Flagrante
Eles foro privilegiado
Eles não podem ser presos, salvo
em flagrante de crime inafiançável.
Mas o processo que os condenarão
por todos os crimes cometidos
tem chance de ser paralisado por decisão
da maioria dos parlamentares “amigos”.
É, eles foro privilegiado!
São invioláveis, civil e penalmente,
pelas opiniões, palavras e votos
em razão do exercício do mandato.
“Imunidade material” é pra poucos!
É o direito que eles têm de imediato
pra ofender e xingar os outros…
É, eles foro privilegiado!
E não é qualquer órgão que pode
julgá-los…não é qualquer um…
tem que ser um específico Tribunal
de juristas nomeados politicamente,
que gera a dúvida do que é imparcial
quando o igual é tratado desigualmente.
É, eles foro privilegiado!
Mas, o que será que eles têm
que o cidadão comum não tem?
O que vale mais neste caso:
o cargo, a função ou a pessoa?
Se com a dignidade fazem descaso,
então ela está na Constituição à toa?
Sim, eles foro privilegiado!
Todo mundo nasce igual, mas…
desde a expedição do diploma
assim que se coroam “parlamentar”,
eles se revestem de imunidades,
um privilégio que adoram ostentar
pra mascarar suas irregularidades…
Sim, eles foro privilegiado!
E dói pensar que “imunidade” parece
(graficamente) com “impunidade”.
A diferença é um “P” de “Parlamentar”,
um “P” de “Por que, meu Brasil!?”
Um “P” de “Pra lamentar”.
Um “P” de “Puta que Pariu!”:
Sim, eles foro privilegiado!!!
Roubei um beijo
Seu e fui pego
Em flagrante...
O veredito foi
Dado e fui
Condenado
A nunca mais
Esquecer você
O amor, é como o policial que te pega no flagrante, te algema e te joga na cela, sem direito a defesa.
Franklin Oliver
By Romancista Iludido
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Flagrante - Terminado em 14/10/2015
O que se foi, passou
Se for pra ser, será
O que teria sido,
quem dera nem lembrar
O que não se esperava,
chegou sem avisar
E quanto ao que viria,
Aonde foi parar?
Entre tantas camadas
Que o tempo acumula
Questões já superadas
Que a saudade reformula
Perdida foi a chance
que não se aproveitou
Está fora do alcance
O que se escapou
O presente é um flagrante
Que dispensa o inquérito
O passado um fugitivo
Não se sabe bem o mérito
O futuro é um aspirante
Da história é prosélito
Vem com todo seu rompante
logo, logo é pretérito
O presente é onde piso
Onde finco as pegadas
O passado é o paraíso
No início da jornada
O futuro é onde o riso
Se transforma em gargalhada
Tudo quanto eu preciso
Vem ao longo da estrada
Não é sorte, nem carimbo
talento ou mesmo mérito
Só depende da resposta
Que a gente dá à vida
Pior que a morte é o limbo
do futuro do pretérito
Mas vale ser aposta
Que promessa esquecida
O presente é um corte
Incisivo de navalha
O passado é cicatriz
Feita em campo de batalha
O futuro é um bote
Num navio que encalha
O futuro é meu norte
Esperança nunca falha
Quem for sábio não se importe
Vem descalço, sem sandália
...me vejo sempre em flagrante
sonhando com o amanhã,mas vivo
intensamente a alegria
do momento que me cerca hoje...
A flagrante inconstitucionalidade de Alemanha e Argentina
A você que comprou o ingresso na expectativa de ver o Brasil disputando a final da Copa do Mundo no Maracanã, e se depara com uma Alemanha (que goleou a seleção brasileira na última terça-feira) e uma Argentina, que dispensa maiores comentários ou xingamentos, lembre-se que a Constituição Federal de 1988 lhe garante a liberdade de ir e vir, ou, neste caso, parar e permanecer em casa assistindo ao Rodrigo Faro na Record.
É o que determina o inciso II do sempre lembrado art. 5º da Carta Magna: "ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei". Ou seja, não vá...
Até porque, correr o risco de ver os hermanos levantando a taça em nossa casa é tratamento degradante que beira a tortura, prática, por sinal, vedada pelo inciso III do supracitado artigo: "ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante". Trata-se de crime inafiançável e insuscetível de graça ou anistia, conforme estabelece o inciso XLIII. Você está protegido...
Por falar em casa, lembre-se que ela é asilo inviolável do indivíduo, de modo que sendo o Maracanã a sua, a nossa casa no domingo, alemães ou argentinos só poderiam levantar a taça com autorização judicial, muito embora o desastre de uma final sem o Brasil já tenha se consumado.
Contudo, ainda que um Lewandowski concedesse tal autorização teratológica, o Maracanã, enquanto propriedade, não estaria atendendo a função social de sediar a vitória do Brasil no domingo, a fim de apagar a mancha de 1950.
