Gosto do mal Feito
Gosto de imaginar
como seria lindo viver
num mundo onde cada um
cuidasse do seu próprio viver...
Onde todos percebessem
que o bem atrai o bem
e que quanto melhor fôssemos,
melhor todos viveriam.
Cika Parolin
Gosto das coisas perfeitas. Bem feitas, bem acabadas, redondas. Sim, redondas, porque tudo o que é circular encerra em si essa ideia de perfeição, de completude. E quem é que não quer se sentir completo ou perfeito?
Quando nos cercamos de coisas perfeitas, é como se nos aproximássemos, de alguma forma, da própria perfeição. Gosto do alinhamento dos quadros na parede, da minha estante de livros sem nenhum arranhão, dos tapetes limpos e imaculados, das roupas bem passadas, dos livros alinhados, da ordem e do progresso (ao menos no que diz a respeito à vida pessoal). Gosto quando o bolo assado sai inteirinho da forma, quando o suflê não desanda, quando consigo cumprir todos os prazos. Gosto quando encontro facilmente as coisas porque estão bem organizadas e não é custoso ou perda de tempo acha-las. Gosto de pensar que às vezes, mas só às vezes as coisas estão perfeitas. E que a vida assim não só é melhor como é possível.
Mas as coisas, como as pessoas, sofrem desgastes. Sofrem pelo uso e pela ação do tempo. Desbotam, lascam, se desalinham, se descompõem. As coisas, como as pessoas, são dadas à imperfeição. E o imperfeito não é de todo feio. Nem condenável. A primeira vez que dei por uma pequena lasca em minha estante de livros, quis chorar. De pura raiva. Tinham-lhe roubado o aspecto de coisa nova, de coisa perfeita. Não era mais a estante mais bonita do mundo. E no entanto, ainda servia para o uso, o que tornaria uma aberração o seu descarte. Não me restou senão concordar. Habituei-me a vê-la assim, com um discreto machucado, como uma pessoa se habitua a uma cicatriz.
Sim, é possível habituar-se à imperfeição. Desde que se perceba que as coisas imperfeitas são, na verdade, imperfeitas porque usadas, manuseadas, vividas. Só o que não tem uso ou vida permanece intacto. E o que é desprovido de uso ou vida é também desprovido de valor.
Leia bem: não se trata de deixar a casa cair, de não se fazer reparos ou manutenções. Nem de relatar o estado terminal de certos objetos ou relações. Trata-se apenas de uma espécie de aceitação daquilo que não pode ser mudado porque mudado está. Aceitar que as coisas, ou relacionamentos, só têm continuidade e permanência quando ao consentir que se encontrem mudados mudamos também. Serve pra minha estante. Mas pode bem servir pra todo o mais.
Continuo gostando das coisas (aparentemente) perfeitas. Continuo gostando das coisas organizadas e de quando tudo dá certo. Mas estou aprendendo a amar a imperfeição. Não só a das coisas. Também a das pessoas, a dos relacionamentos, a da natureza. Porque no centro de toda imperfeição está a mudança, o movimento, que nos impõem lançar mão de um novo olhar sobre o mundo. Sem esse olhar resvalamos para um perfeccionismo que neurotiza, frustra e decepciona, porque jamais será real. O real é da ordem do imperfeito. E não raras vezes, pode ser belo e bom.
E há, finalmente, aquelas imperfeições que só nós mesmos conhecemos, sejam do corpo, sejam da alma. As mais íntimas, mais resguardadas. Não há que revelá-las. Tampouco esforçar-se para ocultá-las. Há apenas que saber com elas conviver. Só aprendemos a amar a imperfeição quando nela nos reconhecemos.
Gosto, sim, de pensar que as coisas às vezes, mas só às vezes estão perfeitas. Mas também gosto que estejam no mais das vezes imperfeitas. Vê-las como são, em sua mais completa imperfeição, me aproxima do que é real. E descubro a cada dia que a vida assim não só é possível como é (bem) melhor.
Sou tudo que sinto
Sou as músicas que gosto, os textos que escrevo e também os que leio
Sou as poesias que gosto
Sou tudo aquilo que me desaponta
Sou tudo que gosto
Sou também as coisas que não gosto
Sou tudo que me faz rir
Sou tudo que me faz chorar
Sou tudo que já conheço
Sou tudo que ainda não conheço, pois vou conhecer
Sou menina, mas posso ser mulher
Sou todas minhas fases
Sou todas minhas faces
Sou o ódio, mas posso ser o amor também
Sou tudo
Sou o nada
Sou o que já fui
Sou o que estou me transformando
Sou o que ainda vou ser
Agora sou tudo que consigo ser
Sou tudo que quero ser
No final apenas sou.
(05/10/16)
Conjugando o verbo GOSTAR:
Eu gosto de margaridas...
Tu gostas de margaridas...
Nos gostamos de margaridas!
Enfim,quem nao gosta ??!!
