Fogo
É tá difícil não consigo nem viver em paz te forneço ar e vida boa e você coloca fogo nas minhas árvores?Você acha isso certo?
Não feche os olhos sei que só você não consegue,chame seus amigos cuide.
Todos por uma causa a vida? Ou a sua floresta?
-Amazonia/Brasil 2019
Fogo
Ele enfiou a mão na minha cara de novo. O punho dele me atingia como um míssel alcançando um passarinho que cruzou seu caminho. Era pesada, seca e gélida, mas cheia de sentimento. Meu rosto jorrava sangue e ele socava a parece tentando amenizar a raiva pra não vir a fazer um estrago pior do que já havia feito em mim. Eu estava caída no chão, mas não chorava. Sentia tanta raiva quanto ele, mas ele chorava, eu não.
Peguei a bolsa em cima da cama, abri a porta e olhei pra trás, ele ainda estava com a mão dentro do buraco que havia feito na parede, olhava pro chão e cerrava os dentes, bem como o punho livre. Suas mãos estavam cheias de sangue, de ambos. Desci as escadas e não olhei mais pra trás. Peguei meu celular e te liguei. Você estava a quilômetros, mas como sempre, chegou em minutos. Eu esperei na calçada de casa e ele não desceu pra me procurar, não me ligou nem fez a mínima questão de saber pra onde eu havia ido. Enquanto te esperava eu cravava as unhas na carne das mãos, acrescentava mais algumas luas às minhas tantas outras e sangrava ininterruptamente.
Você estacionou o carro de qualquer jeito, desceu correndo e me tomou nos braços perguntando o que aconteceu. Eu não falei, não conseguia. Apenas levantei, me evadi do teu abraço e dei a volta no carro. Entrei pelo lado do passageiro e pude ver tua camisa branca, fina de algodão completamente coberta do meu sangue. Dei um sorriso de lado e olhei pra frente. Você levou as mãos à cabeça e olhou pra cima, pro apartamento, ele estava na varanda, nos vendo sair e te olhando com o ar indiferente de quem sabe de todo o desfecho que vai se repetir.
Depois de entrar no carro você deu a partida e arrancou me fazendo incontáveis perguntas das quais eu nem me lembro e eu só te disse pra dirigir. Me perguntou pra onde e minha única exigência era que fosse fora da cidade. Saímos, passamos pela placa de “até logo, volte sempre”. Eu ainda sangrava e você enfiava o pé no acelerador tentando de alguma forma dissipar a revolta e a confusão que sentia. Eu abri o vidro da janela e te disse pra não falar porra nenhuma, sentei na janela com o carro em movimento, as costas pra paisagem e olhando pra estrada infinita que se estendia à minha frente. Você pisou no freio e eu fiz um sinal negativo com a cabeça. Era madrugada, o vento frio assanhava meus cabelos e gradativamente coagulava meu sangue.
Você parou o carro no acostamento, chorando e desceu, deu a volta e me puxou pelas costas, pela cintura. Me pedia uma explicação e eu simplesmente não conseguia falar. Você sabia o que tinha acontecido, no fundo sabia, sabia o que acontecia sempre, mas apenas me abraçou, abriu a porta, me conduziu pra dentro e assumiu de novo o seu posto. Colocou um de seus clássicos italianos no carro e só dirigiu. Paramos em um desses motéis de beira de estrada sem estrutura nenhuma. Você segurou minha mão, tirou minha roupa e limpou cada um dos meus ferimentos. Os do rosto, os das mãos, e me conduziu pro chuveiro, ainda vestido no seu terno preto com a gravata vermelha. Lembro de olhar pro teu relógio dourado quando levantou a mão ao ligar o chuveiro, eram 03:00 da manhã.
A água caía no meu corpo e conforme a adrenalina me deixava, as dores começavam a aparecer e eu gritava. Você percorria cada parte do meu corpo com as mãos, numa delicadeza impecável e me conduzia para manchas roxas milenares que eu nem lembrava que existiam. Os hematomas te faziam lacrimejar e você me abraçou, nua, debaixo do chuveiro e chorou junto comigo. Sem nenhuma segunda intenção, só a compreensão mútua e silenciosa que compartilhávamos a tanto.
Te contei sobre a nova traição, sobre o apartamento destruído e os copos quebrados, sobre as roupas que rasguei e sobre todos os hematomas que também deixei nele. Sobre os buracos dos murros na parede e sobre os em mim, a minha costela quebrada e o nariz dele, quebrado. Mas você já sabia de tudo isso, sabia de toda a história, de todas as brigas. Me disse que era doentio e que eu sabia, estava certo como sempre. Me disse que ficaria tudo bem e que eu não precisava mais ter medo, que o faria pagar e que ele nunca mais encostaria um dedo em mim. Eu te beijei. Fizemos amor pela primeira vez e foi realmente a primeira vez que me senti tão conectada com alguém. Você já tinha dito me amar outras tantas vezes mas essa fora a primeira que eu te disse. Você estava tão lindo, tão radiante e iluminado, meu bem... dormimos abraçados e na manhã seguinte, quando acordou, você não me encontrou, e por mais que se negasse a acreditar, sabia exatamente onde eu estava.
Você é paz demais pro meu caos.
Thaylla Ferreira Cavalcante {Os quatro elementos}
Perdão, Pátria amada!
Perdão por atearem fogo às tuas florestas.
Perdão por tirarem do teu povo o direito à saúde e educação.
Perdão pelos poderosos que te exploram,
pelos corruptos que denigrem o teu nome;
Perdão pelo desamor com que te tratam.
