Coleção pessoal de frasesuol

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Eu me refiro a vontade, com tanto dela que é quase a minha oração perpétua, desconfio que por algum momento me acostumei ao ver pétala por pétala do seu sorriso florescer, não quero cair em contradição, pois sei que já é tarde para voar atrás, afinal eu já nasci assim, com um jeito bagunçado de amar, feito um guri, entusiasmado com tudo que trás vida e procurando nos seus olhos motivos para não crescer..

És minha aspiração, pois quando a tomo conduz meus pensamentos para lugares tão longe que meus pés não tem capacidade de tocar, sem perceber aconchega meu tempo em seus anseios, com seus ponteiros, com suas horas marcadas, onde cada segundo contigo é um acumulo de riscos, perigos e pretensões constantes, meus desejos, suas vontades, por uma busca que, por um momento, se torna a avidez de um menino perdido, que não sabe ver as horas, mas espera te encontrar..

A cada passo que damos nos tornamos maiores, seguimos em frente sabendo que a justiça não é migalha para poucos, mas é a recompensa para todos, e quando não paramos para olhar nossas fraquezas, a cor da nossa pele ou tipo de crença, vemos que somos elos da mesma corrente e com esse pensamento chegamos lá na frente, pra tentar não cair e também não derrubar, pois se ninguém é melhor que ninguém, ta na hora de dar as mãos e avançar.

Sabe-se lá o por quê de tanta correria e entusiasmo por um mundo que gira e gira, mas não muda..
Por pessoas que nascem, crescem e morrem,
Sendo tão iguais que nem mesmo as distinguiria se não fosse pelo nome..
Então penso que elas têm o mesmo nome e também a mesma idade,
Quer dizer.. Em algum momento elas têm essa idade,
E a idade as persegue como uma viúva negra seduzindo seus caminhos,
Para arrancar-lhes a vida após o êxtase, elas são tão iguais..
São íntimas, reservadas ao mesmo destino, que as conhece desde sempre,
Mas por que não mudam?
Por que não escolhem um destino melhor que esse?
Que apazigúe seus corações com vida,
Que encha seus pulmões com fôlego de esperança,
Não.. Elas preferem correr..
Correr, correr atrás de ilusões que fantasiem seu ego,
Por migalhas, por ninharia, por coisa nenhuma,
Por um desejo indispensavelmente dispensável,
Ah.. Pessoas por pessoas, eu as dispenso,
Pois se procuro algo além do que os meus olhos podem alcançar,
Se tudo que há aqui, não me completa, nem me sustém,
Só posso concluir que não fui feito para esta gigante roda, chamada mundo..

Sempre tem-se um pouco de tudo em um resto de nada e por mais deserto que pareça, floresce a mais rara de todas as flores, num tanto de tão pouco percebe-se só de olhar, que já se faz bela.

Penso nela alguns minutos e passo horas sem pensar, vem tempo sem a hora, então penso algumas horas por minutos sem lembrar, agora penso que sem ela, já não posso mais pensar.

Queria puder controlar o tempo e a sua maneira impetuosa de arrastar os inacabáveis, intermináveis e infindáveis que depositamos em cada instante da nossa vida. Quem nunca quis voltar no tempo? Quem nunca brincou de rebobinar as antigas VHS's? Estes não sabem a mágica ostentada no prazer do rever, do reviver, do cortar e do juntar. São fragmentos de vida, expectativas ou meros dejavu's, mas quem sabe? Quiçá o tempo diga o norte e com ele, tenhamos a bonanza de dias melhores, cultivando em nossas buscas o sopro de coragem e entusiasmo para continuar.

Eu te dou asas meu bem,
Para que voe em cada mudança de estação,
Eu te dou sonhos minha pequena,
Para que neles tu guardes a tua esperança,
Disfarçada de canto,
Soada pelo balançar nas pontas das tuas asas,
E coberta pelo doce ânseio de ser feliz,
Seja o que quiser ser, como quiser, mas seja livre,
Com teus milhares de sorrisos, que me achem de vida,
Para que andando como o vento, através das nuvens,
Possamos juntos beijar os céus.

Largamos a vontade, a tona por verdade, do meu querer, no teu desejo, do meu sorrir, pelo teu beijo, na ânsia do agora, do por vir a essa hora, vem depressa, vem de já, vende tudo, vem sem nada, porque é nossa a madrugada, vem cantar, vem sorrir, vem fazer meu céu abrir, vem roubar, vem me dar, não me deixa mais sonhar, porque a vida ta sem ida, porque tu és cada batida, cada som do meu silêncio, cada passo que vou dar, meu agito, meu abalo, meu címbalo, meu embalo, vem com teu balanço, com todo vai-e-vem, me lança teu sorriso, te achega e vem com tudo que tu tem!

