Filha mais Velha
Velha Incoerência
Com ódio no coração
Por alguém ou devido a alguma circunstância
Pede Paz, apesar da alma em guerra
Festeja. Comemora em união
Ao Novo Ano, pede luz e pede amor.
Porém, é incapaz de respeitar o próximo. Sequer tem amor próprio. A mente é uma escuridão
Passa o ano emanando sentimento tóxico
A saúde é o pedido mais importante
Mas não tomou a vacina contra a covid.
Consigo, isso é até irrelevante, mas um descaso com o seu semelhante
Seria só ignorância, ou ao puro desprezo a sua atitude coincidi?
Joga lixo na rua, desperdiça água, suja
as areias das praias
Mas quer um planeta e uma sociedade melhor pra viver
No supermercado, passar as compras e deixa o carrinho vazio no caixa. O próximo que tire
Os anos novos passam, e pouco se propõe a aprender
Propaga a importância da gentileza nas relações
Mas dirige álcoolizado e não cede o lugar para um idoso
Cultiva com orgulho a prática do "jeitinho brasileiro".
Mas, espiritualmente, se autodeclara um ser bondoso
O egoísmo e o materialismo estão no controle. Mas diz ser cristão
O racismo e a homofobia toma-lhe a alma
Os seus desiguais, humilha e discrimina
Promovendo tristezas e gerando trauma
Diante das tragédias, ajuda aos necessitados
E empenha muita dedicação
Uma foto bacana, ao fundo a caridade, é publicada
Pronto. Papel cumprido como cidadão
Diz que deseja um Brasil melhor
Se revolta com o descaso político e se sensibiliza com a pobreza do irmão
Contudo, apoia as covardias do Bolsonaro
E até do Lula, já aceitou a corrupção
O Ano Novo fica confuso sem saber o que fazer
Quer acreditar no coração, mas não é o que está na mente
Então passa dia a dia até e torna-se velho
Na esperança de um ano possa decifrar essa gente
Contudo, 2022 já está coroando
Vai nascer com a tradicional missão de renovar
A esperança, os sonhos e os sentimentos
E a magia da virada vamos todos celebrar
Feliz Nova Partícula do Tempo. E, se possível, com o mínimo de coerência entre o que desejamos e o que praticamos.
Até aqueles cuja a alma é velha guarda uma criança em si que ainda necessita brincar para prosseguir no crescimento enquanto continua aprendendo a viver em busca a plenitude
A velha máxima diz: diga-me com quem andas que eu te direi quem és.
Esta máxima se adaptou à tecnologia e hoje diz: diga-me a quem tu segues, com fidelidade, nas redes sociais, que eu te direi as características dos teus valores reais, bem como o quanto você permite que o seu intelecto seja absorvido pelos conteúdos daqueles que te servem como referência para influenciar seus pensamentos e conceitos de vida e de sociedade.
Despi-me da velha criatura,
O vento soprou,
Não sobrou nada...
Nem as carcaças,
As peças perdidas,
As histórias mal contadas.
Os golpes da tristeza,
Os copos da embriaguez,
A fuga do eu mesmo,
A vontade de me excluir.
Sou hoje a imagem do que me Criou,
Não busco algo em mim,
Cheguei à compreensão que não a nada em que eu não possa melhorar,
Vontade de conhecê-lo e crescer na Tua vontade.
Conheci a plenitude do mundo,
Nada ganhei,
Quase por completo me dei,
Perdi-me,
Ele me achou aos cacos, e juntando os pedaços,
Deu-me vida.
RESPIREI.
Hoje, um democrata da velha escola exigiria, não liberdade para a imprensa, mas liberdade da imprensa; no entanto, enquanto isso, os líderes se transformaram em parvenus que têm de garantir sua posição perante as massas.
MEMÓRIAS ENCONTRADAS 🌺
A casa velha continua muito bela
Apesar dos anos que vai passado por ela
Paredes de pedra de cal já gasta
As árvores são versos que a terra
Escreve no céu e os pássaros fazem casa
Entre as memórias curtas de verão
Da casa velha poucas lembranças guardo
Mas sim dos fantasmas que oiço
E que nas suas caves ainda habitam
" Uma casa velha pode ser até reformada, trocada os móveis,
as cortinas e as pinturas, porém tem que retirar aquele cheiro de velho que fica.
Assim somos nós na presença de Deus.
Renovamos o exterior, contudo o interior está com o mesmo odor.
Cheio de intrigas, invejas, cobiças, fofocas etc..., mas tudo isso as escondidas".
