Homem Pobre
A MORTE DOS SONHOS
Há nos escombros de sua pobre mente
Um bicho papão que devora todo o amor
Tudo o que um dia fora doce, desmente...!
Fermenta ali: A raiva. O medo. O rancor...
Fica preso às paredes úmidas de su'alma
Busca o momento propício para a loucura
Até a poesia perde o rumo. A luz. A calma
Rasteja na memória. Sem alento. Sem cura.
Há os que falam dela nos perfis das ruas
A chamam moléstia. Bruxa. Amaldiçoada
Mas só ela sabe. As lembranças são suas...!
De tempos que buscara a face da fantasia
E crera numa carícia de tez branca e alada
Seus sonhos? Jazem, já. Numa lápide fria.
POBRE CÃO!...
CRÔNICA
Não estava nas ruas por acaso...provavelmente alguém o abandonou.
Quando apenas procurava um cantinho pra se esconder e amargar seu sofrimento.
Não muito côrtes,o ordenei que saísse do meu recinto comercial - quando o adentrou no mesmo - raiando com ele severamente; devido ao horrível odor que exalava de uma bicheira, em uma de suas patinhas traseiras.Mas, de imediato, tive que rever o meu gesto: por achar deselegante a maneira como dei aquela ordem imperativa de sua retirada do local.
Com certeza naquele dia já ouvira tantas vezes o mesmo "não" de forma “Sai pra lá cachorro...!” ou pauladas, e pedradas...
Do lado de fora da loja, tentei retificar o meu grave erro, estalei os dedos e o chamei para junto de mim. Eu já desejava contar com sua amizade.Mas ele, arredio, não esboçou nenhum sinal de receptividade ou alegria.
Os bichos também têm sentimentos como a gente... Ficam para baixo, tristes,quando perdem a confiança,a saúde e o desencanto com as pessoas e com a vida.
Eu precisava fazer alguma coisa por ele, além de um olhar de piedade. Dei-lhe um pão; pelo menos assim amenizaria um pouco a dor da fome.
Mas a doença tira o apetite.Sem ânimo até pra comer, somente degustou alguns poucos nacos do alimento.
Dou o maior valor nas ONGs que cuidam desses animais: as pessoas destas instituições têm um espírito enorme e iluminado.
Duas moças passaram nas proximidades,no momento; com as mãos no nariz, disseram em coro: “sai pra lá cachorro!...” Não gostei de ouvir aquilo.
E lembrei-me de buscar um gole d’água para o bichinho... Mas,demorando achar uma vasilha adequada, ao retornar a ele, não mais o vi... E, talvez nunca mais o verei. Por isso, se pudermos fazer o "bem" não devemos demorar muito.
Pobre cão!...Se pudesse falar... pediria um socorro imediato para os seus males.Se tivesse sadio e bem tratado, bonito. Cairia na graça de todos e não sairia do braços,do sofá...da cama. E Não lhe faltaria carinho e amor; mas debilitado daquele jeito, todos o repudiavam e o enxotavam. Até eu vacilei quanto a isso,conforme relato já feito.
E ainda têm pessoa que dizem: "vida boa é de cachorro." Bom seria se pudéssemos viver um "dia de cão" abandonado e doente. Quem sabe assim daríamos mais valor ao nosso‘melhor amigo’ (21.02.17).
Sair da corrida dos ratos é a melhor dica que alguém pode dar. O livro Pai Rico, Pai Pobre dá de presente diversos conceitos sobre educação financeira.
Pequena pobre formiga
Não vê que o tempo passa
e ela só trabalha e procria
Pequena pobre formiga.
Mas ela não tem culpa
De residir numa sociedade normativa
e não criar abstratas expectativas.
CRIE EXPECTATIVAS! Pequena pobre formiga,
Pequena pobre formiga...
Quando um rico empobrece, demora uma eternidade para adaptar-se a pobreza.
Quando um pobre enriquece, demora apenas um segundo para se esquecer da pobreza. O mais importante não é onde estás e nem de onde vens, e sim, como é que chegaste.
