Histórias com Moral da História

⁠A história é uma fonte inesgotável da minha existência. Mesmo que inacabada. E com inúmeras questões a se descobrir. Todos os dias, eu sinto. Que parte da minha história, mesmo estando perdida, seria extremamente necessária para a minha sobrevivência.
Abioye

“Não vou levar, vou deixar minha história.”

Uma história emocionante de uma paciente idosa que sobreviveu à Covid-19 (SARS-CoV-2) - linda história. “Eu fiquei internada naquela gélida UTI por 12 dias. Sinceramente já havia me despedido, em pensamento, de minha irmã - única parente próxima. Sabia que iria morrer. O corpo moído, a dor e a febre não eram piores que a falta de ar. Chegava um e outro profissional de saúde. Manuseavam meu corpo inerte. Agulhas, tubos, toques frios e mornos, mudança de leito. Eu pensava: fiquem longe de mim, não se aproximem, vão morrer também. Mas eles insistiam, falavam umas palavras que eu não entendia: saturou, descompensou, rebaixou...ai..ai. Eu não sabia quem era quem. Mas tinha uma que sempre me chamava pelo nome, segurava minha mão com a luva fria, mas dava para sentir um calorzinho vindo daquele corpo cansado. Nunca esquecerei aqueles olhos castanhos por detrás dos óculos de proteção. Ela dizia: aguente firme, já vai melhorar. Os dias passavam. Já estava fora de mim. Por duas vezes fui ao céu e voltei. Mesmo sedada, parecia que eu via tudo ao meu redor. Amanhecia e anoitecia, sem que eu definisse se era dia ou noite. O teto branco era meu céu. Vez ou outra eu pensava: agora é o anjo que veio me buscar. Não. Era ela novamente - aqueles olhos castanhos pareciam sorrir, como um sinal de estímulo. Os dias passaram e sentia meu ar e meu sangue voltarem ao meu corpo. Graças à Deus estou indo para casa hoje. Pedi meu celular para escrever esse depoimento. Queria agradecer a todos que me salvaram a vida. Um grupo me esperava. Recebi um parabéns da médica que me avisou que estava de alta. O Enfermeiro me explicou que eu deveria continuar tomando os medicamentos e que a técnica de enfermagem me levaria de cadeira de rodas até a saída. Quando olhei para a técnica que me ajudou a sentar na cadeira, vi aqueles olhos castanhos que tanto me iluminaram e me deram forças para aguentar firme. Chorei copiosamente! Meu corpo sentiu seu toque quente e sua mão firme. Parecia que as células estavam todas em festa. Assim como a equipe que se despediu em aplausos. É gratidão. Não sei o nome de nenhum dos profissionais que cuidaram de mim, mas jamais me esquecerei daqueles olhos castanhos - da técnica de enfermagem.”

⁠Memória (microconto)

Tinha seis anos quando a conheci. Sorri, descobri, corri, comi, ouvi histórias ao redor do fogo. Sua voz me aquecia o coração. Vê velhinha! Eu cresci! Mas meus pés continuam sujos de chão.

Nunca veja apenas um lado da história, mas os dois lados. E se possível, os outros lados também.

Cada pessoa vem ao mundo com tudo pronto para escrever sua própria história. Única. Só dela. Alguns, ainda não se deram conta desta enorme responsabilidade e ficam perdidos, a andar em círculos, indo e vindo a lugar nenhum. Nunca saem do lugar. Nunca vão pra frente. Nunca conseguem se encontrar ou encontrar, ao menos, um bom caminho a seguir. Acabam percebendo que, na maioria das vezes, o maior empecilho para começar suas próprias histórias, são elas mesmas, suas rotinas, hábitos e pensamentos. Os hábitos de vida são muito mais que direções que você toma, são decisões que te conduzem. Somente atravessando esses momentos sozinhos, perdidos e desiludidos é que descobriremos o melhor que a gente pode dar. O máximo que a gente pode render. Descobre que tudo tem proposito e nada será por acaso. É a nossa história.

Mas é preciso se descobrir o quanto antes. Olhe-se espelho e se questione: Então é só isso? É só disso que você precisa? E só isso que você quer? Então é essa vida que você fez tanto para merecer? Se a gente faz sempre as mesmas coisas e acaba recebendo sempre as mesmas respostas das quais nunca gosta, é sinal de que é necessário mudar o início e o meio, para que os finais sejam diferentes. Reescrever essa história. E isso dá trabalho. A felicidade nunca é alcançada por acaso ou sorte. É preciso trabalhar muito, se dedicar bastante, acreditar demais. É preciso vencer muitos dias e é preciso assimilar alguns momentos de falhas. Aqueles que conseguem superar seus próprios limites, são os que não ficam focados somente em suas fraquezas e defeitos, procurando a todo tempo por desculpas vagas. Aqueles que conseguem superar um caminho errado, são os que abrem os melhores trajetos, abrem novas portas e percorrem, para vencer, desafios nunca antes explorados. Não parar, não abaixar a cabeça e nunca desistir. Esse é o segredo. Que a fé seja a companheira fiel nas horas difíceis. É ela que te move. Você não precisa ser perfeito para ser usado por Deus.

