Estrada
O asfalto é como um cão sem dono, pode ser o seu melhor amigo, mas, se você não o respeita, acaba sendo mordido.
A mente do ser humano é como se fosse uma rodovia de mão dupla, vai carros e vem carros (vai pensamentos e vem pensamentos ), e se nós não tivermos cuidado ,e controle os nossos pensamentos pode termina se chocando um com o outro e causando um acidente na nossa mente , ai terminaremos chorando pelos sonhos que morreram e as promessas que se foram , mais quando nós controlamos os nossos pensamentos tudo termina muito bem, dirigindo bem a nossa mente chegaremos ao lugar certo.
Hoje congelei o tempo;
Pois minha mente já não o acompanhava...
Foi por causa desta paisagem que avistei, ao redor desta estrada
O vento soprava em minh’alma enquanto eu caminhava
Logo, meu ser aos poucos se purificava...
Nada de ruim em meu ser permaneceu
Somente uma linda melodia, composta pelo dia
Senti a presença de Deus ao meu lado;
Permaneci calado, tentando decifrar o que Ele tinha para me mostrar
Os pássaros cantando nas arvores, as ondas do mar quebrando...
Tudo foi se encaixando, calando minhas dúvidas,
Meus pés descalços na areia, foram gravando cada passo dado;
E para trás foram ficando, pois continuei caminhando...
Sei que o Mundo não é perfeito, pois assim o criamos;
Através dos nossos erros aprendemos, mas também nos enganamos;
Assim como a Terra gira em tono de si mesma e do Sol
Nós giramos em torno de nossas crenças à procura da verdadeira fé.
Para que possamos nos manter em pé ao logo desta estrada;
Cada pessoa nascida, já é destinada a percorrê-la;
Pois a única certeza que temos é que em algum quilometro dela ficaremos.
Às vezes, o caminho que já não leva a lugar algum é o mais prazeroso de seguir, pois passamos a percorrê-lo sem pressa, apreciando suas belezas já que nos libertamos da expectativa da chegada
Sou todos os ventos. Em alguns dias, brisa, outros, tempestade, hoje, por exemplo, amanheci calmaria. E com tudo de bom que esse calmo dia me traz, não me envergonho dos outros dias. Aqueles em que fui brisa, levada pelo vento, tropeçando nas pedras, tão absorta na paisagem que as vezes saia sem muito perceber da linha delicada da boa estrada, perdendo-me distraidamente na caminhada. Vivi também incontáveis dias de tempestade, as quais, uma certa dor que sinto, tenta bloqueá-los da minha memória, porém em vão tornou-se esquecê-los, talvez até desnecessário. Preciso também dessas lembranças, desses dias, eles fazem-me valorizar a calmaria. Tenho tanta força vinda desses incontáveis dias, todos os ventos que fui, o que sou e o que não sei o que serei amanhã. E não envergonho das mudanças e absorvendo como terra em tempos de seca todos os aprendizados que ganho. Não se envergonhe dos seus ventos, dos seus dias, porque todo o mundo já foi um dia, brisa, tempestade ou calmaria.
Quando aquela deusa sinuosa, chamava-nos novamente. Não pensávamos duas vezes para segui-la... Para seguir em frente. Éramos lobos indomáveis, livres; e a estrada era simplesmente a vida.
#QUASE #UMA #PRECE
Para alguns falta o pão na mesa...
Para outros, a alegria de viver...
Alguns são ricos e abastados...
Outros tantos nada fazem por merecer...
Não há mentiras...
Não há mistérios...
No escondido...
Aonde nascem as preces...
Nossas vidas precisam recomeçar enquanto há tempo...
Enquanto ainda existir horizonte...
Sempre sonhando...
Adiante...
Mas se você não acredita nisso...
Lamento...
Assim eu creio...
Posso e quero...
Mude seu destino e tenha fé...
Se cair...
Ponha-se de pé...
Veja no amor a chance da luz aflorar...
Em tudo...
Que está no ar...
Onde os minutos fazem toda a diferença...
Possa Deus, meus pensamentos, silenciar...
Encher-me de paz...
Preparando minha jornada...
Colorindo...
Com muitas flores...
Minha estrada...
Sandro Paschoal Nogueira
Quando todas as luzes de fora se apagarem, lembre-se que a maior de todas elas está dentro de você e que é dela que vem a chama que clareia os teus caminhos.