Se o devido valor fosse dado,
o pobre e o rico amados, sem conta, sem bens, sem pudor,
olhados só com o coração.
Se a vida em si for vivida,
Vivida pra si, para a vida,
Vivida para o irmão, pra família,
Com a caridade infinita.
Se de fato um sorriso é sincero,
Igualmente ao feio e ao belo,
Igualmente ao certo e ao errado,
Sorrindo assim gerações.
Eis que a vida seria mais bela,
As coisas seriam singelas,
O simples seria o real,
Na terra explosão de amor.
O fato de ser suburbano e morar num bairro pobre, não me obriga ser um ignorante, estupido e desaculturado
Estrangeiro
Sou nada e nunca serei algo,
Este pobre eu não me convence,
O interior é o meu palco,
O exterior não me pertence.
Eu recuso-me a ser o que sou,
Eu insisto em ser o que sonho,
Este caminho para onde vou,
É o lugar no qual não me ponho.
Sou uma triste peça perdida
Neste puzzle, no qual não pertenço,
Pelo instinto, perduro a vida,
Mas acabo-a pelo que penso.
O fim duma pobre criatura,
É o pecado que me perdura,
Esta minha insignificância,
A minha falta de importância.
Vivo, vivendo dos meus sentidos,
Mesmo sem fazer sentido deles,
Eles, fazem sentido do que sentem,
Mas não sentem o que faz sentido.
Tenho sentido a luta interna,
Que vai dentro dos que são próximos,
Dizem-se fonte de luz externa,
Mas no perigo são anónimos.
Sou nada e nunca serei algo,
Este pobre eu não me convence,
Sou nada e nunca serei algo,
Mas sei que a tudo o amor vence.
Feio não é ser pobre de bens materiais, conquista vã. Feio é ser pobre de espírito, ser miserável intelectual
No cemitério!
Vem o rico e vem o pobre
vem o rei e os serviçais
vem o branco que era nobre
vem o negro e os tribais
que o preconceito se dobre
porque aqui você descobre
o quanto somos iguais.
Pobre que não gosta de rico é tão preconceituoso quanto rico que não gosta de pobre;
Preto que discrimina o branco, comete injúria racial tanto quanto o branco que não gosta do preto;
Mulher que se acha superior ao homem é tão machista quanto o homem que acha que a mulher tem de ser submissa a ele;
Mulheres recatadas que julgam mulheres de estilo mais ousado são tão julgadoras quanto as mulheres ousadas que invejam as recatadas;
Protestante que julga católico fala mal das próprias raízes, católico que ofende protestante critica a própria religião;
O "feio" que inveja o "belo" é tão ignorante quanto o belo prepotente, pois não entendeu que beleza é questão de gosto;
O mundo é assim: um pluralismo religioso, ideológico, político, cultural, de raças e opiniões, onde todos precisam de alimento para o seu "EGO", onde as pessoas são dominadas por suas vaidades e esse egocentrismo nos dá a falsa impressão de que o nosso modo de pensar é o certo e descartar a particularidade do nosso próximo. Queremos ditar nossas regras, contudo, por que nossas regras se sobressaem sobre a do outro? Quem somos nós? O que temos feito de melhor para nos considerarmos o padrão ideal? Eu por exemplo, enquanto escrevo este texto acredito que meu modo de pensar é coerente, e ainda que inconsciente, aguardo para que alguém leia e concorde comigo.
ACREDITE, ISSO É DEMOCRÁTICO ‼️
A desgraça (retrocesso) acontecerá quando tentarem unificar toda forma de pensamento, nesse instante virá uma falsa paz sobre o mundo, então todos deixarão de pensar.
A diversidade é o que nos torna uma nação bonita, que chato se todos pensassem igual. Ninguém estaria pensando!
Nossas diferenças não precisam ser extintas, a diversidade não é o problema da humanidade, nossos conceitos não precisam ser reformulados, somos o que somos e nenhum grupo social deve ser desrespeitado.
A MINHA LIBERDADE termina onde começa o direito do meu irmão.