És carinho. Porque desarma todos os medos quando presente. És vontade de agora. De um agora louco, alucinado, que não mede consequências, como um guri de cinco anos que anda sobre o telhado. És a certeza, com calma e clareza, que diminui a vozearia para o que é pleno entrar. E entra. Fazendo-o tão presente, que nem mesmo a ausência torna-se saudade. És a palavra do falar, o sentido do andar, a causa da razão, o segredo que guardo comigo, que nem mesmo o tempo consegue apagar.

Posso espremer toda a dor como um cravo? Toda via, se não posso, tento, mesmo sem querer, afinal somos masoquistas em muitas escolhas, em muitos desejos, e o que resta saber é até onde isso pode nos levar. Por vezes, ouço falar sobre a dor do arrependimento e me pergunto, se posso chamar de dor aquilo que me trás a tona consciência, que coloca meus pés no chão, como raízes na terra. O que é sofrer, se não ser aprisionado em ilusões, em fantasias que criamos por achar algo mágico ou atraente, que mito, que inocência, ou falta dela.. Isso seria um crime, é um crime, tem que ser um crime! Pois afinal, quebra todas as leis da razão, é como dar murro em ponta de faca, como um tolo animal que se deslumbra a se ver num espelho e mesmo sabendo não ser real o que vê, ele vê como quem acredita. Tolo, bocó, infantil, acanhado, bruto, acriançado. Tu vês o que sabe e fecha os olhos pra não ver.

Às vezes, por meio de pensamentos, me perco,
Perco-me tentando achar-me,
e acho-me perdido em tentantes pensamentos,
Pergunto-me se fui assim, se sou assim e serei assim,
Tentando, tentando e tentando..

Que tentador esse eu que coleciona suas duvidas,
como colchas em balde na beira da praia,
Uma praia de nebulosos e incógnitos pensamentos,
que tem sobre si, estrelas inquietamente brilhantes,
que cobrem os meus olhos com suas esperançosas luzes,

Ah, Pensamentos.. Por que se fazem?
Por que me tomam quando menos espero?
E o que esperam que vou pensar?
Ora se penso, é porque já não há tanto o que fazer,
Porque isso penso e pensarei que penso..

Faça o necessário existir e o que importa virá, afinal o que procuramos nada mais é do que um ideal que acreditamos ser legítimo, uma caça pela emancipada ilusão de sermos o que achamos não ser. É nisso que achamos deslumbrante, quando por um momento avistamos, nos outros, um cochilo, um lapso, um escorregadio e distraído instante de euforia.. Como uma droga, voltamos e relutamos contra nossos olhos, atrás da mesma cegue procura. Olhos.. Hesitantes olhos.. Que por fim, não se acostumam com o doce alento que o sossego lhe trás, só quando renunciam e se fecham, conseguem ver a imensidão do ninho que os guarda, vendo o que realmente importa e o que sempre lhe manteve.

Que o vento te sopre todas as palavras que eu sussurro quando te penso e que o nosso encontro preencha cada segundo da ausência elevada pelos nossos pensamentos, assim farei dos meus braços a tua morada e os teus olhos me serão alento de felicidade. Assim para ser. E seremos. E somos.

Grandes são as noites, e ainda maiores são os pensamentos, grandes são as noites e por serem grandes acrescentam tempo no relógio, que já cansado não para de trabalhar, grandes são as noites que espalham a sua mantilha por tudo onde passam e goteja a lua no seu bordado como se nenhuma outra luz houvesse. Grande são as noites, que servem de fundo para os beijos mais quentes, que alimentam a imaginação alheia, que destacam as luminárias umedecidas de sereno, grandes são as noites, que não são criadas, mas esperadas, como o trem dás oito e meia, trazendo na sua bagagem as mais inventivas sensações.

Feliz seria eu, se pudesse entregar as palavras não ditas que fazem um caos na minha mente, como forma de modelar o que não pode ser expresso, de buscar o que só pode ser sentido e de acusar um sorriso impensado. Feliz eu seria, se pudesse escolher um tempo, escolheria o agora, só por hora, para aliviar a vontade que, de algum jeito, me faz querer mais, mais um olhar, um sorriso, um beijo, mais um amor.

Se não vou passar pelo mesmo caminho mais vezes, pra que prolongar ou esquecer, todo o bem que eu posso proporcionar hoje?

Fujam os desejos, escapem para o outro lado desse delírio constante, que me remete a prisão de um coração inebriado de ilusões, corram enquanto dá tempo, enquanto a perca da lucidez não desfaz as palavras cantadas em voz de veludo, mas ainda ostenta o doce prazer de viver nesse mundo enclausurado, no vazio.

Gosto de pensar que os sonhos não acabam, mas se realizam, de inventar um final feliz em cada história que faço parte, gosto de amadurecer os sentimentos, de aquecê-los com uma xícara café, carinho e sorrisos.. Gosto de ficar na praia até que o dia envelhece, e as sombras espalham na areia o escuro da noite, quando mais nada importa, o gosto é a sede de um beijo e o desejo é de não acordar.

Para quem tenta fugir das palavras, ando tropeçando demais.