Gênero
O ciúme, a inveja, o ódio, o rancor e todos os demais sentimentos do gênero, envenenam a alma e adoece o corpo.
O chá revelação anuncia o sexo, mas não define o gênero com o qual a pessoa se identificará.
O sexo é biológico; o gênero se molda através da vivência, da identidade e da expressão pessoal, em um processo singular e profundamente humano."
A adoção do gênero neutro na Certidão de Nascimento parece paradoxal, dissonante, contraditória e incoerente. Afinal, a escolha do nome pelos pais por si só já estabelece uma marca de gênero.
De que serve um marcador neutro em documentos oficiais desde o início da vida, se o nome próprio já define e orienta a percepção de gênero segundo a lógica binária?
Defendo que o critério biológico prevaleça como referência inicial, até que o indivíduo, com plena consciência de sua identidade, possa escolher e expressar o gênero com o qual verdadeiramente se identifica. Tal como ocorre com a alteração do nome civil por questões de identificação pessoal, a modificação de gênero deveria resultar de uma decisão madura e refletida.
Respeitando a autonomia individual e o processo de amadurecimento na construção da identidade, evitando escolhas precipitadas que, embora bem-intencionadas, desconsideram a complexidade da subjetividade humana.
Deveríamos gastar energia em ações mais produtivas para promover a igualdade de gênero e o progresso social, ao invés de levar ideologias para a intimidade do casal.
Enquanto a desconstrução dos valores ligados à violência de gênero não for completa, a prevenção é o melhor remédio.
Não é a classe, o gênero ou a origem, mas o caráter que define a verdadeira essência de uma pessoa.
A crise de gênero vai além da dicotomia masculino-feminino, refletindo uma crise de autoidentificação.
Hoje, a sociedade impõe rígidos padrões de identidade social, levando a uma cultura de símbolos como moda e sexo, o que resulta em perda de identidade e dificuldades em sua formação.
Isso é agravado pelo narcisismo, que valoriza o desejo individual sobre os valores coletivos, enfraquecendo as instituições tradicionais.
A construção social dos papéis de gênero molda profundamente as experiências das mulheres na sociedade patriarcal, relegando-as frequentemente ao trabalho doméstico não remunerado e à abnegação.
Essa construção se reflete desde cedo nas simbologias dos brinquedos infantis, onde as meninas são direcionadas para atividades domésticas e os meninos para aventuras externas.
Além disso, a representação das mulheres na arte e na história frequentemente as retrata de maneira objetificada e subordinada, enquanto os homens são mais frequentemente representados com vestimentas e em papéis de destaque.
Promover a igualdade de direitos e oportunidades para todos os gêneros não significa antagonizar os homens, mas sim reconhecer que as normas de gênero prejudicam tanto mulheres quanto homens, e que a colaboração mútua é essencial para superar essas barreiras.
É fundamental reconhecer que a luta pela igualdade visa beneficiar toda a sociedade, permitindo que cada pessoa viva de acordo com suas escolhas, talentos e aspirações, independentemente de sua identidade de gênero. Ao invés de criar divisões, o objetivo é construir pontes que promovam a compreensão mútua e a colaboração na construção de um futuro mais justo e inclusivo para todos.
O olhar sexualizado pode ocorrer em qualquer gênero, está ligado à erotização dos indivíduos, diferente da objetificação que reduz a pessoa a um mero objeto, ignorando sua individualidade e dignidade.
Embora a biologia seja um fator inicial, a identidade de gênero se desenvolve ao longo do tempo, influenciada por micro-momentos vividos que ajudam a compreender e reconhecer-se na diversidade dos gêneros existentes.
Na mudança de papéis de gênero no lar, mulher provedora e homem dono do lar, as queixas e desafios se invertem, evidenciando a influência situacional nos conflitos.
Ser importante não é quando você é lembrado, por receber um presente ou algo do gênero, mas quando você faz parte da prioridade.
Filhos de Noé
Às armas e os barões assinalados...»!
Começa o poeta no seu cântico,
De género épico...
Cantando os lusitanos
feitos realizados...
Mas oh vós que de Társis
descendentes sois,
Lembrai-vos que Jafé vosso pai foi,
Devieis de Deus ser, pois,
Assim como Noé, lhe deu apoio...
Mas vós Portuguesas gentes,
A Deus e vossos pais não obedecestes.
Nem temor lhe tendes...
Porque a Deus não quereis,
Antes o esquecestes.
Porque eu sou de Deus,
mas eis que morto me haveis...
Amor de minh'alma
Risonho e sedutor
Reina em mim
Indelével
Este mistério
Silencioso
Generoso
Admirável que constrói um
Reinado em mim.
Poeta ou poetisa? É mais uma discussão de gênero do que qualquer outra coisa, chamar uma mulher de poeta não é ofensa, e nem chamar uma poetisa de poetisa não é diminuição da figura da autora. A norma culta aceita as duas formas.
TRAIÇÃO FIEL
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Todos nós precisamos de alguém do gênero oposto, que não seja cônjuge ou amante, mas em quem possamos confiar como não confiamos em mais ninguém. Nem mesmo em nós. Uma pessoa que amamos de forma separada, especial, como não saberíamos explicar ao próprio espelho. Muito menos a quem devemos explicações formais.
Jamais seremos completos, não havendo essa pessoa para quem podemos expor o íntimo, as nuances d´alma, os medos, conflitos e fraquezas, sem o contexto banalizado das relações discutidas . Tirar a máscara e também a roupa, ganhar colo, trocar carinhos e confidências, mas não deixar que a beleza dessa mais que amizade caia no lugar-comum dos romances instituídos que todo o mundo já tem.
Temos que ter esse alguém cujo laço é preciso esconder, pois o mundo não teria olhos nem coração para entendê-lo. Precisamos desse pecado santo. Dessa infidelidade sem pecado. Dessa traição fiel que não faz sofrer nem corrói os laços obrigatórios de uma sociedade cristalizada que não sobrevive sem suas faixas e formalidades.
Trata-se de um tesouro afetivo. Quase ninguém tem, porque se proíbe, não acredita quando acha ou transforma no que não pode ser. Hoje posso gritar para mim mesmo, como aquela criança que se vangloria perante as outras por ter um bem pessoal que todas ambicionam, mas no seu meio, ninguém mais possui: "Eu tenho! Você não tem! Eu tenho! Você não tem!".
A violência de gênero e a misoginia assombra muitas mulheres em todo o mundo.Mulheres lésbicas podem enfrentar o preconceito em dobro por serem mulheres e por amar outras mulheres. Por isso,que para uma mulher conseguir vencer na vida de forma digna e honesta precisa ter muita maturidade e constância nas decisões.
"A lealdade é cerebral
e tem a ver com o caráter
ou o gênero.
Metamorfosei as características do limão
sem precisar ser um favo de mel."