Indio Brasileiro

Cerca de 59 frases e pensamentos: Indio Brasileiro

⁠19 de abril: Dia do Índio

Índios brasileiros, sementes da Terra avistada, raízes do Brasil, galhos culturais, floresta nacional.

(Edileine Priscila Hypoliti)
(Página: Edí escritora)

Inserida por ediescritora

⁠Quando se fala em índios no Brasil muitos só tem a visão de Amazonas
Ignoram que aqui na Bahia, Pedro Alves começou a invasão de nossas terras e celebrou a primeira missa em nossa terra.
Nós índios na Bahia sofremos muitos preconceitos, ele pode vir de muitos brancos ou de muitos descendentes indígenas por ignorância

Inserida por nailtonmunizoficial

INDIOMA

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Brasileiro fala
corretamente.
Pra ser franco e direto.
Se considerarmos
que o idioma
de nossa gente
é o português incorreto.

Inserida por demetriosena

Não somos vítimas sociedade, somos protagonista da mesma. Negros, brancos ou índios fazemos parte do mesmo Brasil.

Teu rosto
Onde um índio passa e canta
E se enlaça em Caymmi e Mozart
Foi-se depressa tal como a jangada
Cujo limite são as léguas do mar.

A amizade é graça
cartas nunca escritas, notícias sem dar.
Ah Amazônia das fugas e percursos
Teu rosto invade e alaga devagar.

Heleno Oliveira

Nota: In: As sombras de Olinda - Ed. Caminho - 1997 p.31

A arte no Brasil me remete a época do descobrimento, as pessoas observam e sentem a mesma coisa que os índios sentiram ao receberem as plumas e os espelhos pela primeira vez, presenteados pelos portugueses vindo das caravelas.

Inserida por rafaeloleme

Nossos índios não aceitam espelhos; sim, os miscigenados que, ao vender seu voto, alimentam o ciclo de colonização das nossas terras, das nossas riquezas, destituindo, assim, nossa soberania.

Inserida por brunoescritor

VIGÉSIMO NONO HEXÁSTICO


filho da grande mamãe Gaia
d’África de Nana Buluka
n’América índio fui criado
pela Deusa Saia de Serpente
do ventre de todas gerado
tod’essa é minha teogonia

Inserida por joao_batista_do_lago

A cultura secular dos índios Karajás que sempre habitaram principalmente as margens do rio Araguaia e que suas aldeias desenham uma ocupação territorial que hoje modernamente se vê como um espaço entre as regiões dos atuais estados brasileiros de Goiás, Tocantins, Mato Grosso e Pará. Por tradição são hábeis canoeiros, e por esta razão que este meio de transporte é tao sagrado e forte dentro de suas tradições sociais tribais e das historias e iconografia entre as lideranças religiosas. Eles também manejam com maestria os recursos alimentares aquáticos, do cerrado e da floresta tropical, composto por frutos e sementes do cerrado, produtos primários das roças de coivara e da ictiofauna principalmente do rio Araguaia e de pequenos lagos da região.Diante de toda esta riqueza histórica, artística, identitária, etnográfica e antropológica desde meus primeiros contatos locais com a etnologia indígena brasileira no período que morei na Amazônia, me encantei com os método de educação, da transmissão, da identidade, o modo de fazer, via a queima do barro, a geometria gráfica, as pigmentações pelo jenipapo e pelo urucum dos saberes originais da própria cultura ancestral oral karajas para as crianças das novas gerações. Assim como o registro, das recreação, dos saberes, da responsabilidade tribal e comunitária pela retratação na arte cerâmica do universo que eles chamam de nós mesmos. Pelo que aprendi ate aqui o nome, karajás advém de uma denominação da língua Tupy direcionado para um grupo linguístico que se autodenomina Iny (nós mesmos), composto por outros três: os Karajás, os Xambioás e os Javaés. Cada sub-grupo possui uma maneira própria de falar, havendo entre eles uma forte diferença lingüística entre os homens e as mulheres.Os Karajás se destacam pela sua arte cerâmica, em especial pelo modo de fazer as Bonecas, também conhecidas como licocos, ritxòò e ritxkòkò, e que tem sido o meu principal foco de atenção, entre muitas horas de pesquisa, estudos e mesmo colecionismo de raros e inestimáveis exemplares durante um pouco mais de 45 anos de minha vida ligada a arte e a cultura. Em meu entendimento, concluo que a principio o fazer das bonecas seria um atributo exclusivamente das mulheres por mais que eu já tenha adquirido exemplares diferenciados principalmente em madeira confeccionadas por homens, que vivem na comunidade tribal com certos atributos tribais diferentes mas dentro desta secular tradição, estes casos são muitos raros, mais registro que existem. Esse saber tradicional da forma de fazer as bonecas karajas foi objeto de um processo vagaroso e de muitos anos por parte do Ministério da Educação, da Cultura e do IPHAN para seu registro como patrimônio imaterial nacional brasileiro. Diante disso o Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural aprovou, no dia 25 de janeiro de 2012, o ofício e os modos de fazer as Licocos - Bonecas Karajás como Patrimônio Cultural do Brasil, para meu orgulho, de toda cultura karajas e para minhas quase um pouco mais de duzentas filhas e filhos, as nossas queridas bonequinhas.

