Fragmentos
Busco na essência das palavras a força do sentimento que as gerou... Fragmentos perdidos, lembranças de alegrias e tristezas dos meus dias "esquecidos". Saudade!
De histórias são feitas as histórias. Fragmentos de tempos em tempos. Somos lançados em nossas trajetórias. Uma página em branco. Sem dedicatória. Sede de vida. Peremptória. Estrada de rota indefinida. Caminho que desconhece derrota. Escrituras gravadas em pergaminho. Regras proscritas de uma lei sem rei. Caminho. Seguimos juntos e sozinhos. Intercessões lógicas de um conjunto. Exconjuro. Pago juros. Entro em apuros. Nem eu me aturo. Me atiro. Me jogo do precipício. Viro vício. Me desculpo. Me extravio. Vou de navio. De tanto chorar, eu rio. Desafio. Concilio. Me jogo no vento. É o tempo. Me lanço em você. Me embrenho no pensamento. Concílio do vento. Nebulosa do tempo. Me invento. Te invento. Nos fazemos. Possuo. Desnudo. Mudo grito. Desespero em negrito.
Alegria escalando o Everest. Felicidade incontida. Seria perfeito se não fosse a vida. Escuridão de esperança despida. Duas cabeças esculpidas. Uma gargalha e dança no meio da avenida. A outra cumprimenta a morte. Sua face híbrida. Uma de negros e ameaçadores olhos. Outra festiva. Convidativa. Cada uma com sua forma de seduzir. Digo: Eu vou por aqui. E lanço meus olhos em seus negros olhos. É tarde. Negros são meus olhos. Digo: Eu não quero sorrir. É tarde. E já não sei mais onde é aqui, Onde é aí. Sobrevivi.
Monalisa Ogliari
'ESCOLHAS - Fragmentos I'
Teus filhos dormem tranquilos,
sossegados.
A comida está à mesa,
tem sabor agrião e cansaço...
Espalha a felicidade por mais insano que sejas.
Não impedes o abraço,
e as fadigas que te vem,
no dia a dia embaraços...
Sabe-se,
és ferida pelas circunstancias das buscas.
Não tornar-te insignificante,
já és tão gigante...
Beijas as mães que geram vidas,
aos fortes,
aos fracos.
Torce a fatalidade nos braços...
E nas tuas diligências - ser diário -,
fazendo do coração: diamante!
Alucinante na mera intuição.
Tu decides!...
'JANELA II' - [Fragmentos...]
Bebe-se uma tequila,
a fome é lembrar dela:
pobre vida!
Na madrugada ornamentando sequelas.
Recriando canções,
há de se sonhar com elas,
bravejando capelas,
sons oblíquos,
imensidão que não se vê.
A janela só tem sentido fechada...
Descobrirá que a força do seu coração guarda um grande futuro, anjo guardião. Procure os fragmentos que estão perdidos dentro de você.
"Voam... aos quatro cantos...
Fragmentos de nós!
Colhemos, aos quatro cantos...
Pedaços de tudo e todos!
Voam os sonhos, ilusões...
os amores, os verões...
Sementes jorradas ao vento!...
Voa a poesia, a música, a alegria...
E pairam sobre o meu coração!"
Um rio, em cada local por onde ele passa, recolhe em sua corrente fragmentos desse lugar, de tudo o que aconteceu ali. Isso enriquece o rio. Da mesma maneira, o que encontramos em nosso caminho nos nutre e nos dá sabedoria sempre que não desprezamos esse conhecimento.
UM PEDIDO...
Por favor querido,
não faça de mim fragmentos...
Sou inteira demais para tal!
...Ou me tenha por completo
ou não me tenha
de forma alguma!
Em mim tudo é intenso
A alegria, a vida, a nostalgia.
...Até a dor precisa sem absoluta.
Então não me venha com metades.
Não suporto meados
... Jamais faça de mim restos.
E se não for para eu ficar,
não me chame!
Meu tempo é escasso.
Por favor,
faça isso por mim
...Não faça de mim fragmentos.
Em meio a uma galáxia de lembranças e pensamentos onde fragmentos do espasso- tempo se encontram sempre haverá um portal de escolhas onde se pode lembrar o passado e definir o futuro de uma das mais belas constelações que é chamada de amor..!!
Eu desejo sublimar como o iodo molecular.
Não quero me unir a fragmentos indulgentes.
Mas também desejo ser leve ao me desprender.
Assim, chegarei a um destino incorruptível, e que seja afável.
"Fragmentos de amor são pedacinhos de carinhos que brotam da mente de quem ama, e pousam na alma de quem recebe"
Fragmentos de espelho
O pulso acelerado é uma dica, a carruagem sem freios corre em direção ao despenhadeiro, a boca que outrora falava frases de amor, hoje regurgita em pequenas doses um amargo rancor da traição, respirar é a minha meta, deixar entrar a ultima gota de oxigênio. Estou morrendo pra vida que tenho, é fato. Assim vou morrendo pras pessoas com atitudes mesquinhas e sempre com os mesmos pensamentos que nunca se reciclam, morrendo vou analisando o passar dos Dias que não voltam mais. Sou refém das minhas escolhas, sou o único culpado por minhas colheitas. Sou forte, sou indestrutível, pensava quando moço, hoje vejo o quanto desperdicei, tempo e forças, com coisas e pessoas que não me acrescentaram nada, nem mesmo desprezo. Feito um Dom Quixote a procura de moinhos de ventos, sonhando com a amada que se foi com um sem honra, sem espada pra duelar. Vou vagando por nuvens brancas de algodão, qual uma criança achando que nunca iria crescer. Na flor da idade, deslizei por muitos corpos, e entre beijos e caricias, em encantos e desencantos, em amores e dissabores. Usando sempre os mesmos artifícios e mudando as mascaras para diferentes corações, sempre pensando no que achava eu, momentos felizes. Criei condições, investi tudo, dei o meu jeito, fui amado, amei, fui sincero, enganado, enganei. O meu grande aliado era o tempo, que muitos viram sucumbir ao temido algoz. Hoje maduro recolho os pedaços de vidas de enganos e erros, onde somente a quebra de todas as amarras que me acorrentam a minha consciência, poderá amenizar a frustração e arrependimento de uma vida de desencontros de ti. . .
( collares - Esta é uma obra de ficção )
Andaluz
Teus olhos , junção de eclipse lunar,
Com fragmentos estelar.
Luz incandescente, de brilho reluzente
a me incendiar.
Eu, solitário, solidário com resquícios
de uma ilusão.
Sobrevivo contemplando-te diante
da imensidão.
Balsamo raro, cura eu, cura voce
Livrando-nos de nos perder.
Vida e cruz, caminho de luz.
Reluz andaluz!
Abro o pensamento e os fragmentos amordaçam-se uns aos outros, perante a luz da madrugada que tarda.
O desafio é isto.
Um colorido conciso, entre a magoada indignação e o empalidecer da noite num último sopro de lua cheia.
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