Fazendo a coisa Certa
Certa vez, sonhei com olhos escuros, os meus.
Refletiam imensa amargura guardada.
Eu quis fugir dali, eu quis dizer adeus.
No entanto, não pude, estava parada.
E eu me vi presa em grandes montes de solidão.
Tão gélida que era, e tão densa que fez-me afundar
Em águas encharcadas de desespero, e exaustão.
Adormeci então, anestesiada pela velha nostalgia.
Que vinha, me abraçava, e logo partia.
Corri pela chuva morta que pelo fulcro escorreu.
Lassa, quis arrancar de mim toda agonia mantida.
Rasguei-me assim, em pequenos pedaços do que foi eu.
E procurei, em vão, qualquer saída.
A partir de certa idade, não é mais a felicidade que se busca, ou questão de está certo ou errado, e sim a paz, e talvez essa seja a forma mais profunda e transcendental da real felicidade.
As vítimas tendem a ser mais clementes, de certa forma, porque tiveram essa experiência e não querem que outros a vivenciem.
As pessoas tendem, de certa, a querer perdoar e esquecer para que possam se curar. E o esquecimento é disfarçado como uma forma de remediar a cura, esquecendo.
As vezes deixamos a pessoa certa ir, não porque queremos mas porque é preciso!
Os tempos de Deus são diferentes!
Voz -
Certa vez, num tempo que não é daqui,
escutei perto de mim uma lânguida voz!
Alguém que antes nunca ouvi,
e que terna me disse:"Não estás só!"
Não era deste mundo
essa voz de oiro e de cetim,
tocou-me forte, bem fundo
e levou-me além de mim ...
Então prosseguiu:"As pessoas não
nos pertencem, fazem parte de nós!
Somos Unidades de Vida!" E tocou-me na mão ...
"Somos pedaços de Amor que algures se encontrarão,
à luz de um novo tempo, de vida e esperança
num Universo de Cristal e pura gratidão..."
(Para Maria Flávia de Monsaraz)
Collina
Tão errada (ou certa demais.), quanto linda
Era mais que meu espelho, essa guria
Não sabia, e não fazia que sabia.
E eu, sabia menos ainda.
Do que?
Ué, sobre a vida.
Por vezes a gente achava que tinha sido esquecida.
Por muitas, a gente espalhava rancor e alegria.
Li que ao contrário das montanhas, é uma elevação com decline suave, a colina.
C
O
LL
I
N
A
É também um nutriente que quando ingerido, faz bem pro coração, exatamente comovocê tem agido no meu e me mantido viva.
Esse é um pequeno, simples, confesso e confuso poema em memória de minha amiga sublime, potente e insubstituível, que agora faz parte deste todo ar que respiro, este poema é seu, Priscilla Da Collina.
Uma poetisa russa disse, certa vez, que o amor de uma mãe é como a cauda de um escorpião. Flexível, preciso e cheio de veneno.
Estão todos procurando a pessoa certa em outras pessoas,
mas ninguém está procurando ser essa pessoa.
Por isso elas nunca as encontram.
Estão todos buscando colher. Ninguém está plantando.
Acho que descobri por que gosto tanto de ir embora.
Quem parte abandona, de certa forma, a dor.
Quem fica, fica com ela.
"Certa vez trabalhei em uma empresa; cujo ramo de atividade havia muitos CONCORRENTES, o lema desta empresa era: --- NÃO PRECISAMOS APAGAR A LUZ DO VIZINHO PRA FAZER A NOSSA BRILHAR -- está empresa era a primeira. Talvez faça sentido para você"
Disse certa vez Paul Valéry: “Quem não pode atacar o argumento, ataca o argumentador”.
Você já ouviu falar do ad hominem? Pois bem, é isso que o calvinismo faz contra o Arminianismo desde quando surgiu a controvérsia.
A gente nasce com uma certa taxa de hormônios da paixão, e essa taxa possui as doses certas para cada apaixonamento. Na vida, a gente vai se apaixonando e desapaixonando. E quando a gente se desapaixona por alguém, acabou, não há reposição hormonal para se apaixonar pela mesma pessoa.
Fora disso pode ser desequilíbrio hormonal, ou carência, ou problema de baixa autoestima, ou ideia fixa, ou até mesmo sentimento de posse.
- Quem és?!
Perguntaram-me certa vez.
Respondi:
- Sou e serei tudo o que resta quando tudo o mais que existe se transformar em pó. Sou Poeta! Sou Poeta!
..... Seguindo a Via-Láctea
Que é a rota mais certa
No expresso da imaginação
Que passa a noite por minha janela .....
