Flores Lírios
Hoje quero com a violência da dádiva interdita.
Sem lírios e sem lagos
e sem o gesto vago
desprendido da mão que um sonho agita.
Existe a seiva. Existe o instinto. E existo eu
suspensa de mundos cintilantes pelas veias
metade fêmea metade mar como as sereias.
Ideal
Aquela que eu adoro não é feita
de lírios nem de rosas purpurinas,
não tem as formas lânguidas, divinas,
da antiga Vênus de cintura estreita.
Não é a Circe, cuja mão suspeita
compõe filtros mortais entre ruínas,
nem a Amazona, que se agarra às crinas
dum corcel e combate satisfeita.
A mim mesmo pergunto, e não atino
com o nome que dê a essa visão
que ora amostra ora esconde o meu destino.
É como uma miragem que entrevejo
Ideal, que nasceu na solidão,
Nuvem, sonho impalpável do Desejo...
Nos escuros lírios teus olhos claros brilham como a gota de orvalho ao se deparar com o sol. Nas ruas teus passos traçam os caminhos de fumaça, dentre a fumaça tuas belas asas estão a bater toda frustração que escorrem em teus olhos.
Oh meu amado, espero-te. Espero-te como uma noiva espera ansiosamente pelo seu noivo.
Qual é o segredo espera por ti?
Qual é o segredo dos teus sentimentos ?
Qual é a chave que abre teu coração para deixar-me adentrar?
Que tem demais uma pobre garota amar um anjo?
Em qual vôo tu podes levar-me contigo?
Segredo, espero-te.
Espero-te com anseio, espero-te para beijar-te fortemente e abraçar tuas asas que me tiraram o calor da imensidão fúria da paixão.
Me diz anjo, até quando durará minha infinita espera?
Nosso Jardim é um cemitério clandestino,
Somos dois lírios sem comunhão, fora do ninho.
Se bem quis assim o irrefutável Jardineiro,
Resta-nos chorar o que soa trágico: nosso destino!
Lamentos maiores guardaremos aos dias que virão...
"Segue em frente sem olhar para as circunstâncias, cultiva lírios mesmo em meio aos tempos áridos, embala sonhos sem mágoas ou rancores.
A vida é efêmera, mas nos pertence a escolha do que fazermos dela."
Lembrar-te-ei pelos lírios do jardim de Adônis no qual me fiz inspirado para fazer versos vivos e te fazer sorridente em momentos perfeitos;
Saber que os românticos são a camada dos poetas lúcidos e insanos que trazem a realidade em versos intensos e suaves;
Como os lírios tua beleza é cortejada pelos olhos famintos de admirar as pétalas que crescem com formosura e delicadeza em teu caminho;
Restaurar-te-ei para retribuir-me com sua doce fragrância das maçãs que se entrelaçam com o teu perfume de seda;
Tua boca é o fruto desejado que tanto desatina minha razão e virtuosamente deixa meu coração enfermo de amor;
Os Lírios
Certa madrugada fria
irei de cabelos soltos
ver como crescem os lírios.
Quero saber como crescem
simples e belos – perfeitos! –
ao abandono dos campos.
Antes que o sol apareça,
neblina rompe neblina
com vestes brancas, irei.
Irei no maior sigilo
para que ninguém perceba
contendo a respiração.
Sobre a terra muito fria
dobrando meus frios joelhos
farei perguntas à terra.
Depois de ouvir-lhe o segredo
deitada por entre os lírios
adormecerei tranqüila.
Se eu te desse lírios
Não seria por que os acho bonitos
Seria pra arrancar-te sorrisos
Roubaria-os para mim
Para faze-lo de sol no meu paraíso
Assim a construção dele chegaria ao fim...
Que desa-broxe a minha alma poética que os lírios cante em teu louvo ... que a luz triunfe ...no grande abismo da alma
Entender-te-ei como entendo os lírios dos vales e jardins que guardam belezas como a tua, mulher dona da intensidade e dos meus pensamentos dar-me gosto de ser a fruta doce a tua boca;
O estandarte introduziu-lhe a sombra que lhe refrescava e fazia-lhe lembrar do que sou realmente para o seu coração;
Sei que o meu coração ainda poderá te fazer entender toda poesia do planeta direcionada a ti com todo amor;
Quero apascentar-te o coração com lírios perfumados, pois a poesia surgirá efeito apenas com uma imensa dose de amor ;
Eu te procurei entre a multidão
Entre os lírios enegrecidos pela fumaça
Na risada sem graça do cobrador.
No ônibus lotado
Nas pernas de Greta
No meu gato doido
E levado,
Nas palavras de Cícero e seu legado.
CHOVEM LÍRIOS DO CÉU
Chovem lírios do céu
As pétalas das rosas vermelhas
Soltam-se na cama perfumada
A teus pés, as açucenas nascem
Coloridos verdejantes salpicados
Ténues gritantes alastram
Cravos de mil flores
Espinhos da vida que passa
Rios ribeiras amores
Fontes penedos riachos
Água cristalina que brota
Entre pedras caladas no tempo
Lagos nenúfares e patos
Lagoas rochedos e mato.
Perfume suave aroma
Gladíolos erguem-se ao céu
Hortências azuis lilás
Papoilas cortejando alegria
Entre girassóis galantes
Orquídeas abrindo flor
Malvas jarros jasmim
Perfuma suave aroma
Brotando em pérolas
Por entre as pedras do jardim.
Magia do arco-íris florido
Alimenta o ser distraído
E numa noite de breu
Chovem lírios do céu!
Maria Antonieta Oliveira
20-05-2014
A PAZ (B.A.S)
Quando florescer em mim
a despreocupação
dos lírios,
descritos no Evangelho
E a humildade confiante
dos pássaros do céu
criarei no meu íntimo
um sentido único, novo
De um homem livre
e descobrirei a paz,
a tão sonhada paz...
A esperança chegou, e dentro dela nasceu uma linda flor entre os lírios que cobrem os campos do meu jardim. Você é a mais bela flor do meu jardim, aquela na qual nunca deixarei murchar, porque meu amor vai ser a água que vai te regar.
Lírios Brancos
Florescem os brancos lírios
Canteiros vestidos de paz
Adornam tristes estradas
Na saudade adormecida
Canteiros vestido de paz
Povoados de esperança
Abrigam as sempre- vivas
Régias vitórias dispersas
Adornam tristes estradas
Espinhos e folhas mortas
Sobram densos gemidos
Réquiem das despedidas
Na saudade adormecida
Prisioneira de Morfeu
Morrem calados sonhos
Antes mesmo de nascer.
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