minha cabeça bróta...sou uma tremenda idiota...e diante de tanta coisinha....devo me assumir "sozinha"!!!
E o que fazer com o meu coração???
- Óra...fechar sua portinha e viver pra sempre sozinha!!!

O sexo Ă© o alĂ­vio da tensĂŁo. O amor Ă© a causa

Eu canto sobre o amor, e se as pessoas interpretam isso como sexo, é problema delas. Eu nunca uso palavrÔes como alguns dos rapper. Eu amo e respeito o trabalho deles, mas eu acho que tenho muito respeito pelos pais, mães e pessoas idosas. Se eu fizesse uma canção com palavrÔes e visse uma senhora na platéia, eu ficaria envergonhado.

O amor é cuidado em um peito ocioso, pejo no moço, vergonha na virgem, na mulher furor, no homem fogo e no velho riso.

NADA COMO O TEMPO

Com o tempo, vocĂȘ vai percebendo que, para ser feliz com uma outra pessoa, vocĂȘ precisa, em primeiro lugar, nĂŁo precisar dela.

Percebe tambĂ©m que aquele alguĂ©m que vocĂȘ ama (ou acha que ama) e que nĂŁo quer nada com vocĂȘ, definitivamente nĂŁo Ă© o "alguĂ©m" da sua vida.

VocĂȘ aprende a gostar de vocĂȘ, a cuidar de vocĂȘ e, principalmente, a gostar de quem tambĂ©m gosta de vocĂȘ.

O segredo Ă© nĂŁo correr atrĂĄs das borboletas... Ă© cuidar do jardim para que elas venham atĂ© vocĂȘ.

No final das contas, vocĂȘ vai achar nĂŁo quem vocĂȘ estava procurando, mas quem estava procurando por vocĂȘ!

Desconhecido

Nota: Trecho de um texto muitas vezes atribuĂ­do de forma errĂŽnea a MĂĄrio Quintana, a autoria do pensamento nĂŁo estĂĄ confirmada. Por vezes tambĂ©m Ă© atribuĂ­do a Katia Cruz, com o tĂ­tulo "Recomeçar". A frase: “O segredo nĂŁo Ă© correr atrĂĄs das borboletas...” Ă© uma adaptação de uma outra frase de D. Elhers.

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Se eu morrer antes de vocĂȘ, faça-me um favor.
Chore o quanto quiser, mas nĂŁo brigue com Deus por Ele haver me levado.
Se nĂŁo quiser chorar, nĂŁo chore.
Se nĂŁo conseguir chorar, nĂŁo se preocupe.
Se tiver vontade de rir, ria.
Se alguns amigos contarem algum fato a meu respeito, ouça e acrescente sua versão.
Se me elogiarem demais, corrija o exagero.
Se me criticarem demais, defenda-me.
Se me quiserem fazer um santo, sĂł porque morri, mostre que eu tinha um pouco de santo, mas estava longe de ser o santo que me pintam.
Se me quiserem fazer um demĂŽnio, mostre que eu talvez tivesse um pouco de demĂŽnio, mas que a vida inteira eu tentei ser bom e amigo.
Se falarem mais de mim do que de Jesus Cristo, chame a atenção deles.
Se sentir saudade e quiser falar comigo, fale com Jesus e eu ouvirei. Espero estar com Ele o suficiente para continuar sendo Ăștil a vocĂȘ, lĂĄ onde estiver.
E se tiver vontade de escrever alguma coisa sobre mim, diga apenas uma frase :
'- Foi meu amigo, acreditou em mim e me quis mais perto de Deus!'
AĂ­, entĂŁo derrame uma lĂĄgrima.
Eu nĂŁo estarei presente para enxuga-la, mas nĂŁo faz mal. Outros amigos farĂŁo isso no meu lugar.
E, vendo-me bem substituído, irei cuidar de minha nova tarefa no céu.
Mas, de vez em quando, dĂȘ uma espiadinha na direção de Deus. VocĂȘ nĂŁo me verĂĄ, mas eu ficaria muito feliz vendo vocĂȘ olhar para Ele.
E, quando chegar a sua vez de ir para o Pai, aí, sem nenhum véu a separar a gente, vamos viver, em Deus, a amizade que aqui nos preparou para Ele.
VocĂȘ acredita nessas coisas?
Sim? EntĂŁo ore para que nĂłs dois vivamos como quem sabe que vai morrer um dia, e que morramos como quem soube viver direito.
Amizade só faz sentido se traz o céu para mais perto da gente, e se inaugura aqui mesmo o seu começo.
Eu não vou estranhar o céu. Sabe porque? Porque ser seu amigo jå é um pedaço dele!

