Fui
VOLTAS DE NETUNO
Eu fui as estrelas e voltei num piscar de olhos.
Conheci constelações inteiras, dei voltas e voltas em um universo nunca conhecido antes.
E isso tudo aconteceu no momento em que meus olhos cruzaram com os teus. E as estrelas dos teus olhos fizeram as estrelas dos meus voltar a brilhar com o brilho dos teus.
Foram te roubando de mim aos poucos. Você foi gostando e eu fui deixando; não fiz questão de te procurar. Você não fez questão de voltar. Enquanto você estampava novos amores em seus lençóis, eu estampava novas lágrimas. A cada dia era uma nova marca... Você não me procurou; não demonstrou saudade. Então eu fiquei na minha. Fiquei esperando um sinal de saudade. Nem que fosse um pouquinho, só um pouco.
Esperei em vão.
Chorei na minha; senti na minha, aguentei na minha e levei tudo sozinha.
Mas agora você disse que quer voltar.
Ligou para mim e nem fez questão que eu atendesse, deixou apenas um recado na secretária eletrônica.
“Ainda tem um lugar aí para mim?”
Pra você? Aqui?
“Sempre tem, you know, sempre tem...” sussurrei para mim mesma. Eu estava esperando você ligar de novo.
Você não ligou. Não queria escutar minha voz. Só queria um lugar.
Uma cama de solteiro em um quarto de solteiro para comer uma comida de solteiro, e assistir programas de solteiro. Você não queria a mim, só queria um pouco mais de ti. Só aumentar mais o seu ego, só me conquistar de novo para me deixar mais uma vez. Logo agora que a ferida estava quase sarando.
“Então não... Não tem lugar para você. Está tudo preenchido com um enorme vazio, mas preenchido. Arrume outra casa, outra menina para ludibriar.”
Eu quis te dizer. Mas não disse. Ao contrário disso eu te liguei e disse que sim.
“Ainda tem um lugar para você.”
“ Tem certeza?”
“Tenho. Infelizmente.”
Com as mãos cheias de sonhos, fui para o campo, fazer o plantio. E semeando a cada um deles eu pude perceber o quanto são valorosos. E resolvi vê-los crescer e os vi tão desenvoltos, que abriu sob minha cabeça um céu de esperança e sobre os meus pés um mar de amor... E quando comecei a colher os sonhos que cresceram diante dos meus olhos, emaranhado ao meu corpo como se saíssem de mim feito galhos de arvores, entendi que sonhar é preciso...
Apesar de ser muito sofredora entre aspas e milhares de pontos de interrogação, sempre fui muito esperta. Nunca acreditei em homens.
Fui cool, descoladíssima, animadíssima, mas não, depois de tanto "issímas" só consegui ser tristíssima. Fui de tantos que acabei não sendo de ninguém. Aquele silêncio foi o mais doloroso de toda a minha vida.
Ele foi embora do meu mundo, e eu fui embora do dele. Não havia mais nada para se dizer e nem para fazer. Mas tudo aquilo era bem maior que a minha pobre existência. Era muita revelação, muito silêncio, muito amor imaginado para pouco eu.
Fui eu que servi a minha terra/Fui eu que a ví no terror/Fui eu que salvei para sempre/nos braços da brisa do amor
"Se um dia sentir falta daquilo que fui sempre em silêncio...olhe ao redor...talvez eu seja o chão sobre seus pés...a água que mata sua cede...o vento que sopra em seus cabelos...talvez...seja o primeiro pingo de chuva que toca o teu rosto, te acaricia...te faz sorrir....e se desfaz"
Da pior forma, fui obrigada a entender que algumas coisas não nasceram pra ficarem juntas, e uma delas somos eu e você.
"Sei que por mais que tente me esquecer
mais lembrará de mim
por que eu não fui apenas um pensamento e sim
um anjo em tua vida"
Hoje morri
Fui para um lugar
Não sei onde era
Onde fui parar
Olhei para um lado
Olhei para o outro
Mas só quando olhei para a frente
Vi um baloiço
Um baloiço sozinho
No meio do nada
Como eu neste mundo
Triste e isolada
De um lado para o outro
Ele baloiçava
Ninguém a empurrar
Nem o vento soprava
Como ele se mexia
Ainda hoje não o sei
Vivo apenas com o pensamento
Que naquele baloiço deixei!
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