Fria
Você fala que sou fria, que sou difícil de entender.
Mas fria não sou, e nem sou difícil de entender.
Apenas estou aprendendo a confiar em você , e tendo cuidado para não me arrepender, e nem me machucar.
Quando se tem um coração partido , é assim que ele funciona , ele vai se preparando para poder á confiar de novo.
MESA DE BAR
A noite é fria... Lá fora a chuva incessante
Lembra tua ausência que chega a todo instante...
O seresteiro indiferente à minha dor,
Solfeja notas de saudades em langor!
A canção me diz de cabelos anelados,
Longos cachos de fios negro – prateados,
A lembrar teu rosto amado, teu corpo esguio...
Versos de queixumes, lamentos entoados,
Que dentro d! alma ressoam em tons magoados,
E então me perco num olhar distante e frio...
As mãos do artista deslizam ágeis, ardentes
E ao som do piano ando em voos transcendentes...
Na febre dos desejos e da insanidade,
Vejo-me longe, fora da realidade...
Onde estás? Que fazes doce criança?
Meu alento! Derradeira esperança!
Ah! Sorte madrasta... Incauta solidão!
Pobre vate: Inunda de dor a face ingrata,
Tal qual a chuva lá fora, caindo em prata,
Inunda de lágrimas a negra imensidão!
Eu estava dançando descalça com o vento entre terra firme e a água fria do rio São Francisco em pleno fim de tarde de uma sexta-feira, eu girava com aquele vestido azul, aquele que adorava, e a cada rodada que eu dava mais parecia ser a última, e a criança que habitava dentro de mim se pôs naquele momento liberta, agora se encontra correndo atrás daqueles sonhos perdidos, a felicidade estampada no rosto ecoa agora no peito num ritmo interminável de completude insana.
Posso sentar aqui e admirar a beleza ser engolida pela vasta escuridão da noite, mas antes de findar apenas me deixe ficar mais um pouco, não quero perder nenhum segundo o show de cores que vem por aí nesse céu gigante.
Posso deitar minha cabeça em suas pernas, enquanto me conta sobre seus sonhos, estou sentindo a brisa abraçar meus pés como uma mãe abraça um filho, apenas acompanhe comigo a viajem das nuvens pra chegada das pequenas estrelas, se quiser cantar sinta-se em casa, mas não vou prometer manter-me acordada, porque o que eu quero mesmo é me perder na infinidade desse sonho.
A vida se modifica. O teu amor me preocupa , sobrevivendo, fica mais fria, mais dura, atravessa o mundo. Um pranto sem decisão. Para escrever sobre a eternidade. Essa é a única saída. É a alegria contida, arrastou o meu poema...
Mesmo que não haja sol
E as estrelas fujam na noite fria
Quero estar ao seu lado.
Você é o meu sol
E o brilho das estrelas,
Vejo em seu olhar.
Correntes Espinhentas
Na noite fria, eu acordo
Com medo de sonhar,
As coisa que recordo
Me fazem sangrar.
O sangue tão escuro
Como a escuridão da noite.
No espelho, vejo o "sussurro"
Balançando a sua açoite.
"O seu destino é sofrer
Pelas lágrimas que causou
Tus só irás morrer
Se continuar oque começou".
A sua voz me divertia,
Ele é bastante persistente,
Enquanto eu sorria
Ele arruinava a minha mente.
Quero esquecer o passado,
Mas ele não sai do meu lado.
No vazio de uma noite fria,
O coração se perde em agonia.
Dor e amor, entrelaçados na escuridão,
Criam versos que transbordam paixão.
A dor que dilacera a alma ferida,
É o eco de um amor perdido na vida.
Cicatrizes profundas, marcas do passado,
Lembranças que teimam em não serem apagadas.
E no meio dessa tormenta de dor,
Ainda existe o amor, sublime e fulgor.
É a chama que resiste, mesmo em ruínas,
Um fio de esperança em meio às neblinas.
O amor, como um bálsamo para a dor,
Traz consolo, conforto, renovação e ardor.
Preenche os espaços vazios com sua luz,
Transforma a tristeza em sorriso, seduz.
É um paradoxo, esse encontro de extremos,
O amor que cura, mas também fere os seres.
A dor e o amor, dois lados de uma mesma moeda,
Um ensinando ao outro sobre a vida e a queda.
Assim, caminham lado a lado, inseparáveis,
Numa dança eterna, de maneira inabalável.
Dor e amor, como poemas escritos na pele,
Uma história que se entrelaça e revela.
E mesmo que a dor persista e o amor doa,
Não podemos desistir, nem deixar que doa à toa.
Pois no encontro desses sentimentos tão profundos,
Descobrimos a verdadeira essência dos segundos.
Portanto, abrace a dor e acolha o amor,
Deixe-os guiar seus passos, sem temor.
Pois é na dor e no amor, nesse vaivém,
Que encontramos a plenitude que nos faz além
Na imensidão desse mar ouço da areia as ondas a suas melodias cantar. Sinto a brisa fria , o vento soprar que o outono ao ir e o inverno a chegar.
Pensem como é dura, rígida, inerte, fria como um metal, para o ouvido da criança, a primeira vez que a ouve, a palavra “hipotenusa”!
Na vida, precisamos ter atitudes e não apenas viver de maneira fria ou morna. O que traz mudanças e transforma nossa realidade são as nossas ações e não as nossas palavras.
ADVERSAMENTE
lua crescente
noite longa e fria
adormeço em leito
macio e quente
envolta em manto
de cetim...
antes
tu adormeces
ao relento
manto bordado
de orvalho e vento
turva o teu carmim...
amanheces
do teu sono
com um perfume
todo teu
e tu
rosa de outono
tu me pareces
mais radiante
do que eu.
Recordação
Na madrugada fria
Triste e vazia
Releio nossas conversas
Relembro suas palavras
Busco uma esperança
Em cada lembrança
Levo no coração
Momentos de paixão
Hoje uma recordação!
Estou vagando pela noite,
no meio de uma encruzilhada.
Minha única parceira
é a fria madrugada,
que ouve todos os meus dramas,
mas, não reclama de nada.
sua presença é como um abraço caloroso no meio da chuva fria. Seus olhos são como o arco-íris do céu e suas palavras são como poesia escrita nas estrelas.
Seu coração gentil e bondoso é o que me faz querer ser uma pessoa melhor cada vez que vejo você
Serenata
Repara na canção tardia
que timidamente se eleva,
num arrulho de noite fria.
O orvalho treme sobre a treva
e o sonho da noite procura
a voz que o vento abraça e leva.
Repara a canção tardia
que oferece a um mundo desfeito
sua flor de melancolia.
É tão triste, mas tão perfeito,
o movimento em que murmura,
como o do coração no peito.
Repara na canção tardia
que por sobre o teu nome, apenas,
desenha a sua melodia.
E nessas letras tão pequenas
o universo inteiro perdura.
E o tempo suspira na altura
por eternidades serenas.
