Grandes Pensadores
Em consequência disso, quem lê muito e quase o dia todo, mas nos intervalos passa o tempo sem pensar nada, perde gradativamente a capacidade de pensar por si mesmo – como alguém que, de tanto cavalgar, acabasse desaprendendo a andar. Mas é este o caso de muitos eruditos: leram até ficarem burros.
Se a nossa existência não tem por fim imediato a dor, pode-se dizer que não tem razão alguma de ser no mundo.
A vida é uma tarefa que devemos desempenhar laboriosamente.
Nada se toma a sério na vida humana; o pó não vale esse trabalho.
Reconhecemos de maneira geral que o que cada um é, contribui mais para a sua realidade do que cada um tem, ou representa. O principal é sempre o que um homem é; por conseguinte, o que possui em si mesmo, porque a individualidade o acompanha em todos os tempos e em todos os lugares e tinge com seu matiz todos os acontecimentos de sua vida.
É necessidade, carência, logo, sofrimento, ao qual consequentemente o homem está destinado originariamente pelo seu ser. Quando lhe falta o objeto do querer, retirado pela rápida e fácil satisfação, assaltam-lhe vazio e tédio aterradores, isto é, seu ser e sua existência mesma se lhe tornam um fardo insuportável. Sua vida, portanto, oscila como um pêndulo, para aqui e para acolá, entre a dor e o tédio.
A Difícil Quietude no Ócio
Durante as longas viagens de recreação, vemos quão perniciosa é a ausência de atividade metódica ou trabalho. Em tais viagens nos sentimos miseráveis porque, privados de toda ocupação real, nos encontramos fora de nosso elemento natural. Os esforços e as lutas contra as dificuldades são naturais para o homem como cavar é natural para uma toupeira. A estagnação que resulta da satisfação completa de um prazer permanente lhe seria intolerável. O verdadeiro prazer de sua existência consiste em superar obstáculos, que podem ser de natureza material, como nos negócios e nos assuntos pessoais, ou de natureza espiritual, como nos estudos e nas investigações. A luta e a vitória fazem o homem feliz. Se lhe falta a oportunidade, esse a cria como puder; segundo o impulso de sua individualidade, caçará ou jogará boliche; ou, arrastado pela inclinação inconsciente de sua natureza, tecerá intrigas, maquinará enganos ou qualquer outra vileza, simplesmente para poder dar fim ao estado de imobilidade que não pode suportar. Difficilis in otio quies [difícil é a quietude no ócio].
= Precaução e Indulgência =
Para sobreviver por este mundo afora, é conveniente levar consigo uma grande provisão de precaução e indulgência. Pela primeira seremos protegidos de danos e perdas, pela segunda, de disputas e querelas. Quem tem de viver entre os homens não deve condenar, de maneira incondicionada, individualidade alguma, nem mesmo a pior, a mais mesquinha ou a mais ridícula, pois ela foi definitivamente estabelecida e ofertada pela natureza. Deve-se, antes, tomá-la como algo imutável que, em virtude de um princípio eterno e metafísico, tem de ser como é. Quanto aos casos mais lamentáveis, deve-se pensar: “É preciso que haja também tais tipos no mundo.” Do contrário, comete-se uma injustiça e desafia-se o outro a uma guerra de vida ou morte, já que ninguém pode mudar a sua própria individualidade, isto é, o seu caráter moral, as suas faculdades de conhecimento, o seu temperamento, a sua fisionomia, etc. Ora, se condenarmos o outro em toda a sua essência, então nada lhe restará a não ser combater em nós um inimigo mortal, pois só lhe reconhecemos o direito de existir sob a condição de tornar-se uma pessoa diferente da que invariavelmente é.
Portanto, para vivermos entre os homens, temos de deixar cada um existir como é, aceitando-o na sua individualidade ofertada pela natureza, não importando qual seja. Precisamos apenas de estar atentos para a utilizar de acordo com o permitido pelo seu gênero e pela sua condição, sem esperar que mude e sem condená-la pura e simplesmente pelo que ela é. Eis o verdadeiro sentido do provérbio: “Viver e deixar viver”. A tarefa, contudo, não é tão fácil quanto justa; feliz é quem pode evitar para sempre certas individualidades. Para aprender a suportar os homens, deve-se praticar a própria paciência em relação a objetos inanimados, os quais, em virtude de uma necessidade mecânica ou de qualquer outra necessidade física, resistem tenazmente à nossa ação. Para tal exercício, há oportunidade diária.
