Eu sou uma Mulher Super Perigosa
Ainda que eu saiba toda a doutrina cristã, se não viver cristãmente, sou um antípoda do ideal cristão. Ele não se constrói com o saber, faz-se com o viver.
O meu único motivo de viver agora é minha mãe, sei que não mereço ela, pela pessoa que eu sou, mas não me imagino sem ela aqui do meu lado. Eu vivo por ela eu faço tudo por ela. Ela é meu remédio pra minha depressão.
Minha identidade são minhas lembranças. Então, sou para você o que se lembra de mim; mas, se eu for me esquecendo de mim e de você, não me obrigue a retornar, para sermos os mesmos. Quero ser outro, quando você melhorar.
Não que eu não seja ninguém. Sou alguém sim mas muito fraco, frágil e sozinho. Na educação, na arte , na cidadania, na cultura brasileira. Sou enfim como um pequenino e colorido passarinho sonhador beija-flor diante do Grande Incêndio da Floresta...com o meu biquinho pequeno e voo desajeitado levo de cada vez uma ínfima quantidade de água do rio para ajudar a apagar o fogo e esperando que os grandes elefantes, os poderosos leões, os cômicos macacos e os ágeis veados façam a sua parte e em conjunto extinguiremos unidos de uma vez e para nosso bem a fornalha incandescida gerada pela nefasta situação. Sendo assim, apos apagarmos o fogo reconstruiremos aos poucos nossa tão sonhada identidade, soberania e liberdade por uma nação brasileira fraterna heterogênea forte e feliz nos edificantes caminhos para um prospero amanha.
Se eu sou o que tenho, e perco o que eu tenho, quem realmente eu sou?! Portanto, lembre-se, nunca perca seu equilíbrio, se posicione da melhor maneira que seu psicológico puder, mas, a última coisa que não pode ser perdido é a educação. Ela é o guia para te erguer.
Ser ou não ser...
Não é essa a questão!
A questão é viver, sendo e não sendo o eu que sou
Ser alguém que não seja ninguém
E não ser quem não será alguém
Deixe-me
Deixe-me no meu silêncio
Deixe-me chorar sozinho
É assim que eu sou
Sempre foi assim
Deixe que minhas lágrimas me console
Deixe a minha dor ser expressa nesse semblante sem alento
Não me chame
Essa noite quero ficar só
Mergulhado dentro de mim mesmo
Talvez assim a dor passe
Talvez assim eu acorde desse estranho e doloroso sonho
Roubaram eu de mim: Não posso mais ser racional, pois se não gosto sou preconceituoso, se gosto sou hipócrita.
quanto mais eu me pergunto quem sou? mais distante fico de mim mesmo! agora quando estou com minhas mascaras sei exatamente o que represento para o outro!
Eu não sou boa com as palavras. Tenho paciência curta. Nem sempre sei ser doce e delicada, como eu gostaria de ser. Se fico brava ou me irrito muito com algo, eu não paro pra pensar, e viro uma espécie de dragão que cospe fogo ao falar.
Dependendo da situação, às vezes quem sai queimada, sou eu mesma!
É que eu sou do sertão!
Sou um fruto travoso demais!
Sou lá de longe do morro seco, sim.
As emoções são quentes por lá.
As lágrimas são mais salgadas.
A sede é incessante no verão.
O bigode delas é de Portugal.
Mas o cabelo é latino.
O agreste é holandês no Brasil.
Mas o sertão é um Brasil espanhol.
O gênio é de drama lá.
Mas o amor é apimentado.
Eu vim para o norte.
Aqui faz calor o ano todo.
Mas também sempre chove forte.
Trouxe minha força de sobrevivência.
Mas aqui o ritimo é de crenças.
Dançam a magia da floresta.
Amam como colhem o açaí.
Adoçam frutos ácidos.
Aqui mudei o ponto de vista.
Não há briga de touros na empoeirada avenida.
Mas sim de araras no céu nublado.
Não falta agua limpa nas torneiras.
Mas falta acesso a muitos direitos constitucionais.
Mas eu continuo aqui tentando sorrir mais.
O desafio é meu como mulher de fibra.
A conquista depende da minha coragem.
Eu vim de lá do sertão.
Aprendi cedo a respeitar pai e mãe.
Mas também a defender minha vida na unha.
Essa cara feia feia de sábado com ar de segunda.
Eu não estou sempre sem ela.
Mas ela não diminui meu caráter.
É que sou brava, mas tambémm justa.
Eu sou sertaneja de raiz numa cidade nutella.
Hoje sou do mato indústrial.
Mas já fui poeira vermelha.
Eu sou seca só de expressão.
Mas de coração não.
No sertão nasceu o meu.
Mas foi no pulmão do mundo que se perdeu.
Mesmo assim, ainda bate em mim uma saudade.
A de ver outra vez minha serra da russa.
Antes de chegar nno alto sertão.
JÁ NEM SEI
Não sei se sou eu que grito
Ou roubei a voz de alguém
Se a dor que sinto é minha
Ou sofro por outra pessoa
Já nem sei se sou dona dos versos
Ou eles são donos de mim
Como é duro ser poeta
Que se afoga nos próprios versos
Ora chora
Em outra ri
Se esvai em grãos de areia
Renasce da folha morta.
Tudo que tenho é ser. Então eu sou, nem sempre sou alegria, mas tenho esperança no meu e no seu viver.