Inserida por RicardoBarradas

Desde a primeira Constituição do Brasil, de 1824, ignorou se completamente a existência das sociedades indígenas e ano a ano lentamente as politicas indigenistas não atendem as questões primárias, tais como o de reconhecimento legal e definitivo de propriedade das terras originais, a preservação de sua arte, língua e cultura e como também a criação e o recolhimento obrigatório de um tributo único federal para a justa e devida manutenção de todo eco sistema e plural diversidade nativa brasileira.

Inserida por RicardoBarradas

Vozes do Brasil

Gritos das matas do Brasil
Palavras que a cidade nunca ouviu
O choro inquietante
que preenche o azul anil

Do verde que pouco resta
Nossa vida, nossa pesca
O que a mata tem pra nos dar
voce veio para nos tirar

A revolta vem armada
Na estrada interditada
no arco apontado
com a flecha afiada

Ainda assim você não vê
que eu sou como você
passo cede, fome e frio
para lutar pelo meu Brasil

A sua dívida histórica
que insistem em ofuscar
do amarelo ouro que levaram
do que era o meu lar

Vieram la do mar
para meu povo escravizar
minhas terras demarcar
e minha cultura dizimar

Só pedimos uma parte do meu lar
E o homem "civilizado"
há de pré julgar que é meu povo que vive
sem ao mínimo trabalhar!

Quando é que vão perceber
que só tendem a perecer
destruindo nossa cultura
sem ao mínimo conhecer?

E mais uma vez ninguém ouviu
as vozes das matas do Brasil...

Inserida por douglasmcarrobrez

⁠Ao índio foi imposto a cruz, ao negro, que a Igreja afirmara não ter alma, poderia ser tratado como o algoz desejasse, sem culpa, sem compaixão e sem pecado.

Inserida por JuMaria

"Poema- Nossa sorte
Em 1500 começou a confusão
Português chegava com sua embarcação
Índios ficaram bolados:
- Os caras estão invadindo o nosso pedaço!

Portugal queria explorar
Todo nosso ouro vieram pegar!
Confusão com a França
Inglaterra é nossa esperança!

Dom João veio com a família
Queria fugir daquela briga
Fundou o Banco do Brasil
Enquanto cruzava os nossos rios

A Guerra acabou, finalmente Dom João voltou!
Dom Pedro assumiu o Brasil
Independência ou morte?
Assim voltou a nossa “sorte”"
(Autora: Giselle Lima da Graça- EE Edgard Francisco 2019)

Inserida por marcosarmuzel

Mataram tantos índios para no final da nisso.

Inserida por TiagoAmaral


Na Bahia, porque não dizer no Brasil,
Está cheia de parentes indígenas que omitem sua origem e ignoram por preconceito implantado pelos colonizadores nas identidades de seus pais lá atrás, equando nos vê lutando por nossos direitos, dizem:
Para que isso? índio é coisa do passado.

Inserida por nailtonmunizoficial

Garopaba



No lugar abençoado
onde vivia o Índio Carijó,
o amor da tua gente não me deixa só.


Na terra de praias tão belas
onde guarani era a tribo,
nas areias escrevi o meu destino
e resolvi permanecer contigo.


Em pleno Descobrimento do Brasil
viraste abrigo para fugir do temporal
e enseada de barcos
em pleno paraíso austral
da gloriosa Pindorama Nacional.


Com a vinda da maioria
dos açorianos oriundos da terceira
ilha tu encantaste com toda
a maravilha e se tornou
Armação de São Joaquim de Garopaba
e depois a freguesia que virou vila.


Garopaba, minha cidade linda,
que antes era uma armação baleeira
e virou santuário da baleia franca,
um sopro magnífico de esperança
no coração de quem crê
na força da vida com o mesmo
olhar puro de uma criança.


Garopaba, minha enseada poética,
a tua gente a minh'alma abraça
e com gentileza o meu coração leva;
a tua História, os teus sabores
e tua Natureza preenchem
com toda a beleza e dão sentido
para a minha própria existência
sem pesares e todos os amores.

Inserida por anna_flavia_schmitt

“Não é apenas o DNA de seus ancestrais que estão em você, a coragem, alegria e dor também estão. Quando você desisti de lutar, você desonra seu povo que morreu lutando.”

O homem branco é tão civilizado que abandona seu cachorro na entrada das aldeias porque sabe que aqueles que ele chama de selvagens não farão o que ele fez.

Inserida por katiakim

Não é questão de inspiração, eu acordo e já vejo milhares de coisas erradas, acordo e já sou bombardeada de visões ruins, injustiças e mais injustiças, essas coisas não me inspiram, essas coisas me obrigam a falar, gritar, revolucionar.
Inspiração para mim é assistir um filme e sair do cinema com ideias para criar algo. Minha vida não me inspira, ela me obriga, eu me sufoco e preciso fazer algo porque se eu não fazer nada com essa dor, essa coisa me sufocará até a morte. Minha arte nasce da dor, da observação desse mundo de horror. Não crio por inspiração, crio para sobreviver, se tenho dons, não se trata de inspiração, eu não faço mais que minha obrigação.

Inserida por katiakim