(Aforismos para a sabedoria de vida)
Crianças em geral não devem entrar em contato com todos os detalhes da vida a partir da cópia antes de conhecê- los a partir do original.
A jovialidade e a coragem da vida, características da juventude, devem-se em parte ao fato de estarmos a subir a colina, sem ver a morte situada no sopé do outro lado. Porém, ao transpormos o cume, avistamos de fato a morte, até então conhecida só de ouvir dizer. Ora, como ao mesmo tempo a força vital começa a diminuir, a coragem também decresce, de modo que, nesse momento, uma seriedade sombria reprime a audácia juvenil e estampa-se no nosso rosto. Enquanto somos jovens, digam o que quiserem, consideramos a vida como sem fim e usamos o nosso tempo com prodigalidade.
Contudo, quanto mais velhos ficamos, mais o economizamos. Na velhice, cada dia vivido desperta uma sensação semelhante à do delinquente ao dirigir-se ao julgamento. Do ponto de vista da juventude, a vida é um futuro infinitamente longo; do da velhice, é um passado bastante breve. Desse modo, o começo apresenta-se-nos como as coisas ao serem vistas pela lente objetiva do binóculo de ópera; o fim, entretanto, como se vistas pela ocular.
É preciso ter envelhecido, portanto ter vivido muito, para reconhecer como a vida é breve. O próprio tempo, na juventude, dá passos bem mais lentos. Por conseguinte, o primeiro quartel da vida é não só o mais feliz, mas também o mais longo, e deixa muito mais lembranças, sendo que cada um poderia contar muito mais coisas sobre ele do que sobre o segundo quartel.
Como na primavera do ano, também na da vida os dias acabam por tornarem-se incomodamente longos. No outono de ambos, tornam-se mais breves, porém mais serenos e constantes.
Alegria desmedida e dor muito violenta acometem sempre e apenas a mesma pessoa: pois ambas se condicionam reciprocamente e são também condicionadas juntas por uma grande vivacidade do espírito.
Ambas são causadas, não pelo simples presente, mas pela antecipação do futuro.
No entanto, visto que a dor é essencial à vida e, pelo seu grau, é também determinada pela natureza do sujeito - o que implica que, na realidade, modificações repentinas, sendo sempre externas, não podem mudar o seu grau -, na base do júbilo ou da dor excessivos há sempre um erro e uma falsa crença: por conseguinte, essas duas exaltações do espírito poderiam ser evitadas com o uso do juízo.
Schopenhauer, sobre a gangorra alegria e dor
Tanto no crepúsculo como durante a aurora, tanto durante as tempestades que agitavam suas camadas mais profundas, como quando estava brilhando ao refletir a cara luz do sol ou mesmo nos momentos em que era escurecido pelas sombras que voavam pelo céu e vinham em minha direção.. ainda que momentaneamente ensombreado, este mar em constante movimento trazia para mim, em suas mudanças constante aos longo do dia, as imagens de um espetáculo que nunca me cansava.
Mentiras necessárias, que elas não eram permitidas. Porque logo nos levariam a falar em roubos necessários e também a justificar pela necessidade os maiores vícios.
Precisamos de ter coragem quando enfrentamos provações tão dolorosas; mas devemos buscar enfrentar a infelicidade com paciência, especialmente quando se pensa a respeito do fato de que existem outros muito mais infelizes que nós.
Todas as tuas boas qualidades são empanadas porque te julgas “esperto demais” E essa arrogância não te serve para nada neste mundo, simplesmente porque não podes controlar essa tua mania de querer saber tudo mais que os outros, de encontrar defeitos em toda parte, menos em ti mesmo, de querer controlar tudo e de te achares capaz de melhorar as pessoas com que te relacionas
Ninguém pode suportar uma censura vinda de alguém que ainda demonstra tantas fraquezas em seu caráter pessoal e muito menos pode gostar dessa tua maneira de criticar os outros em um tom oracular, definindo tudo à tua maneira, sem admitir a menor objeção.
Sou uma aparência representativa para mim mesmo, na medida em que sou o objeto de minha consideraçẽo e reflito sobre minhas ações.
O ser humano é livre e não o é; não existe realmente qualquer liberdade, porque tudo se acha submetido à necessidade, conforme as leis da Natureza.
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