Não gosto do lugar-comum. Gosto do surpreendente, da novidade, com ou sem seu brilho. Gosto até do esdrúxulo e do inusitado. Mas o que gosto mesmo é de que superem minhas expectativas.
Gosto desse carinho
que me oferece de coração.
Sua presenca é assim
Um doce quer,
um querer bem
que só faz bem ao meu coração.
Talvez seja a madrugada combinada com esse friozinho com gosto de tristeza ou quem sabe seja apenas meu corpo implorando pra te encontrar uma vez mais. Só sei que essa saudade está beirando o insuportável.
Gosto da noite imensa...perdida no brilho das estrelas...a lua fulgurante por entre os ramos floridos das arvores...
PAZ...PAZ...PAZ...
Desilusões, decepções, traições e arrependimento. Coisas que nos ferem e fazem-nos perder o gosto pela vida, nos faz perder o sorriso no rosto e o brilho no olhar. Nos faz desacreditar no amor que está dentro de nós e nos faz esquecer que existem pessoas incríveis.
E se apaixonar outra vez é difícil, pois desconfiamos de tudo. Mas aí surge essa tal pessoa fascinante, com um olhar doce, amoroso nos faz acreditar que o amor existe. Um apaixonante jeito de falar e tratar as pessoas, isso surge quando menos esperamos e nos faz de novo, outra vez amar.
Quando um amor nasce é precisa ter calma e acreditar que vai dar certo, agir com precipitação é errado, pois a naturalidade da timidez do início é o primeiro passo para um sentimento verdadeiro.
E quando menos esperamos surge o amor, um amor puro e quem sabe duradouro. Um amor que nunca imaginávamos e mudou tudo.
Eu que sempre fui tempestade ...
Aprendi a salivar o gosto doce e sereno
da paz sem penar qualquer metade!
Porque se próprio amar é imensidão...
Já não quero mais solidão
Quero ser Mar !
- trecho do poema Sob Desenhos de Ventos!
Gosto de ser livre !
Se eu pudesse me vestiria
de borboleta
de pássaro
ou quem sabe de anjo
e sem rumo
sem amarras
sem cobranças
por aí
pelo vento voava .
Café com beijo
Bom mesmo é o que dá prazer e deixa um gosto bom na boca. E quanto melhor, mais tempo o gosto dura.
Tem dias que é melhor o gosto forte, queimado,
Tem dias que é bom que seja suave, macio,
Noutros, é melhor beber água mesmo!
Peito sofrido
Gosto quando me acaricia
E mostra que apesar do tempo,
O orgulho não destruiu o nosso amor...
Ele ainda está escondido aí dentro,
Desse peito sofrido pelas desavenças,
Frutos de momentos inconsequentes..
Eles foram provocados por insegurança
E também pelas más influencias,
Mas sobreviveu a turbulências e inerências...
Na vida de um casal existe a unidade,
E cada ser é único e pessoal,
Mas também existe a dualidade...
O respeito é sempre fundamental,
O amor rompe todas as barreiras,
E as intromissões destroem a fidelidade...
A traição acaba com o relacionamento,
O orgulho destroem toda chance de acerto,
Mas o perdão é fundamental para relatividade...
"Meus brinquedos
Eu sou um(a) menino(a) muito esperto(a),
o meu nome é ( nome) gosto de brincar.
Tenho uma caixa que vou te mostrar,
São meus brinquedos, você vai gostar!"
É morro acima que mais gosto de correr.
Eu lutei contra um javali, derrubei um boi, algemei um relâmpago, prendi um trovão. Semana passada assassinei uma rocha, feri uma pedra, hospitalizei um tijolo, enforquei uma telha, sou tão mal que deixo o remédio doente. Sou tão rápido que desliguei a luz e já estava na cama antes do quarto escurecer. Você não me conhece, não me vê, mal sabe quem sou. Minhas lutas são contra meus medos, minhas preocupações são pelos meus sorrisos, minha brutalidade é contra os obstáculos que tenho que derrubar. Hoje sou forte porque a sua opinião não me abala. Sou resistente porque não parei de correr atrás dos meus sonhos. Sou indestrutível porque Deus está no comando. Você quase não me vê porque hoje eu corro enquanto você dorme. Você não me ouve porque eu leio enquanto você dança. Você não vai me achar porque luto no impossível enquanto você vive na mesmice. Você não me procura porque tem medo. Por que sabe que vou te mostrar um novo mundo, uma nova forma de ver a vida, um novo jeito de ser feliz. A vida não é só arco íris, ensolarado e colorido, mas tenho tinta, bom humor e paciência para colorir os teus dias mais cinzas. O meu repouso é a batalha, meu caminho é minha essência, meu porto seguro é na natureza. Não vim aqui para lutar contra ninguém, vim até aqui, mas de passagem, meu destino está escrito em outro lugar, por isso, fica bem se não tem intenção de começar a caminhar.
