Estação
Incertezas no cerrado
Primavera, verão, outono, inverno
Qual estação no cerrado é decisão
Ficar ou partir neste desejo interno
Em ebulição no meu mesmo coração
Saudade? Tristeza? Encanto? Dorido?
Aqui debruçado na vida, em suma
Como sabê-lo? Se o incerto está partido
E os trilhos da razão dão em parte alguma.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
07/03/2016, 05'55" - Cerrado goiano
Estação das flores
A primavera chega com seu colorido
As ruas estão repletas de flores
Não sei quais as que mais se admira
Fico extasiado em meio aos colores
Após a cor cinza das nuvens carregadas
Vejo os lindos jardins com pudores
Mesmos sendo eles os protagonistas
Humildes são canteiros e bastidores
Estação que mais embeleza a cidade
Aquece os corações das lindas moças
Haja buquet de flores em toda parte
Dom Ruam da vida se assanha todo
Essa linda estação é muito confortante
Um preparo para as paixões ardentes
O verão espreita para unir essas gentes
Mas só é possível com a primavera quente
Em que estação se encontra a sua alma atualmente?
As estações da alma e as do ano podem não estar sincronizadas. A primavera no mundo físico pode trazer flores e renovação, enquanto internamente podemos estar vivenciando um rigoroso inverno, com desafios e sentimentos introspectivos. Em contrapartida, podemos exalar calor e vitalidade interna, mesmo quando o ambiente externo está frio e cinzento.
A experiência humana é complexa, e nossos estados internos nem sempre espelham o ambiente externo. A alma possui seu próprio ritmo e estações, que são moldados por nossas experiências, emoções e pensamentos.
Um estado primaveril na alma representa renovação, crescimento e um florescer interno. É quando sentimos uma energia vibrante e positiva, como se novas possibilidades estivessem surgindo a todo momento.
É essencial aproveitar essa fase ao máximo, nutrindo o melhor dentro de nós e compartilhando essa energia com os outros. A primavera da alma é um período valioso para explorar, criar e reforçar nossas conexões com o mundo e conosco mesmos.
Próxima Parada: Estação Verão
Em terras do Norte, frio e Yule, Duendes e fadas dançam ao luar, Elfos na neve, um espetáculo sutil, Chocolate quente nos aquece a sonhar.
Enquanto no Sul, é verão e calor, Água de coco e limão a refrescar, Litha celebra o Sol em esplendor, Na praia, risos e alegria a vibrar.
Ostara se despede com gratidão, Dando lugar à nova estação da magia, É tempo de sonhos e realização, Cada dia um novo conto de fantasia.
Estendemos os braços para o novo, Entre luzes piscantes e canções, Bem-vinda, estação que renova, A promessa de mil emoções.
Feliz Litha, que a luz nos guie, E traga paz a cada coração, Que a magia brilhe e inspire, Celebramos com renovação.
Estação das flores.
_Nos vincos do tempo se alastra nos campos, nos cantos, em passos de dança.
Colorida se apresenta a prima-vera.
Coração perceptível e dócil, adormeça!
__Pois se dar lá fora a primeira estréia desta estação.
Chuva fina em delongas se faz cantiga, para que teu sonho aconteça.
Em cada hoje uma flor desabrocha, independente da estação, somente para ofertar o coração de quem acordou acreditando em Deus.
A vida é como um trem bala que, mesmo em um percurso mais longo, chega na estação final em tempo surpreendente.
A Política e Seus Amores de Estação
As lideranças políticas, assim como as estações do ano, vão se renovando com o tempo. Grandes nomes que um dia foram reverenciados acabam esquecidos, engolidos pelo ritmo veloz da história. Novas vozes surgem, ocupam palanques, inflamam multidões e, por vezes, também desaparecem — tudo é cíclico. Nada é eterno, nem mesmo na política.
Ideias mudam. Posições mudam. Mas quem mais muda é o povo. Muda de opinião, de partido, de ídolo. Muda até de memória. É curioso como a admiração incondicional pode, de uma hora para outra, se transformar em desprezo absoluto. Que o diga Getúlio Vargas, questionado com dureza poucos dias antes de apertar o gatilho do próprio destino. O mesmo povo que o acusava foi às ruas em lágrimas, em um luto nacional tão apaixonado quanto a desconfiança que o antecedeu.
Anos depois, foi a vez de Fernando Collor. Jovem, bem-apessoado, com discurso eloquente, conquistou a maioria esmagadora dos votos. Preferiram o novo ao conhecido — Brizola, Ulysses, Covas... velhos de guerra. Collor era a promessa embalada para o futuro. Mas o tempo, senhor das reviravoltas, mostrou que a política brasileira também ama com intensidade, esquece e julga com rapidez.
A paixão na política é quase sazonal. Tem primavera e tem inverno. Quem não entender isso, corre o risco de se decepcionar profundamente. Talvez a única constante seja essa: a instabilidade dos sentimentos populares. Líderes vêm e vão, mas o ciclo — esse sim — permanece.
Renato Jaguarão.
... a felicidade
é uma estação intermédia
entre e carência e o excesso,
argumenta o genial Henrik Ibsen!
Algo que para o espírito revela-se
como uma das bases primordiais
dispostas ao seu aperfeiçoamento:
a energia mediadora do
equilíbrio!
A estação vazia em silêncio aguarda o trem na plataforma passos rápido segue seus destinos, outra vez o vazio encontra vazio.
Adoro o verão pois, é a única estação do ano onde as mulheres se dispem por vontade própria.
Daniel Perato Furucuto
Sou sozinho como cada estação, opto pelo silêncio porque as palavras só são boas quando escritas; mal sei falar, não sei pedir, só me desculpar. A imensidão do mundo estampa a pequenez contida na minha existência, de tudo o que existe sou o único a não expandir. Se a natureza não morre e se renova, a cada tentativa minha de renovo, morro um pouco mais. Sonho em ser tantas coisas e sou a pior delas, tão humano. Tão errante. Tão vulnerável e tão cheio de vícios de vivência. Não ocupo todos os espaços, mas sonho estar em todos os lugares. Às vezes sou meu pior inimigo e é para mim que perco todas as batalhas. Eu é quem ergo a espada e sou eu a limpar o sangue e recolher as cabeças. Canto de vitórias que não são minhas. Raramente me abraço. Me conforto com lembranças douradas de um tempo que ainda não vivi. Lembro de amores que não conheci e conheço histórias de um tempo onde o amor não existia. Tudo o que sei sobre o amor é o que me contaram. Tudo o que sei sobre saudade são as minhas perdas. E tudo o que sei sobre mim mesmo é tudo aquilo que ainda não descobri.
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