Genuíno
Eu tenho Jesus, Maria e José, e todos os pajés em minha companhia. O menino Deus brinca e dorme nos meus sonhos. O poeta me contou.
"DE CHUMBO ERAM SOMENTE DEZ SOLDADOS"
A José Maurício Gomes de Almeida
De chumbo eram somente dez soldados,
plantados entre a Pérsia e o sono fundo,
e com certeza o espaço dessa mesa
era maior que o diâmetro do mundo.
Aconchego de montanhas matutinas
com degraus desenhados pelo vento,
mas na lisa planície da alegria
corre o rio feroz do esquecimento.
Meninos e manhas, densas lembranças
que o tempo contamina até o osso,
fazendo da memória um balde cego
vazando no negrume do meu poço.
Pouco a pouco vão sendo derrubados
as manhãs, os meninos e os soldados.
Em Recife acordei
Na feira fui comprar.
No Mercado São José
Comprei melão,maracujá.
Peixe fresco e feijão.
Vi chocalho e gibão.
Artesanato e chapéu.
Arroz milho a granel.
Berço do poeta bairrista
Rego Maranhão: o menestrel.
Tarcisio Meira e Paulo José estão eternizados nos seus trabalhos como atores. Cumpriram suas honrosas missões na Terra. Agora vão se juntar aos bons espíritos a uma nova jornada.
José e Maria/ A promessa
Um casal de crianças;
Primos legítimos.
No quintal,
Brincavam de pega pega, esconde esconde e não muito longe, andavam juntos pelos campos e pomares.
Até que um certo dia, aquele menino de oito anos de idade disse à Maria:
-Quando eu crescer prima,
vou ficar rico e não importa o quanto irei trabalhar para isso acontecer, depois disso,
Voltarei aqui nesse mesmo lugar e te levarei para comigo casar.
Maria,
Uma menina ingênua, inocente e sem nada entender, respondeu:
-Sim José, vamos casar!
-Agora, vamos continuar a brincar de correr?
-Vamos! Respondeu José.
-Vamos ver quem chega primeiro naquele roseiral?
E o tempo passou...
Aquelas duas crianças cresceram e aquela promessa, José nunca mais repetiu.
Adultos,
José seguiu com seus pais para cidade grande e Maria ficou no sítio do interior.
Ele já na idade de vinte anos, nunca mais notícias mandou, nunca mais com Maria falou.
Quinze anos se passaram,
Na estrada de chão,
Maria estendendo roupas no cercado do mangueirão,
Avistou de longe aquele carro de luxo, cujo era novidade diante de seu olhar.
Como a vida tem seus encontros e desencontros,
Aquele carro de cor metálica brilhava com as gotas da chuva.
Ela fransina, meiga menina, já judiada da luta no roçado,
Quando avistou, saindo daquele belo carro, um jovem formoso com quem um dia brincou, pasmada e encantada ficou.
Era José,
aquele mesmo, que no passado prometera que voltaria para lhe buscar.
Maria,
Tímida e encantadora, olhou dentro dos olhos de José e disse:
-Nossa rapaz,
-Há quanto tempo não te vejo!
E se atirou em seus braços dando-lhe um beijo.
José,
Surpreso com sua reação e com um largo sorriso nos lábios perguntou-lhe:
-Em algum momento, você se lembrou da promessa que te fiz quando tinha oito anos?
-Olhe Maria,
Eu era apenas um menino,
Com o coração cheio de sonhos.
Mas, o que te prometi, estou aqui para cumprir.
Passei esses anos todos labutando sem parar, pois o meu maior objetivo, sempre foi uma boa vida te dar.
Me guardei, para meu grande amor: -Você.
Pois quando o amor é verdadeiro, ele demora, ele sangra e até atormenta, mas viver o resto da vida tentando e não cumprir as promessas, o coração não aguenta....
Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa
Barbie Ruiva & José Cuervo
Achei que fosse José Cuervo
Esmaltada a Barbie Ruiva
Em um quarto escuro vermelho
Luzes de neon...
Ouvia gritos de guerra
Cabanas e choupanas
Seu lindo sorriso, flores e som
Whisky e cerveja
Seu corpo, seu beijo
Seu lindo sorriso, flores e som
Cabelos compridos, sussurro no ouvido
Seu lindo sorriso, flores e som
Curvas e dunas alvos exalam
Teu cheiro doce, flores e som
Achei que fosse José Cuervo
Mas era, seu sorriso, flores e som...
A EDUCAÇÃO É "IMBIRA". ("Se queres ser cego, sê-lo-ás." — José Saramago)
Pensando no Velho Normal, quando a prova servia, sim, para avaliação de quem a elaborara. Aliás, só servia para isso. Se eu desse uma nota baixa a um aluno qualquer, teria de lhe dar um trabalho cobrindo essa nota, eu me castigando como se fosse minha a reprovação deles. Agora sei que cada um age inusualmente ante ao mesmo fato, porque interpreta os estímulos de forma particular, conforme o caráter já estabelecido. Não me acostumei ainda com essa prática que transcende para o Novo Normal. Por isso, estou triste, amarrado de corda, minha alma está procurando uma saída, cura e subsídio. Ou melhor, estou numa crise profissional, doença do espírito e preciso dos medicamentos corretos. Estes medicamentos podem ser um conselho, um amigo, uma mão estendida, enfim, podem ir além de coisas materiais e palpáveis. Mas, o Mário Quintana já falava por mim: "Não tenho vergonha de dizer que estou triste, Não dessa tristeza ignominiosa dos que, em vez de se matarem, fazem poemas: Estou triste por que vocês são burros e feios e não morrem nunca..." Não queria ofendê-los, são palavras dele que me servem agora. Pois que meu senso de individualismo está bastante elevado! Mas, não vou ainda me descuidar dos interesses coletivos e quero me mostrar colaborativo. Vem você me ajudar a desatar alguns nós cegos desse sistema educacional. CiFA
Paródia – E agora José
Professor
E agora, professor?
A aula parou,
o portão fechou,
o aluno sumiu,
a merenda esfriou,
e agora, professor?
e agora, você?
Você que pensa em “nós”
Que ensina aos outros,
Você que faz atividades
Que ama o que faz.
E agora, professor?
E agora José?
O ano acabou
A Luz apagou
Pandemia ficou
O ano lacrou na fome, na dor
E agora José?
a vacina atrasou
Pandemia gripou,
matou, desolou
E agora José?
Patriotismo esfriou
Ninguém protestou
Conformismo venceu
O povo sofreu
E agora Jose?
Corrupção esquentou
Rachadinha imperou
Punição nem falar
O estado aprovou
E agora Jose?
O discurso é vazio
A loucura surgiu
Desmediu
Reage Brasil.
Meu velho pai José Borges (in memoriam), me ensinou desde pequeno que política, religião e futebol, não se discute, vive-se e pronto. Abraços.
1 de Maio - Dia do Trabalhador
Nessa data de aniversário,
Rezo a São José Operário,
Bênção ao nosso erário
Pra haver um justo salário!