Nunca fez sentido você correr por alguém que mal se move por você. Pessoas com kilometros percorridos não combina com quem mal tem um caminho idealizado. Ande só que seja, mas não fique pensando que o mínimo é o melhor que você merece.
DIFRAÇÃO
Esse costume de ir deixando
Parte de quem somos
Um pouco aqui
E um pouco ali
Á cada lugares que pisamos
E ao final das contas
Permanecemos inteiros
Mas fragmentados pela estrada
Onde cada frase dita
Pode ser parte da minha difração
Às vezes, a vida muda as placas do caminho não para que nos percamos, mas para possibilitar novos encontros.
O tempo é supempo
O tempo é homem
O tempo é mulher
O tempo morre
Quando quiser
O tempo vive
O tempo revive
Como quer
O tempo é “flórida”
O tempo é capital
O tempo é tempo
De nada afinal
O tempo é estrada
Toda calçada
De tempo surreal
O tempo é voraz
O tempo é hostil
O tempo é doce
O tempo é viril
O tempo não fala
O tempo se cala
O tempo é sutil
O tempo quer tempo
Do tempo da lua
O tempo é vida
O tempo extenua
Foi tempo destempo
Não é passatempo
É tempo supempo
Que o amor perpetua
" A vida é como uma longa viagem. Aproveite as passagens, paisagens, os lugares e histórias. Aprenda com os erros e acertos na estrada, pois ninguém, mas ninguém mesmo, pode te contar como vc será recebido ao chegar no final do caminho."
Quando chegaste ainda não éramos. Foi preciso começarmos a ser para existirmos. E devagar, bem devagarinho seguimos pela estrada. Estradas diferentes. As existências fazem-se por estradas que fazemos, de alcatrão sujo e brita pontiaguda. Pés exangues, por vezes. De fadiga e esperança, de alma cabisbaixa e bonança, a estrada vai-se ladeando. Colhemos e desapegamos. Avançamos e deixamos para trás. Paramos e andamos, mas parados andamos. E chegamos, um dia. Assim, sem esperar, como se houvesse um terceiro dia. Ainda não éramos e, no entanto, poderíamos então sê-lo. Juntos. Fizemos estradas de iluminação até à madrugada.
E somos. Já somos uma nova estrada de duas vias, indo na mesma direção.
De mão dada, somos a estrada.
Ainda resta
Por Isla Costa.
E tudo estando perdido
Restam os sonhos
Restam utopias
Em tudo perdido
Ainda há sonhos
Há alegrias.
E quando tudo estiver perdido
Há resquícios de esperança
Há alegria na dor
Em tudo perdido
Há uma renovação no hoje
Há um amanhã na cor.
Só se morrem sonhos
Só se morrem esperanças
Quando não há mais dor
Quando o fôlego morre
Quando a alma falece
Quando o espírito desvanece.
Em vida
Nada está perdido
Nada se acaba
Há esperança renascida
Há vigor na ferida
Há renascer na estrada.
ROSTO DE FLOR
Eu amo essa flor
De rosto corado
E na boca o sorriso
Nos caminhos da escola
A caminho da roça
voltando à palhoça
De tranças compridas...
Vestidos surrados
Comprados na venda
Do senhor português.
E tudo era bom,
Era tudo tão belo.
O sol amarelo
A terra marrom
Dava pra se ver...
Quando a lua dormia
E quando amanhecia.
E o tempo correu
E trouxeram outras flores
E outros desenhos de diferentes cores
E o rosto corado, porém desbotou-se
De tristeza encharcados
Pelos sois que banhou-se
Eu amo essa flor
Que traz nos vestidos
e não mais em seu rosto
Tem sabor do passado
da terra marrom
No sol amarelado
Eu amo a esperança
Que ela traz no rosto
tem um "Q" de dor
E desenhos sem cor
Outrora, corado
Depois desbotou-se
DE lágrimas, encharcados
Pelos sóis que banhou-se.
"...Poucas coisas me pertencem.
Os olhos que me deixaste na sombra.
Aquele beijo soprado no eclipse.
O dia em que te bordei em meu peito.
Poucas coisas me seguem.
A estrada em que teus pés me nasceram.
Tua voz chamando quando eu amanheço,
Com a memória acessa de tuas mãos..."
Carlos Daniel Dojja
In Fragmento Poema Inventário