Pátria amada! Perdão!
Cika Parolin
A mente é como um músculo do corpo para ser exercitado, como um fogo pra se acender, e não um vaso sanitário pra ser preenchido com o que não presta de alimento a nossos corpos!
Fé
Por esse campos de destruição,
Aconteceu o batismo de fogo,
Basta ter fé e auto-determinação,
Abraçar a causa de um louco.
Causa que eleva o espírito,
Que cura toda doença da alma,
Causa de um povo restrito,
Projeto que requer muita calma.
Calma simples e milenar,
Ensinada por um grande mestre,
Capaz de um coração aflito curar,
Sem precisar fazer o teste.
Teste da aceitação,
De um mundo livre do pecado,
Mistérios de uma grande devoção ,
Futuro, presente e passado.
Basta caminhar com os olhos abertos,
Não temer as investidas do inimigo,
Há promessa que Ele estará por perto,
Fiel,parceiro e amigo.
Nascer, crescer e viver,
Acreditar,lutar e aceitar
Ser é muito melhor do que ter,
Amar,sonhar e conquistar.
Ventos sussurram em meus ouvidos,
Despertando algo na memória,
Ele ouviu os meus gemidos,
Me proporcionou uma nova história.
Lourival Alves
O inverno está chegando, mas ela é fogo e não deixa esfriar. Do lado de dentro o vento assopra tentando contê-la, mas só atiça ainda mais suas labaredas. Ela é do fogo e seus cabelos nem sequer tentam disfarçar, ela queima, arde, transcende. Se ele quer vir, deixe tentar. Ela nunca teve medo, na verdade ela sempre teve uma queda incontrolável por desafios, pelo impossível, e não vai ser uma frente fria que vai apagar seu sol. Ela não é de estações, ela é do todo. O inverno está chegando e isso não a assusta mais, porque ela sabe que o inverno é passageiro. Quantos invernos já se foram? Ela já nem preocupa. Ele vem e logo se derrete, escorre pelos olhos e desce pelo ralo. O inverno está aqui e ela já se acostumou com ele, pois no fim das contas é ela que o esquenta. É ela que o derrete e mesmo que ele fuja, em tão pouco tempo, no próximo ano ele retorna porque sabe que a melhor estação é dentro dela e é ali que ele deve morar.
Escolha ser verão, seja calor para quem sente frio, seja fogo para quem congela. Seja você e não esfrie, nem se vá como o vento. Permaneça. Seja sol e não apenas uma estação.
O fogo da paixão
Vamos acender o fogo da paixão,
Orientar essa fogueira sem juízo,
Mergulhar profundo de coração,
É em teus braços que me regozijo.
Fogo terno que incendeia,
A fornalha do coração,
Ilumina como lua cheia,
Nessa noite de solidão.
Fogo quente do amor,
Emanado por dois amantes,
Bálsamo que cura a dor,
Cofre de valores de diamantes.
Fogo que aquece um coração sofrido,
Sentido por pessoas bem diferentes,
Fogo do livre e do oprimido,
Fogo que sacia o carente.
Fogo que clareia,
O escuro de um coração,
Fogo avassalador que incendeia,
Fogo eterno da paixão.
Da centelha de um mútuo olhar,
Nasce uma grande explosão,
Fogo que faz o ser amar,
Abandonando toda a solidão.
Solidão gélida e cruel,
Que destrói a nossa mente,
Sempre amarga como o fel,
Somos reféns inocentes.
Lourival Alves
O fato é que depois do fogo só se ouviam murmúrios e preces: tudo soava como um grande pedido de misericórdia. Castigo divino ou sinal dos céus, ali estava uma mensagem difícil de ser decifrada por essa gente tão dada a superstições e alardes de ordem sobrenatural.
Tenho um Escudo que apavora os CANALHAS:
A LIBERDADE, forjado no fogo do RESPEITO.
Poeta Dos Sonhos.
Tenhamos cautela em
nossas ações e reações,
pois se levarmos tudo
a ferro e fogo, sairemos
"ferrados" ou queimados.
A Dama de Ouro
Flechas de fogo suspendem-se perante a guerra
Ao vê-la transitar em meio aos corpos
Soldados presumem um ser angelical onde seus lábios citam
O caminho do alvorecer, o horizonte mais belo
Olhos que pairam os corações mais esbeltos e poéticos
Aves propõe a enfileirar-se para presenciar
Por onde movimenta-se o seu perfume, desmancha as dores
Os cachos são banhados em ouro fino com pétalas de orquídeas ao final
Seu rosto macio pairou nas memórias do velho soldado
Lembranças do seu grande amor em verões passados
O rosto da amada em ternuras expressas
Seu olhar alegra-se após décadas
Por um curto momento retornou ao por do sol nas colinas
Uma voz libertina o diz para sorrir e viajar nos mares cristalinos dos céus
Colidir com as nuvens enciumadas por seu grande amor
Onde duas almas amavam-se em uma roda gigante tocada pelo universo
Enlaçando um véu por suas cabeças no caminho da eternidade.
ANTÍTESE
És o fogo que aquece minhas mãos
Quando me amas, à lareira!
Mas também o gelo que me queima na ausência.
Tal qual o fogo ateado à lenha, nas noites frias.
És o carvão que me tece um triste coração
Nos desenhos feitos na areia quando a tristeza
Me faz sentar à beira da estrada, sozinha.
Então me torno os olhos tristes do homem
Que buscou construir seu castelo, na solidão.
Sem a lareira e sem lenha no terreiro!
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