Padre Zezinho
Amizade talvez seja isso... SĂŁo Paulo: Paulus Editora, 1988.

Nota: Apesar de muitas vezes atribuído, de forma errÎnea, a Chico Xavier, Vinicius de Moraes ou a Fernando Pessoa, o texto é da autoria de José Fernandes de Oliveira (conhecido como Padre Zezinho) e estå publicado em seu livro de 1988 "Amizade talvez seja isso..."

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A vida me ensinou...
A dizer adeus Ă s pessoas que amo,
Sem tirå-las do meu coração;
A sorrir Ă s pessoas que nĂŁo gostam de mim,
Para mostrar-lhes que sou diferente do que elas pensam;
Fazer de conta que tudo estĂĄ bem quando isso nĂŁo Ă© verdade,
Para que eu possa acreditar que tudo vai mudar;
Calar-me para ouvir;
Aprender com meus erros.
Afinal eu posso ser sempre melhor.
A lutar contra as injustiças;
Sorrir quando o que mais desejo Ă© gritar todas as minhas dores para o mundo,
A ser forte quando os que amo estĂŁo com problemas;
Ser carinhosa com todos que precisam do meu carinho;
Ouvir a todos que sĂł precisam desabafar;
Amar aos que me machucam ou querem fazer de mim depósito de suas frustraçÔes e desafetos;
Perdoar incondicionalmente,
Pois jĂĄ precisei desse perdĂŁo;
Amar incondicionalmente,
Pois também preciso desse amor;
A alegrar a quem precisa;
A pedir perdĂŁo;
A sonhar acordada;
A acordar para a realidade (sempre que fosse necessĂĄrio);
A aproveitar cada instante de felicidade;
A chorar de saudade sem vergonha de demonstrar;
Me ensinou a ter olhos para "ver e ouvir estrelas", embora nem sempre consiga entendĂȘ-las;
A ver o encanto do pĂŽr-do-sol;
A sentir a dor do adeus e do que se acaba, sempre lutando para preservar tudo o que Ă© importante para a felicidade do meu ser;
A abrir minhas janelas para o amor;
A nĂŁo temer o futuro;
Me ensinou e estĂĄ me ensinando a aproveitar o presente, como um presente que da vida recebi, e usĂĄ-lo como um diamante que eu mesma tenha que lapidar, lhe dando forma da maneira que eu escolher.

FĂȘnix Faustine

Nota: O texto Ă© muitas vezes atribuĂ­do, de forma errĂŽnea, a Charles Chaplin

Nem tudo Ă© fĂĄcil

É difĂ­cil fazer alguĂ©m feliz, assim como Ă© fĂĄcil fazer triste.
É difĂ­cil dizer eu te amo, assim como Ă© fĂĄcil nĂŁo dizer nada
É difĂ­cil valorizar um amor, assim como Ă© fĂĄcil perdĂȘ-lo para sempre.
É difĂ­cil agradecer pelo dia de hoje, assim como Ă© fĂĄcil viver mais um dia.
É difĂ­cil enxergar o que a vida traz de bom, assim como Ă© fĂĄcil fechar os olhos e atravessar a rua.
É difĂ­cil se convencer de que se Ă© feliz, assim como Ă© fĂĄcil achar que sempre falta algo.
É difĂ­cil fazer alguĂ©m sorrir, assim como Ă© fĂĄcil fazer chorar.
É difĂ­cil colocar-se no lugar de alguĂ©m, assim como Ă© fĂĄcil olhar para o prĂłprio umbigo.
Se vocĂȘ errou, peça desculpas...
É difĂ­cil pedir perdĂŁo? Mas quem disse que Ă© fĂĄcil ser perdoado?
Se alguĂ©m errou com vocĂȘ, perdoa-o...
É difĂ­cil perdoar? Mas quem disse que Ă© fĂĄcil se arrepender?
Se vocĂȘ sente algo, diga...
É difĂ­cil se abrir? Mas quem disse que Ă© fĂĄcil encontrar
alguém que queira escutar?
Se alguĂ©m reclama de vocĂȘ, ouça...
É difĂ­cil ouvir certas coisas? Mas quem disse que Ă© fĂĄcil ouvir vocĂȘ?
Se alguém te ama, ame-o...
É difĂ­cil entregar-se? Mas quem disse que Ă© fĂĄcil ser feliz?
Nem tudo Ă© fĂĄcil na vida... Mas, com certeza, nada Ă© impossĂ­vel
Precisamos acreditar, ter fé e lutar para que não apenas sonhemos,
Mas também tornemos todos esses desejos, realidade!

GlĂĄcia Daibert

Nota: Texto frequentemente atribuĂ­do Ă  CecĂ­lia Meireles.