Fetichismo da Mercadoria
Eles ainda estão procurando vida lá em Marte enquanto destroem a vida aqui na Terra. Não são vidas o que eles buscam, são novos mercados.
Eu não nasci pra usar sapatos,
Eu não nasci pra pintar meu rosto de alguma cor,
Eu nasci pra ter caráter.
Simplicidade.
Eu nasci pra poesia.
O resto se compra.
Mas eu não estou à venda.
Não sou mercadoria,
Não estou exposta numa prateleira para ser escolhida.
Eu sou da música, da poesia,
Sensível, sem ser destrutível,
Sensata, às vezes até chata...
Uso a emoção em doses homeopáticas,
Controlada, nem sempre,
Mas nunca desorientada.
Cansada...
Das futilidades do mundo,
Procuro respirar fundo,
E me encontrar nas coisas que o meu Deus criou,
E nas pessoas que Ele inspirou,
Pois, não estou à venda,
Não sou mercadoria,
Nem estou exposta numa prateleira, esperando alguém me escolher.
Eu tenho valor.
Se você não está disponível para todos, não se exponha. Não se coloque em vitrine se não quiser receber pechinchas. Quanto maior for a quantidade da mercadoria, menor será o seu valor. É a lei da oferta e da demanda.
Além dos proprietários de terras, de mercadorias, de máquinas e de dinheiro, existem, ainda mais numerosos, os proprietários de capitais pessoais, que se podem alugar, vender ou fazer frutificar como os outros. São os proprietários e locadores de força física - camponeses, operários, soldados - e proprietários e prestadores de forças intelectuais - médicos, engenheiros, professores, escritores, burocratas, artistas, cientistas. Quem aluga os seus músculos, o seu saber ou o seu engenho obtém um rendimento, que pressupõe um patrimônio.
(Relatório sobre os homens)
O ARMA DO CRIME...
Ao puxar a arma, armou-se de ira e valentia,
Porém, e sempre existe um porém,
A batalha era de ideias, pobre criatura,
Vendo então que suas bravatas não tinham serventia,
Apelou para deuses de falsos pregadores, lástima,
Também os deuses eram falsos, simples mercadoria,
Tentou o ódio, tentou a falsidade...
Acabou vítima da própria idolatria.
O crescimento econômico libera as sociedades da pressão natural, que exigia sua luta imediata pela sobrevivência; mas, agora, é do libertador que elas não conseguem se libertar. A independência da mercadoria estendeu-se ao conjunto da economia, sobre a qual ela impera.