Estrada
O CEGO, E O OUTRO QUE VIA
Havia na estrada do mundo
um Cego, e um Outro
que via
O Cego tinha uma estrela
cujo brilho não sabia
A Noite não lhe era um mal
pois não via o que não devia
O Outro tinha três olhos
e pelo excesso sofria
pois via com o olho da sobra
tudo aquilo que não podia
Numa flor via seus átomos
e nessa profundidade desastrada
Toda beleza se perdia
No perfume sentia cheiros
(cada nota em separado)
pelo nariz lúcido e enfermo
que todo aroma dissolvia
E assim, pela estrada do mundo
Ia o Cego, e o Outro que via
O que via indagava a causa
e o Cego gozava o efeito
Sendo feliz porque não via
Contava-se nas estalagens
Por onde a estrada passava
Que Um era a sombra do Outro
E os Dois, partes de um mesmo ser
Cuja felicidade de ver
Somente estava onde não devia
[publicado em Recital, vol.3, nº1, 2021]
Cada pensamento vazio foi preenchido, na estrada da vida já me senti sozinho;
Agora que conheci você, no meu coração está escrito, as doçuras da vida já não a vivo sozinho;
Meus pensamentos que eram antes só preto e branco, agora já estão coloridos;
E a dúvida que existia se é verdade que encontraremos um grande amor, perdeu força, porque conheci você minha docê gabana;
Agora estou repleto de paixão, transbordo amor contínuo como em uma erupção.
E então, percebemos que na estrada que percorremos, nunca estamos sós. Sempre tem alguém na arquibancada da vida torcendo pela nossa conquista e prontos para nos dar a mão quando precisamos.
A Estrada
Eu caminhava em uma estrada
Aonde muitos se perderam a procura do caminho
Nela não conhecia nada
Meus amigos me alertavam mas sempre estou sozinho
A estrada era vazia e o vento ecoava
Aonde passei ninguém que conheço lá estava
Me lembro que sempre minha mãe me alertava
Mas no fim nada disso mudava
Alguns não gostam de mudanças
Já outros sempre criam esperanças
Sonhadores desde quando éramos crianças
As estações passaram
As pessoas mudaram
Amores vieram e acabaram
Amores não se concretizaram
Ideias não planejadas
Expectativas que foram criadas
Amizades terminadas
Algumas pessoas ficaram caladas
Outras simplesmente distanciadas
A bebida não fazia mais efeito
Eu não dormia e não pensava mais direito
Não é todos que chegaram no paraíso
E tão poucos fizeram o que era preciso
Triste o destino
Na estrada suspensa, entre as curvas das montanhas eu olhava para o espelho d´água do rio a frente e via toda essa imagem me afundando em lágrimas de saudades,
as luzes da cidade ao longe eram vistas, triste o destino de quem vai chegar em outra morada sem alma, sem sentir o próprio coração.
Tudo ou nada...
Caminhando a tempos na longa estrada me deparo com um trevo,
no sentido a esquerda dava direção a um mar revolto com pássaros surfando nos ventos e muitas rochas surradas pelo tempo,
a minha direita seguia em direção a uma floresta de pinheiros, muita neve e uma cabana vazia,
já a minha frente o frenesi da curiosidade, os medos e o sonho de enfrentar o desconhecido, nas certezas de cada passo dado "o nada, o tudo".
Por onde eu estiver ou adentrar, em qualquer estrada que eu percorrer, aqui ou em qualquer outro lugar, tu estará comigo, e de todo o mal me resguardará.
Na beirada encantada,
a lua se fez prata,
o sol seguiu a estrada,
na doce vida pacata.
Taciana Valença
Um poema é estrada desconhecida.
Por mais que se deseja conhecer
Tem-se apenas uma leve impressão
dos caminhos
Muitos dizem!!!
Estou na estrada da Vida, sozinho, só Eu e Deus.
É sério isto?
Sabemos oque falamos?
Oque seria acompanhado?
...entendi agora!
É porque Deus não é um ser.
Faz sentido.
Não há paz de espírito sem deixar de nos comparar. Visualizar somente a nossa estrada, ao nosso tempo, mas se diligenciando diariamente para seguir é uma benção eterna.
Solidariedade
É um sentimento que precisamos desenvolver, uma estrada que necessitamos percorrer. Não faz sentido olharmos para o nosso umbigo e esquecermos o olhar deprimido do amigo.
É ter misericórdia da vida dos desprovidos, para isso temos que mergulhar em suas adversidades, sentir a situação e os envolvidos transformando a teoria em praticidade.
Ela tem pressa e grita todos os dias, porque os necessitados estão sofrendo de adinamia. O forte tem que colocar sua força para levantar os padecidos, olhando para cada um como se fosse o próprio caído.
Alaranjado Céu
Nuvens ligeiras
E passageiras
Casas e estradas
Noite listrada
De um alaranjado céu
Noiva sem véu
Não sei se vai chover
No Brasil não vai nevar
Toda estrada leva a um destino
E eu não sei se vou chegar
Aprendi que...
A estrada da vida não é reta!
Tem curvas e escadarias.
Aprendiz que sou, caminho...
E sigo me perdoando por todos os erros cometidos. Por todas vezes que fui contraditória e injusta. Pelas palavras impensadas que disse. Por ter dado importância para o que não merecia. Pelas vezes que dei poder ao outro e esqueci do meu.
E do fundo do meu coração, por tudo isso, eu também me abençoo!
E agradeço a Deus por cada curva e degrau. Todos eles me trouxeram pra esse momento.
E só ele importa.
Raio e Trovão
Corre em minhas veias tempestade
Viajo em nuvens de fogo
Por estradas, campos e cidades
Sou relâmpago nos olhos do povo
A luz da lua e das estrelas
Faísca no casco dos cavalos
Nosso caminhão iluminado
É constelação, cometa, dragão dourado
Festa, fogueira, rodeio e canção
Essa caravana é luz e calor
Estrela cadente riscando o céu
Não deixa morrer esse sonho de amor
Diz quem resiste a uma paixão
Constante e eterna como a luz do sol
Cruzam espadas, homem, mulher
O branco e o negro, o raio e o trovão
Minha estrada é a cauda de um cometa
Nas noites de lua sou lobo
Tenho amigos em todos os planetas
Mas no mundo dos homens sou louco
A chama do amor cegou meus olhos
Só vejo teu rosto em cada esquina
Tua ausência é como a fome
Seguir tua luz, teu nome, é minha sina
Noites perdidas vagando ao luar
Sonhos guardados no fundo do peito
Por quantas vidas irei te buscar
Estrela do tempo me ensina a esperar
Diz quem resiste a essa paixão
Quente, indomável, força da vida
Cruzam o espaço, planetas e sóis
Vontade, destino, os deuses em nós
A NOSSA ESTRADA COM DEUS. 785
(versos livres)
A nossa estrada de Deus não é uma via enfeitada de flores:
Márcio Souza
Ela tem longas retas de amor
Subidas suaves de felicidade
Curvas fechadas de lágrimas e dor
Com desvios de saudade.
Descidas em desilusões
Trepidações de maldades
Velocidades de paixões
Áreas de descanso, paz e bondade.
Buracos das imperfeições
Derrapadas dos pecados
Tem pontes para os perdões
E sinais de velocidades para os apressados.
É uma estrada a perder de vista
Entretanto, com muita fé e coragem
Chega-se ao destino independente da pista
Nessa longa e árdua viagem.
Mas tem um veículo seguro e forte
Pneus novos, faróis de luz
Com volante que nos dá o norte
Nas mãos do motorista de nome JESUS!
Márcio Souza.
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