Guimaraes Rosa a Menina de La
Mil beijos
Afogado em beijos
A mil o coração
O rosto afogueado
Leio, desejo vê-la.
Quiçá, amá-la.
Êpa! Alto lá!
É que já a amo
apenas por tê-la assim.
Mil beijos, onde os queira sentir.
E não aceito que a nada te obrigues
O amor é como uma mudinha, você tem que cuidar dela diariamente, regá-la. Mas cuidado, muito cuidado. Alguns esquecem de regar... Outros acabam matando sua plantinha afogada.
Sai lá fora pra ver o sol nascer, a lua chega sem você perceber que pode perder tudo em um segundo as coisas mais importantes instantes momentos caem em um buraco e é todo dia o fim do mundo. Acorda pra ver que eu só quero você, o seu sorriso refletindo nos meus olhos e era tudo que eu queria agora eu sei, apaga essa luz e vem logo pra cama enquanto o caos acontece vem logo e me aquece; desculpa se não sou tão quente mas juro eu sei ser paciente, nem sempre sou a melhor escolha pra se fazer… noites frias acompanhadas de doses de dor não coincidem mais comigo, melancolia nunca mais, adeus a todos os meus amigos-inimigos. Eu vou rabiscar no teu corpo o meu ponto de fuga, pra fugir de qualquer chuva.
Labirintos atraem meus instintos como a força de uma onda vinda lá de longe, bem de longe... Ela chega fraca na areia, e leva os nomes escritos com os dedos...
Amar é humano se nunca amou, tente, pois um dia conseguirá conquista – lá com aquele jeitinho malandro.
Turista
Aqui não é meu lugar
Lá não é o meu lugar.
Não há lugar pra mim.
Não me aceitam.
A ilusão me ignora.
Mas me aprisiona em meus delírios.
Peregrino no mundo da fantasia
Sou turista na vida.
Eu a amo, mas já não sinto tanto desejo em ficar. Adoro ve-la dormir, mas me sufoca a ídeia da pessoa que se tornar ao acordar.
Não sei quem é você que dorme comigo todas as noites, mas seja lá quem for, seja aquela que escolhi para tal.
Você gosta dela? Assuma. Você pensa nela? Diga a ela. Você ama beijá-la? Beije-a. Você tem ciúmes? Demonstre. Você gosta do sorriso dela? Então a faça rir. Você lembra de alguma música quando pensa nela? Mande para ela.
Hoje eu vou pro lado de lá, buscar o que me agrada aos olhos, aos sentidos. Não tenho interesse em nada que ofereçam ao coração, eu vou levando tudo de mim, não pretendo voltar pra buscar o que quer que seja que eu tenha deixado. Se deixei, não ache que o esqueci, só não queria mais comigo.
Sei que tudo nessa vida passa, e la na frente, quando você se lembrar de mim, saiba que um dia eu tambem passei, mas com uma vontade imensa de permanecer...
LE TEMPS DE LA DANSEUSE
Sim, como queiras! Faço parte dos degenerados
Melhor que a cegueira de tecer frágeis rimas
Neste ridículo circo de infindáveis pantomimas
É pertencer ao mundo dos hábeis desequilibrados
Vês? Percebes? Sentes como a maldade contamina?
Ainda ontem tu sorrias com ares debochados
E agora, jovem mancebo, porque estas amargurado?
Oh, pobre coitado! Ao passado, espertina?
Come então a carne com o sangue que feriste a esmo
Prova do mesmo cardápio, larapio de sonhos
demi-plié ao sabor do desamor, a ti, ao mesmo
Dança bailarina; aplomb ao derredor do ser bisonho
Encima a valsa da vingança, rompe e lança ao supremo
O extremo do amor, sissone en avant, com ódio tristonho
COMO UM BEIJO
Gostaria de sentir você comigo agora
O tempo passa e eu não esqueço
Que ao seu lado pude ser eu mesmo
Como em uma nudez pura
Sob olhos de casta lembrança
Pecados são aqueles não ditos
Pois o que vejo são prisões
Falta de vontade de ser natural
Aos poucos vejo você mais distante
Este jogo parece consumir meu sangue
Sinto falta do meu particular
Pois não consigo sentir a realidade
Já que a mim só restam mentiras
Uma falsidade controvertida
Uma luz desperdiçada de manhã
Aquele brilho no olhar parecia algo
Será que o amor consegue ser bifurco?
A lucidez não me ensinou a fingir
Apesar da minha falta de vergonha
Fiz de tudo para ficar estático
Mas o que seria do amor sem a entrega?
Apenas um conceito autodestrutivo
A melódica discordância dos sentidos
E o repúdio da carne ao pensar em você
Entrelaçado por meio a pernas estranhas
Desistiria deste plano ao acaso
Mas agora há mais cartas na mesa
Imponho-me a retroagir sobre o ciúme
Pois é devagar que se consegue a calma
Precisavamos conversar hoje
É natural pensar em um fim
Mas é questionável um detalhe
Será o fim o nosso começo?
Ou apenas o início do adeus?
Não preciso de sua dúvida agora
Apenas responda meu “sim” com um beijo.
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