Portanto, por todos os ângulos que se analise a matéria, não se vislumbra outra figura senão a da inconstitucionalidade dessa final em pleno país do futebol, e tão somente do futebol, nada mais. E se você não concorda com a análise feita aqui, lembre-se também que o art. 5º, em seu inciso IV, garante a liberdade de manifestação do pensamento, vedando, no entanto, o anonimato, razão pela qual assino ao final.
E se você for ao jogo, o art. 927 do Código Civil ainda pode salvá-lo dos danos psicológicos e morais de ver o Messi levantando a taça em pleno "Maraca".
P.S: O texto deu 7 parágrafos e 1 "P.S" (que não significa Pronto Socorro), foi mera coincidência...
A ação é um movimento articulado pela fuga desordenada de um determinado flagrante delito. Uma fração de tempo que separa o tiro da largada e o final dos 100 metros. Um despertar pela decisão de seguir ou retornar pelo canteiro de flores. Mas não é só uma sequência de fatos, é a busca do espaço seguro, tal como o pássaro em busca do ninho ou como as tartarugas que usam as correntes marítimas para migrarem de um local para o outro.
Permita que sua pequenez traga à tona a ignorância na flagrante incompreensão de si mesmo(a). E, ao invés de reduzir-te, amplie as infinitas possibilidade de representação do mundo.
Fotografia
Atento ao olhar de luminosidade
Esquadrinha a geometria de um flagrante
Magnífica captura de um insight
Doce acalanto da imortalidade evidente.
Uma imagem em clara objetiva
Reflete cores, luz, harmonia e sensibilidade.
Dá o tom de alegria em simetria
Misturando lembranças à doce saudade.
Testemunha de muitos olhares
Observa a intimidade ilusória
Sentimento original, real e evidente.
Consagração da ficção das memórias.
Retrata escritos, sons e imagens
Esplendor e a dádiva da natureza.
Compõe a cena em um clique pleno
Essências de emoções e de muita beleza.
Num instante torna-se a preferida
No seu feitio, a mais doce poesia
De tornar real uma evidência
Fotografia, o seu nome é Magia.
Perna exausta de um coração quase desistente
flagrante ensejo de ser
quando não se é
nem se está presente
o oculto encerra tempestades
as ideias desabrocham em imagens
e as bolhas do tempo
ao relento
apenas descobrem-se nelas
nas estranhas e doces passagens
ainda escuto o vento
cantando seu silencioso lamurio
para a multidão correndo em desvario:
ninguém sabe aonde vai
mas todos persistem
insistem
na brutal essência do existir
como a amálgama de uma conta
entorpecida em si mesma
não enxerga a beleza
dos arredores
dos corredores cheios de flores
das estradas cálidas
das nuvens pálidas
da areia a escorrer minutos…
Em um instante a vida passou. Aquele retrato empoeirado da estante garante um momento flagrante de um momento distante, flagrante o olhar saudoso daquele minuto que teima em parecer eterno. Em um minuto ganhamos, perdemos, as vezes distraídos demais não nos damos conta que Jajá passou e que agora ficou para trás. Queria ter o domínio do tempo, não me contento que o momento que não passa lento fique na memória, como um filme, uma oração, um acalento que acalma o coração. Átrio esse que hora acalma, pouco depois acelera, sofre as dores daquele minuto, daqueles conjuntos de minutos que chamamos de vida. Ah, e a vida, seria ela uma lição para doar completamente o melhor ao próximo enquanto estamos aqui? Instantes, aqueles que pedimos só mais um minuto, para olhar nos olhos, para as almas, compreenderem que a incondicionalidade da presença e do mero estar ali não tem preço. O minuto passa... Desliga o som, ouça a voz, deixa o celular, aprecie a vida perto de você, um dia seu maior pedido será não esquecer os instantes de vida, do cheiro, da risada, do tom de voz e nesse instante só restará saudade e gratidão a Deus por cada minuto.
No Brasil não há justiça e a meritocracia é um mito diante de flagrante desigualdade de condições de origem racial.
Há na essência do livre pensamento
Um sensível estado puro, de alma…
Num flagrante delito, de corpo ausente
Há um poder, que limites não tendo
Se faz cais que acolhe, ambiguamente…
É um estado ébrio, de incontida ilusão
Sentida loucura, vestindo-se liberdade.
Como bruma, nevoando lubrica excitação
Que subverte, evapora-se pura realidade…
Mas nesse contexto irreal de impunidade
Há um juiz que se julga, inconscientemente
Nascido conluio, entre prisão e liberdade
Entre a consciência e o que a crença invente.
Certo não sendo, juízo de igual instância
Livre pensamento, ou pensamento livre
Talvez distância, entre saber e ignorância.
Pois só quem, preso, o pensamento tem
Absolve ou culpa, julgando-se, impunemente...
Nada do que eu fale neste ápice de fascínio, nada do que meus olhos te mostrem neste flagrante de fraqueza, corresponderá ao que sinto por você. Indecifrável.
Flávia Abib
[entrelinhas]
amei-a
nas entrelinhas
de um poema
e
tudo não passou
de
um flagrante
de
raro deslumbramento