Fogão
Enquanto os colchões de palha e as cobertas de lã de carneiro aqueciam ao sol, no fogão à lenha ferviam-se os panelões de água para o banho de bacia. Na agitação da manhã de inverno eram realizados trabalhos para minimizar o frio e o vento da noite que entrava pelas frestas do velho casebre.
Uma época onde absolutamente tudo o que se comia, bebia
e usava era "feito em casa". Os dias eram longos e todas as tarefas eram realizadas pelos membros da família. Do menor ao maior, todos tinham suas atribuições e de sua execução dependia o maior ou menor conforto de cada um. Legumes, frutas, leite, queijo, carne de frango e porco... quase tudo se produzia e muito poucas coisas, além de trigo e arroz, eram comprados .
Um calçado novo era o presente de Natal e tinha que "aguentar" o ano todo. Isso tudo estava muito longe de considerarmos um sofrimento e sequer nos sentíamos "pobres". Era a forma como a grande maioria vivia e achávamos natural auxiliarmos e colaboramos para mantermos tudo limpinho e funcionando.
Era o tempo da escassez de luxos, mas da abundância de ensinamentos e, enquanto tratávamos de sobreviver, aprendíamos as lições de respeito, honestidade, organização, humildade...
Havia, sim, o desejo de prosperar, adquirir cultura e ter uma vida um pouco mais confortável... o que exigia um esforço redobrado
e uma extrema força de vontade para conquistá-las.
Tudo passa! E hoje são lembranças e orgulho do exemplo da coragem e da determinação de meus pais que enfrentaram o pós guerra numa terra nova e que recomeçaram, literalmente do zero,
no entanto venceram e criaram filhos idôneos e felizes.
Cika Parolin
A água tá no fogão a lenha , fervendo que chega geme, a água ferveu ficou tão quente que chega fez bolha nas mãos da gente.
Hoje o almoço vem do fogão à lenha,
Gosto da minha infância,
Da vizinha dona Linda,
Tantos anos de distância.
Que Deus no céu a tenha!
mel - ((*_*))
[...] E perto do fogão a lenha, sentindo o calor do tacho quente a me aquecer no inverno sorriria, saboreando as delícias feitas pela poetiza. Com um pedaço generoso de bolo de milho com queijo às mãos e rodeado por vários cães e gatos manhosos, por todos os lados que olhasse, me lembraria de Minas!
Fragmento do poema
"De Goiás a Brasília –
Memórias de Minas Gerais".
Havia quartos que nem possuíam banheiro; apenas uma cama, fogão e poucos objetos faziam à composição do ambiente. Contudo aquele local lhe trazia uma brisa de felicidade e independência. Achava ótima a ideia de morar naqueles pequenos cubículos. Parecia uma vida perfeita, onde os mundos estavam bem próximos um do outro e talvez a solidão não residisse naquele endereço.
(Livro E o céu de Miramar?)
O governo é um fogão com muitas bocas acesas e de vários tamanhos, sobre elas repousam as panelas; a eleição é apenas para ver quem fica com a boca maior.
Um dia, tudo o que a gente aprendeu na vida acaba ganhando utilidade, seja a queimadura no fogão, seja o roxo no joelho.
Um dia, aprendemos que o passado nada mais é do que passado, que as alegrias pra sempre ficarão guardadas, e as tritezas? Aprendizado!
Um dia a gente acorda e percebe que o céu não é simplesmente o céu, mas um infinito cheio de mistérios e que muitas vezes passa despercebido.
Um dia percebemos que muitas vezes ignoramos quem não devíamos ter ignorado e amamos quem não deveríamos ter amado.
Um dia perdemos o medo de escuro e percebemos que o desafio vale muito mais que a desistência.
Um dia descobrimos que assim como nós mesmos, outras pessoas tem idéias malucas, viajam nos pensamentos, e aí arendemos que assim como queremos que nos respeitem, devemos respeita-las.
Um dia a gente aprende a dar valor a quem sempre te deu, aprende a olhar nos olhos, ser sincero, não brincar com o coração das pessoas e não deixa-las brincar com o seu!
Um dia os sonhos deixam de ser irreais, e o céu chega tão perto da terra que você nem sabe dizer se está acordada ou sonhando.