A desculpa mais “esfarrapada” que se ouve por ai, seria aquela de sempre, a velha e surrada, falta de tempo, empurrando sempre a realização daquela ideia para amanhã. Porém dificilmente chegamos à conclusão de que esta ideia de hoje pode ter sido aquela de antes de ontem, prorrogada para ontem, e já cogitada hoje, para ficar para amanhã. Por isto, qualquer pessoa comum, pensa sempre em como passar seus dias, mesmo que numa quarentena, porém outras, Já estão sempre procurando motivos para usar estes dias de maneira mais proveitosa possível, pois nem os maiores especialistas do mundo, tem certeza do fim desta pandemia. Nunca exija tanto de ninguém, do que possa fazer a ti próprio. Contar com o esforço alheio, enquanto estavas inadimplente às suas funções, é vergonhoso e podes até ser comparado como “chupim”, “parasita”, “sanguessuga”, etc. etc. etc. Use sua mente à teu favor, nunca contra, portanto, antes de se achar o mais esperto dos mortais, mude rapidamente tal atitude, e reconsiderando aquela humildade esquecida, mas que te dava dignidade e uma vida de amizades verdadeiras.
(teorilang)
COMPREENSÃO
A rua onde nasci era larga e extensa de vozes.
Nela havia uma velha casa de espera e de descobertas.
Minha mãe me ensinava a brincar de ver.
Ficava ao meu lado e com suas mãos me entregava seus olhos.
Dizia-me: O que vens?
Eu menino, com zeloso brio elaborava narrativas não aparentes.
As vezes via um pássaro falando com o vento.
Ora, era um arco-íris despontando no anoitecer.
E até eu voava, buscando palavras com asas.
Lembro-me quando lhe disse:
- Estou vendo uma dança no céu.
E ela pediu-me para tomar cuidado com os instrumentos, marcar os passos, ouvir a sinfonia.
E asseverou: Veras na vida aparências e essências.
Mas não tenha receio de vislumbrar.
No fim o que fica é o que se olha para dentro.
Antes de saber ler e escrever compreendi a ver poesia.
Carlos Daniel Dojja
In Poemas para Crianças Crescidas
Saudade do tok tok da velha máquina de escrever!
é como a batida do coração a cada letra impressa.
O pulsar das letras faz correr o sangue das palavras.
Vamos juntos construir uma Barra Velha próspera, com foco no desenvolvimento do turismo como geração de valor e oportunidades. Uma cidade que coloque os interesses coletivos dos barra-velhenses e das próximas gerações acima dos interesses individuais.
Não sou deste mundo só estou de passagem,
Minha alma é velha e precisa de mais dosagem .
Algo que a inspira, que eleva a ápices de sensações e sentimentos raros .
E quanto mais ela soma isso dentro dela mais ela procura.
Minha alma velha é eterna, a cada vida que se hospeda se renova e recomeça .
Havia uma velha dama de Praga,
Cuja linguagem era de todo vaga,
Quando lhe diziam: “São toucas, essas que vês?”, ela respondia, “Talvez”
Essa oracular dama de Praga.
"Como o tempo nos muda"
comenta a velha senhora, velha poetisa,
mirando a foto antiga na orelha da obra.
Estação após estação
ela amou o viço das cores, o sabor das rosas,
a graça dos movimentos, o passar dos rios,
as nuvens douradas tangidas pelo vento.
Ano a ano alimentou-se de lírios e livros
e amores poucos, porém intensos.
O sol já não banha sua face com a juventude da brisa
a mão erra pelas páginas, tocando paisagens mudas
as letras tornaram-se miúdas,
os amores se foram,
os sonhos se incorporaram ao céu azul-negrume.
Somos só perfume.
As estações despertam sem pressa
nascem todas por igual
na muda do tempo que não muda
sob terra e cal.
Sinto-me como uma ponte velha de madeira, que já suportou coisas bem pesadas. Mas hoje com a simples passada de um carro leve, dismoronei e sentir-me afundar em um rio profundo de tristeza e caos!!!
Idade para mulheres...
Ela adolescente, quer ser mais velha...
Ela jovem, acha que 30 é velha...
Ela aos 30, está preocupada com fios de cabelos brancos...
Ela aos 40, decide deixar pra lá e viver pra frente, não pra trás. O que quer viver, não o que poderia ter vivido...
Aos 50? Depois te conto...
Em uma calça velha não coloca
remendos novos.
Afinal pra quê voltar atrás se não
é possível ser como
Antes.
Quem for paulistano da gema, que viveu na velha e querida Sampa dos anos 50 e 60, vai se lembrar...
E quem só conhece essa loucura que é a Sampa de hoje em dia, pode acreditar que foi assim mesmo...
"Ai que saudade que tenho, da aurora da minha vida..."
Serve para muitas e muitas outras cidades deste nosso Brasil,
basta mudar certos nomes, e lembrar, vale até enxugar uma lagrimazinha teimosa...
Lembranças de um tempo que não volta mais...
Quem viveu, pode lembrar
Ósculos e amplexos,
Marcial
A VELHA SÃO PAULO DA GAROA
São Paulo, que terra boa...
