Galhos
“Amor”
Minha, do tempo ao intento
Amada de frutos, de galhos
Tingindo-me cada vez mais pensamentos
Amor inocente que o tempo não recicla
Fosco que de momentos inspira
Simples, que o próprio complexo se retira.
Gostaria de ser como um lindo flamboyant,espalhando seus galhos e estendendo suas pétalas pelo espaço e pelo chão formando lindos tapetes vermelhos, vermelhos de vida, sangue que se espraia num autêntica pintura da vida.
Embaixo dos contorcidos galhos secos
da árvore toda desnuda das folhas secas,
levadas pelo outono...
arrastadas pelos ventos...
E em um galho mais alto, uma única folha seca
reticente e presa...
Na tentativa de se manter ainda pelo pouco de verde
que ainda lhe resta na haste, prender-se...
até a chegada da primavera...
Mas, ainda temos um inverno...
Numa manhã a folha sumiu... seguindo o vento...
Cumprindo o eterno ciclo da vida...
Que a todos, tanto nos apreende...
com o inopinado...
Apenas nos entregar e nos deixar ir...
fazendo parte de todo um ciclo,
que por mais que queiramos...
chega uma hora que nos leva o tempo...
Uma senhora de 97 anos, cabelos branquinhos...
e com um sorriso de tempos...
Tirou troncos, galhos e pedras. Com uma pá varreu o centro da rua de tal forma que, ao final, o caminho estava livre para que ela chegasse ou para ele mesmo saísse.
Podar os galhos para moldar o crescer, em solo fértil para se desenvolver. Semeando Amor para colher Felicidade.....hoje e sempre!
Os galhos flexíveis de uma árvore,capazes de se curvar a um forte vento, conseguem sobreviver, enquanto os rígidos se quebram mesmo que pareçam freqüentemente mais fortes. Assim também nossa capacidade de curvar-nos aos ventos inevitáveis da vida nos conduz à calma e à felicidade !
Enquanto a religião existir o abismo criado pelos homens serão disfarçados com galhos e folhas de uma certa árvore cujo frutos são secos.
Nos galhos secos de uma árvore qualquer
Onde ninguém jamais pudesse imaginar
O Criador vê uma flor a brotar
Olhai, olhai, olhai. Os lírios cresceram no campo
E o Senhor nosso Deus os tem alimentado para nossa alegria
Para nossa alegria a-a-a
Para nossa alegria (2x)
É inverno, as folhas se escondem embaixo da branca neve, os galhos se mostram tristes e secas sem nenhuma forma de ternura, os ventos os fazem balançar como se ainda houvesse uma esperança de renascimento diante de tal situação. Há espera da chegada final da longa jornada fria se mostra mais presente do que ver as flores brotarem com tal beleza e cheiro na primavera. Corações parecem congelados e se trancam pra não ver que lá, por menor que seja ainda existe uma beleza que brilha no fim do túnel fechado e obscuro. Acostumamos á nós escondermos debaixo dos casacos mais quentes, sem mostrar realmente a fervente emoção que sonhamos viver, debaixo das luvas mais fofas, sem apalparmos o verdadeiro amor que queremos encontrar, nas botas mais peludas sem sentirmos o calor do chão com nossos pés descalços. Algo parece ter acontecido tudo se mostra diferente, as estações parecem não querer mudar. Nós abatemos com tamanha angústia e mesmo com tantos motivos, se renasce um novo dia, uma nova manhã, um novo pensamento, uma fé nós invade e mostra que há um futuro muito mais colorido nos esperando, que a felicidade fará nossos momentos congelados, desfrisarem e ver que existe um jardim de imensa alegria com cúpidos á ponto de acerta nossos corações com arco-flechas inundadas de amores eternos.
É um bosque de longas árvores, galhos falhados, de diferentes tamanhos, mas todos finos, e por isso aparentemente frágeis. A cena da perdição, entre a névoa cinza que se dissipa ao alcançar as folhas pelo chão, as vezes são levadas pelo vento e voam em desalinho, mas é a mesma, ainda que sujeitas a metamorfose do tempo.
Tão incerto qual o rumo pra onde vá, ou certo das marcas que herdará a cada etapa, submetidos às circunstâncias nunca previstas, independem de nossa vontade.
Ao final, restam as mesmas folhas, as vezes irreconhecíveis de quando estavam no topo e firmes persistiam da agitação. São pedaços deixados pelas quedas, já não cabem onde eram, quando machucadas adquirem outras formas e ainda que coladas não seria nem de longe próximo ao que já foi.
E a certeza é de que o processo se repete, e repete... Prolixos são todos os detalhes, serão ainda nos mistérios, decifrados ou não. Mas que analogia melhor seria? Somos folhas, com a diferença de que quase sempre os ventos que nos levam são nossas escolhas... Por isso é imensamente angustiante errar, e estaremos sempre despreparados para o depois.
Os galhos de uma árvore representam os braços que te oferecem a beleza de uma flor, o sabor de um fruto, a sombra acolhedora nos dias ensolarados e a cobertura nos dias chuvosos.
Não separe esse braço de seu corpo com uma serra, porque assim, poderá vir dele a muleta que usará no dia seguinte.
Com quantos paus se faz uma canoa?
Árvores troncudas de verdes galhos
Na esperança de um florescer
Doar teus frutos em forma de sementes
Gerando-se vidas mesmo ao envelhecer
Sombras para inocentes pequenas especies
Donde outras também virão nascer
E quando menos se espera
Ouvi-se barulhos de machados e serras
Aquela velha árvore de belo sombreado
Num só toque do machado agora já era
No barulho da violência das serras e machados
Fica apenas o silêncio de um triste tronco vazio
Donde outras espécies em volta foram arrancadas
Fazendo-se canoa num sobe e desce dos rios
Mas aquela que um dia foi uma grande e bela árvore
Levou consigo a esperança de vida de outras espécies
Pois aquela árvore se encontrava rodeada de espécies em extinção
Então...Com quantos paus se faz uma canoa,
Se ao arrancar uma árvore, fazemos uma devastação.
Seco.
Galhos em árvore.
Cem goles de cem gafanhotos.
Poeira cercando o passo e o assento.
Pedregulhos de cobre, prata, ouro e sol.
Batido chão, castigo e pausas longas. Silêncio pisado.
Desde quando era começo e ainda atrás.
Cem mãos, barro e alma.
Para trás de um sereno breve sem saudade.