É nesse dia que você enxerga que aprender, mesmo com sofrimento, valeu a pena.
e, com você, é no sofá, na escada, no tapete, no chão, na cama, na parede, na cozinha, no fogão, no banheiro, lá na rua, lá na contra-mão, na parede, na escada, no sofá, no fogão, no sofá, na escada e acelera o coração de uma maneira estranha, de um jeito arrasador, que me atormenta a noite toda, que é desesperador, avassalador, surpreendedor, que me ama, me abraça e acaba com a dor. acaba e volta novamente totalmente de repente, sem me deixar respirar, é, ao mesmo tempo, rápido, intenso, eterno e devagar. e, no meio disso tudo, a gente pára, olha nos olhos, na hora da dor, na hora do prazer, a gente pode perceber a presença do amor. um amor que é contundente que não precisa estar presente constantemente para sabermos que ele está ali, você lá e eu aqui esperando que aconteça tudo muito sem querer, mesmo que eu queira, que você deseje e que é difícil de esquecer. nos demos o melhor de nós ;)
Coloca o bule no fogão, acende o fósforo e aproveita o fogo pra acender mais um cigarro.
Dois tragos e o pensamento preso a ele.
Coloca as xícaras, o açúcar, o bolinho de chocolate sobre a mesa.
Coa o café e o pensamento preso a ele.
Toma o café, meio amargo, parecido com o sorriso forçado do ultimo sábado.
Traga mais uma vez e olha a fumaça desfazendo-se com o vento, assim como os seus sentimentos e pensa nele.
Um boa lembrança surgi com o calor que o café provoca, mas logo se desfaz com todo o resto.
O café acabou. O cigarro apagou. E os sentimentos?
Tava com vontade de fazer doce de abóbora e acabei me queimando no fogão. Minha mãe falou que eu emagreci mais, que meus olhos estão sempre entupidos de lágrimas e meu rendimento nos estudos continua piorando. Não sei o que anda acontecendo comigo. É algo bem grave, mas realmente não sei. Só sei que desde que você se foi minha vida se tornou uma coisa insuportável, repleta de bagunça, e olha que ela nunca foi arrumadinha.
Faltou fósforo
pra ascender o fogão,
ascendo da boca
pro chuveiro,
tomo um gole fervente
da ducha no modo inverno,
que mesmo no verão
vem direto da caixa
e carrega todo aquele
mormaço que passa dos
cacetaequatro graus
de teoria
e muito prática em suor!
Mimimi
Daí a gente acorda meio torta e esquece o leite no fogão só pra ver transbordar.
(É engraçado que transborde alguma coisa enquanto somos cheios de vazio, voce nao acha? Posso apostar. É, hum… Vazio transborda?)
Toma cuidado pra não se queimar! Digo, com o leite.
Mas até aí tá tudo bem, rapaz.
O problema é quando a gente acorda meio torta e já nem lembra que se importa.
Não, não mais.
Magalenha
Vem Magalenha rojão
Traz a lenha pro fogão
Vem fazer armação
Hoje é dia de sol
Alegria de coió
É curtir o verão
Te tê tê teretê
Te tê tê teretê
Te tê tê teretê
Vem Magalenha rojão
Traz a senha pro fogão
Tê tê tê coração
Hoje é dia de sol
Alegria de xodó
Meu dever de verão
Calango lango no calango da pretinha
Tô cantando essa modinha pra senhora se lembrar
Daquele tempo que vivia lá na roça
Com uma filha na barriga
E outra filha pra criar
Ainda sinto o cheiro da terra molhada pelo o orvalho da manhã, da lenha queimando no fogão de lenha... do café... Ainda ouço o canto dos pássaros sobrevoando pelo pasto verde...
Sinto saudades de quando eu era criança, e que a unica preocupação que eu tinha era vestir a minha boneca de pano feita a mão...
Declaração de Amor ao Fogão
OFogo que ostenta a minha alma
O Fogo que sustenta o meu corpo
O Fogo que nutre o meu amor
Só pode ter um nome
BOTAFOGO
Por isso sou Botafogo de corpo e alma e sempre estou com ele no coração !!!!
Tive
Tive fogão à lenha, lampião, lamparina;
Tive sapos, grilos, beija-flor;
Tive curral, chiqueiro, paiol;
Tive enxada, machado, foice;
Tive jabuticaba, manga, caju;
Tive bicicleta, boneca, bola;
Tive ciranda, esconde-esconde, amarelinha;
Tive rio, terra, natureza;
Tive amigos, companhia, diversão;
Tive prece, anjos, sonhos;
Tive margarida, jasmim, lírios do campo;
Tive....
Eu tive..
Eu tive infância.
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