Exaltação
Estamos em um tempo de inversão de valores,
Onde o materialismo, a exposição, e os defeitos são exaltados...
Importando somente, a quantidade de visualizadores,
Nunca as mensagens e seus verdadeiros significados...
Tudo o que os homens acumulam, projetam e fazem acima da superfície da terra, não podem exaltar a Deus, exceto a vontade de provar obediência a Seu Filho Jesus como seu Senhor.
A salvação é gratuita; O rico não pode se exaltar pela exclusividade de ter e nem o pobre pode se lamentar por não receber.
Dominar sua área de atuação é obrigação de todo profissional, não razão para exaltação; O verdadeiro sábio busca evoluir diariamente suas habilidades, sempre mantendo a humildade.
SONETO À ARAGUARI
Os pés da infância de te é distância
O olhar ainda em ti é de lembrança
Que veem e choram na sua fiança
Dentro do peito com significância
És cidade mãe, de minas a aliança
Em ti sou vinda, a mim és rutilância
De alusão, quimeras e substância
Desenhando e roteirizado herança
Vida que morre, é tal, a vida que vive
Caminhando comigo, assim, mantive
A minha história, que eu nunca perdi
Menor dos meus desejos, de te tive
Boas memórias, em ti sempre estive
És flor na lapela: altaneira Araguari!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Agosto de 2016
Cerrado goiano
128 anos de Araguari (MG)
SONETO DO CERRADO
Se falas que o cerrado é torto
Também falas sem ter razão
Tem belos vales no árido sertão
Não há porque do ver boquitorto
O pôr do sol é infinito em oblação
As flores rastejam num viver lindo
Sempre vivas no seu vai e vindo
Num vento ganindo verso e canção
Se o espanto aborta com tanto encanto
É porque o cerrado tem o seu encantar
Nele o grotesco é airoso no quebranto
Logo bem vês que admirado é o olhar
Cada desalinho alinha um tal recanto
Por Deus traçado tão contrastado lugar
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Abril, 2016, 10'28"
Cerrado goiano
versos do cerrado
chão agastado
ressecado poema
canto empoeirado
ventos em trema
no estro grudado
do cascalho sangrado
inspiração extrema
dum pôr do sol encovado
num horizonte com fonema
e galhos tortos poetado
no sertão árido com dilema
num cântico sulcado
dum poético ecossistema
choram os versos do cerrado
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano
Canção para o cerrado
Não basta ser anunciado
é preciso dele perceber
o teu chão encantado
diversos no seu haver
misterioso e intrigado
Não basta cantar a aurora
sem a volúpia do vário
do belo que é sua flora
cerrado, velho santuário
peão do sertão, pandora
Não basta uma olhadela
é essencial o banquete
amor doido fado canela
se doar em ramalhete
tal uma virginal donzela
Pra apreciar o cerrado!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
Cerrado Erudito II
Andei sobre o cerrado
Como os bandeirantes
Pelo vale cascalhado
Tortos galhos, gigantes
De pôr do sol encarnado
Imaginei uma poesia
Como poeta do cerrado
Devaneei na tua magia
E o teu cheiro foi inalado...
Saudades, choro e alegria
Pelo memorial empoeirado
Então, como Cora Coralina
Eu cantei versos ao luar
Neste chão, e céu anilina
Pra a sedução fascinar
Aí, me curvei
Relembrei... na recordação
Da infância que aqui me criei
Espalhadas por este sertão.
Andei sobre o cerrado (...)
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano
Abril, 2018
Cerrado goiano
Canta o vento na folha seca
Dos galhos ásperos e tortuosos
A flora chora por uma trégua
Craquelado em uivos dolorosos
É o arqueado doce seco cerrado
De campos densos e preciosos
Chão goiano irregular e sulcado
Povo alado, de serena alma a trovar
Este cerrado abarroado, elevado
Que o desencanto encanta o poetar
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
09/03/2016, 18'50" – Cerrado goiano
Apanhador do cerrado
Uso o meu olhar para apanhar o cerrado
As palavras tortas compõem o mato crivado
De cascas grossas, cascalhos e céu estrelado
O chão na temporada de sequia, é maltratado
Os jatobás fatigados tão firmes como as perobas
Rodeiam os pequizeiros, tão "bãos" como as guarirobas
Cheiro forte sabor da terra, como as doces gabirobas
Entendo bem o sotaque é o povo deste chão
Sou daqui, tenho respeito a toda esta tradição
Povo das sucupiras, flores rasteiras e abelhas arapuá
Tudo aqui tem força, tem suor, é aqui, é acolá
Assim como a magia do canto da seriema e do sabia
Deste cerrado místico, torto, certo e errado, sempre a brotar
Que o tal desencanto encanta o poeta no poetar
Este quintal que é o maior do mundo, que faz sonhar
Me faz ser apanhador do cerrado, no meu versar.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
30/03/2016, 22'22" – Cerrado goiano
SONETO À GOIÁS
Saudação cerrado! Bom dia alvorecer!
Ouço o vento árido numa brisa quente
Que vem do planalto numa só vertente
Circunvalando os galhos num retorcer
Ipês amarelando o chão, ali cadente
Que divinal, a arte do desigual a ser
Numa beleza que o diverso é prover
Dum céu apinhado de estrela luzente
Boa noite! Pôr do sol da cor do açafrão
Da caliandra que enfeita todo o sertão
Onde a gente vai do cinzento ao lilás
Águas cascalhadas, de som e canção
Timbrando o capim santo em exalação
Numa superfície, num só lugar: Goiás!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
Agosto de 2016 - Cerrado goiano
Infelizmente a tendência de muitas “igrejas” modernas tem sido a idolatria da criatura ao invés da exaltação do Criador.
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