Incognita
INCÓGNITA
Porque te disse: amor! Contudo, demente
Por teus beijos de fogo, alucinado...
E nem ainda a senti a boca; simplesmente
Por teu corpo de ouro – fonte de pecado!
Porque te disse ainda: ventura tanta!
E nem o teu calor senti tão perto...
Por tua voz que aos meus ouvidos canta,
E que’u nem sei donde vem ao certo!
Eu só quero o teu amor, desconhecido...
Eu só quero a tua paixão, seu amor perdido
Que canta aos meus ouvidos teus desejos...
Eu só quero m’enroscar na tu’alma louca...
Ao meu vigor intenso, dar-te a boca
O que de amor fosse a ti, primeiros beijos...
Eu sou uma incógnita... me descubro, me perco, me acho novamente... meu objetivo é amar, amar como nao pude antes... amar quem n me ama, amar mais quem ja me ama e continuar me amanfo, apesar de ainda estar me conhecendo....
A vida é uma grande incógnita...ela é como o vento que sopra aqui e sopra acolá, mas não sabemos de onde vem e nem para onde vai...tudo evolui e nada para de evoluir...é a sábia consciência de DEUS!
Eu sou uma incógnita, um muro, uma parede onde você nunca me entendeu, na verdade eu sou um oco por dentro, sou um solitário de mim mesmo.
O cerebro é indecifrável
Uma Incógnita
E quando ele pensa,
O coração fica a deriva.
_Eliani Borges_
20/06/2013.
Que a minha veemência de cumprir com as atitudes que o meu coração deseja não seja incógnita às minhas curiosidades;
Mas que as minhas inspirações faça do meu caminho razão para que o meu próximo sorria;
inclina-se o decadente tempo
para o ir das frias águas
onde misteriosa
e incógnita
é a sorte.
nessas fontes enigmáticas
a luz, antes intensa, deixa de o ser
e cai no esvaziamento.
é o tempo do inverno!
ali, nesse tempo, a matéria se nomeia
MORTE.
nessa permanência intemporal
permanecemos esquecidos
mas, em essência, somos.
*
desse tempo etéreo
pulsando
um halo se evola,
quando
a lucidez em indizível ciência
estremecida
traz da essência o ímpeto
que ressumbra desse húmus,
até aí ignorado.
ilumina-se a uma luz
intensa
essa penumbra crepuscular;
como na árvore,
que do cálamo em sono mergulhado
se acendem em flor os gomos
essenciais à VIDA.
in "O Retorno ao Princípio", Editora Calçada das Letras, 2014
A beleza é uma incógnita que está nos olhos de quem a vê, as vezes ela destaca-se para muitos, outras para poucos, mas o importante é que sempre se destacará para alguém.
Incógnita
Sou uma incógnita
de uma simples
equação de vida.
Não passo de uma
variável complexa,
no espaço de um coração
eternamente vazio.
Minha felicidade não existe:
é imaginária no campo real.
Transposto ao presente esta o futuro, é uma incógnita, mas se tudo é consequência de nossos atos, aí esta a razão.
“ – Na melhor das hipóteses, eu não te esperava
O entardecer era sempre uma incógnita. As horas passavam, sucediam-se perdidas em milhões de pensamentos que não eram, nem poderiam ser traduzidos para o real. O sol declinava lentamente, acompanhando a espera. Querendo presenciar o encontro, as nuvens passavam rápidas, uma empurrando a outra. Todos queriam ver.
O encontro não se deu.
Não ri. Nem chorei. Senti um vazio imenso, como se alguém absorvesse tudo de bom que eu tinha.
Na melhor das hipóteses, eu não te esperava.
Sentia-me leve, caindo sem ter um apoio, um chão, um fim para a descida.
A casa tornou-se grande e a minha solidão ecoou em cada canto dela. Ouvia. Conseguia perceber os lamentos que por ali perambulavam. As paredes estavam impregnadas de desilusões, alimentando-se das alegrias que antecederam ao encontro.
Que não se deu.
Andei de lá pra cá levando a solidão e a amargura. Foi então que minha amargura contida de repente explodiu em fases distintas e desconexas. Era um riso escabroso, um choro enfurecido, imprecações injustas. Briga com tudo e todos. Pisei na flor que se abria cálida para o orvalho. Desabafei em prolongadas falas, gestos carregados que denotavam tudo o que tinha de você em mim. Senti desejos arrasadores, explosão de ser o que não era. Desejei transpor o invisível que, aos meus olhos, eram enormes e insuperáveis. Eu sinto falta do inexistente. Do sonho que não consegui sonhar. Do amor que nunca tive. De um passado ausente.
A espera que virou espera.
Na melhor das hipóteses, eu não te esperava.”