Marcial Salaverry
São Paulo, sempre foi uma das grandes cidades do mundo, e sempre a maior do Brasil. Mas quem vê esta metrópole alucinada de hoje, e a conheceu em outras épocas, forçosamente sentirá a saudade batendo forte no peito.
Era outra vida, era o tempo das serenatas... Aqueles rapazes que pretendiam conquistar suas eleitas, cantando sob suas sacadas, e as donzelas, sempre suspirantes, assomavam às janelas, sorrindo enlevadas para seus apaixonados. Eram lindos romances.
As crianças dessa época apenas sabiam brincar, ignorando totalmente essas coisas de namoro. A infância vivia uma verdadeira infância, sem queimar etapas. Existia algo chamado inocência. Apenas na entrada da adolescência que começava a existir aquele namoro “de portão”, e assim, as serenatas eram um meio para os rapazes demonstrarem seus sentimentos às jovens. Hoje, bate uma saudade incrível desse romantismo gostoso. Piegas, porém muito gostoso.
Andava-se tranquilamente pela cidade. Era possível brincar nas ruas. E existiam aqueles jogos de "sela", “uma na mula”, “dono da rua”, jogava-se futebol nas calçadas, e com bolas de meia. Alguém sabe o que é uma bola de meia?
Claro que havia indivíduos que viviam fora da lei. Eram chamados malfeitores. Mas nem eles agiam com violência, principalmente com essa violência gratuita que vemos nos dias de hoje. Até para isso havia uma certa ética que eles respeitavam. Tivemos alguns nomes que marcaram época, como Meneghetti, Sete Dedos, que entravam nas residências, roubavam e saiam, sem que ninguém notasse sua presença. Tudo dentro da mais estrita “ética profissional”, sem nada de violência.
Não havia esse consumo desenfreado de drogas, essa maldade que se encontra hoje, quando as pessoas de bem precisam viver enclausuradas, com medo da violência das ruas. A rua era nossa, podia-se passear e brincar à vontade. Havia um costume de época, quando vizinhos se reuniam à porta de uma das casas, colocavam cadeiras na calçada, e o papo avançava noite a fora... Não havia a tal da televisão, que tirou esse costume tão gostoso, e agora totalmente inexistente "graças" ao advento do computador e do celular... Pràticamente não se conversa mais, apenas se digita... Havia uma convivência saudável, e havia um enorme respeito das crianças e jovens pelos mais velhos. Sua palavra era quase lei.
São Paulo com seus bondes, com o charme fantástico da Avenida Paulista, e seus palacetes, com que os “Barões do Café” ostentavam sua opulência, sem que precisassem temer serem sequestrados.
O que dizer então da Avenida São João, e seus lindos cinemas, como Metro, Art Palácio, Paysandu, programa obrigatório dos fins de semana. O Ponto Chic, e seu famoso “Bauru”... Haja saudade...
E as salas de espetáculo como Odeon, na Rua da Consolação, com as Salas Azul, Verde e Vermelha. No carnaval, os bailes do Odeon eram o ponto alto naquela bela Sampa.
Na esquina da Rua Consolação com a Av. São Luiz, havia a Radio América, onde nos fins de semana assistia-se a monumentais shows musicais. Por exemplo, os Quitandinha Serenaders, um conjunto que arrasava... Não podemos esquecer um jovem que tocava bandolim genialmente, chamado Jacob do Bandolim, e o que dizer dos Titulares do Ritmo, que era um conjunto formado por cegos, e que a todos encantavam com sua arte... Não podemos esquecer uma menina em começo de carreira que arrasava corações juvenis, chamada Hebe Camargo. E um garoto que ela chamou de “principezinho de olhos azuis”, ganhando um gostoso beijo nas bochechas... Inesquecível... Será que ela reconheceria hoje esse "principezinho"? Dos 8 aos 80 mudou alguma coisa...
Nessa época, ainda havia a famosa garoa... Acho que a poluição matou a garoa... E como era gostoso passear a noite, curtindo o friozinho saudável dessa velha garoa... Av. São Luiz, Praça da Republica, Av Ipiranga...
Nos dias de jogo no Pacaembu, o charme era voltar a pé, para uma paquera na Praça Buenos Ayres, um dos pontos mais lindos daquela São Paulo, descer pela Av. Angélica até o Largo do Arouche, para ir patinar num rinque de patinação, que era o ponto de encontro da rapaziada, sempre naquela tentativa de um namorinho com as meninas que lá iam, sempre com seus pais. As meninas “de família”, jamais saiam sozinhas...
Essa era a São Paulo daquela época... Não é para sentir saudade? “São Paulo da garoa... São Paulo que terra boa...”
Marcial Salaverry, com muita saudade, deseja a todos UM LINDO DIA, e a SAMPA, um FELIZ ANIVERSÁRIO...