Esvazie a mente dos receios, crie coragem, supere os medos e ponha no peito o mais forte desejo de recomeçar. Crie as oportunidades e as suas conquistas aparecerão. O amor-próprio nos faz sermos capazes de ultrapassar qualquer limite e ganhar melhores histórias. Dê o primeiro passo para fora da zona de conforto, não vai se arrepender e vai agradecer a si mesmo pelo resto da vida. Seja você a fazer seus limites. Seja você a conquistar seus tesouros. Quando a noite parecer ser muito longa, tenha fé em finais felizes, pois eles existem, basta acreditar.

O livro não lido, a história não contada é uma perda de conhecimento para a vida, para a alma.

Algumas pessoas marcam a vida de quem as conheceu, Mas eu marco a historia

Diziam que a velha casa não tinha nada de mais.
Tinha sim, em cada canto esquecido tinha história.
História de amor, história de dor, alegria e medo.
E vai saber quantas outras histórias cabiam apertadas aos cantos da velha casa...

Legado

Deixe marcas, a sua história não deixa de existir porque você se foi, ela se perpetua para aqueles que ficam. Todos nós vamos em algum momento e os que virão um dia também irão, mas a sua marca, o seu registro, as tuas letras e os seus gestos podem viver e viver mesmo após a sua partida.
Somos o que somos, pequenas faíscas esperando brilhar, simplesmente porque existimos,
Simplesmente porque somos reais e podemos fazer acontecer o que pensamos, tornar visto e sentido o que não existe aos outros , pois o que guardamos devemos compartilhar no calor de nossa luz, O que trazemos devemos doar para que ao apagar-nos não levemos apenas consigo, a obra, a poesia, a sabedoria.
Então compartilhe, deixe um pouco de si neste mundo, são as marcas que o tempo e o vento apagarão, mas levará para lugares antes não alcançados.
Somos mortais, mas únicos. Valorize a sua existência, plante a sua semente, que um dia germinará.

A medalha de uma conquista enferruja se perde com o passar do tempo, mas a história de como você a conseguiu será lembrada para sempre.

Tudo na vida resulta em uma história.

A história nunca é a mesma. Algumas, bem floreadas, são as que reinam nos jardins. Mas, passado o tempo, suas folhas são cortadas e as partes secas caem espontaneamente. É o destino e fim da história. Existem muitas histórias que não estão, mas que deveriam estar orvalhadas de grandeza; sempre em capa de revistas.Sem perceber que o cartaz, tal como o tempo, é fugaz. E na perda da velocidade, vai sozinha com a saudade para as lembranças. Pode assim, ao peso da dor, o escritor compor textos de alegria? Pode outro festejando o amor escrever em versos a dor e a nostalgia? A história do escritor sempre vai existir. Mesmo aquelas dos escritores mestres do fingir. Eles sim, talvez... Eles que, ao peso de uma dor pungente e triste, ainda fazem o leitor rir. Seriam capazes de tanta falsidade ao dizer em palavras o que não estão sentindo? Como abandonar inspiração e narrar falsa sensação embora ciente de que está mentindo? Vejo sempre nelas, até nas não tão belas, algo agradável. Seja o tom, a expressão, a inteligência, a afabilidade, enfim, a simpatia e admirável atitude que demonstram em relação à sinceridade assumida, naturalmente, por meio dos sentimentos. Mas vou selecionar as salvadoras e que me fazem voltar o verde à natureza. As histórias de águas redentoras e que trarão mais fartura e riqueza. Vou procurar as histórias criadas por irrigações celestes, mas que na terra investiram suas vidas em prol do escritor. Histórias que lembram a fome no Nordeste e a falta de água no sertão agreste. Histórias de um povo que sofre há varias gerações. Histórias de um povo que se tornou presa fácil daqueles que iludem com a prometida solução do açude.

Tem amores que não nasceram para dar certo mas, virar história.

Unir crianças e contar uma história é acima de tudo um ato de amor.

Às vezes construímos história para outros viverem...

O tempo pede para o Senhor do tempo dar um tempo. O aviso vem pelo vento que faz história a cada momento, libertando memórias aprisionadas em seu próprio confinamento.

⁠No aconchego de uma história nasce a asa da imaginação.

⁠Cada imóvel conta sua história, cabe a nós encontrar quem deseja vivê-la.

Quando deixarmos de ser contadores de história, deixaremos de ser humanos