Escrevo o que Sinto
Não sou poeta...
(Nilo Ribeiro)
Não sou poeta,
pois escrevo o mesmo tema,
mas o amor se manifesta,
e este é o meu lema
não sou mesmo um poeta,
sou um grande repetidor,
pois o amor quando em mim se manifesta,
vem rimado de dor...
se ela soubesse que é por ela que escrevo
se ela soubesse que é pra ela que escrevo
valeria os versos vivê-los?
valeria universos eu tê-los?
Escrevo Poesia
Nasci poeta
Vivo sentada na lua
e com olhos fitos in sonhos .
Sou caçadora de estrelas !
Minha casa é o espaço
Meu teto é o infinito
Meu universo é Deus.
Não se iluda ...
Eu não perco tempo com maldade
Eu não enxergo
e nem quero enxergar a escuridão
deste mundo.
E olha ...
Só pra lembrar :
Desde menina foi sempre assim !
Não somos perfeitos o que nos fazem perfeitos são nossos erros do passado que são perdoados que nos fazem perfeitos
ESCREVO
Escrevo para poder aceitar o que não consigo aceitar do meu cotidiano de outra maneira. Com a escrita, sou convencido a organizar minhas ideias vindas da minha percepção do todo.
É com isso que minha compreensão melhora e me sinto melhor para suportar tudo que vem de fora e de dentro. Escrever é a arte do autoconvencimento.
Não faça da sua vida um livro aberto, marque apenas as páginas onde você quer que eu leia, os outros capítulos eu escrevo...porque verás de mim aquilo que eu se deixar mostrar, o resto sua imaginação quem cria.
‘Escrevo porque as minhas palavras falam mais alto que a minha voz’.
E eu escrevo um parágrafo, e evito um corte;
E eu escrevo uma linha, e evito uma lágrima;
E eu não escrevo nada, e me sufoca, essa angústia, esses pensamentos todos;
Pensamentos pelos quais ressurgem e se simplificam em versos;
Nada do que eu diga faria diferença, assim, escrevo, desabafo, transbordo!
E é exatamente por isso;
Porque os meus segredos não mudam nada;
E as minhas verdades não são suficientes para que minha voz ganhe força;
Então mergulho em minhas linhas, parágrafos e versos;
Me revigoro, me liberto, me alegro!
Sempre escrevo com a tinta dos meus silêncios
no meu caderno de pensamentos.
Ah... É o meu melhor momento!
Eu que sempre conversei até com as paredes, me silenciei por agora. Eu que sempre escrevi sobre a alma, decidi escutar o que ela dizia sobre mim. Eu que sempre vivi, me senti tão cansado. Eu que sempre te amei, me senti preocupado. Eu que sempre estive aqui, percebi que não estou tanto assim. Eu que sempre fui assim, sempre sigo mudando, eu que sempre mudei, sigo refazendo minha história. E minha história só está no começo, porque eu que sempre colocava um ponto final, começava a escrever um novo parágrafo.
Escrevo aquilo que penso sobre aquilo em que acredito. Mas o que escrevo não corresponde com exatidão a quem sou. É uma cópia melhorada, a projeção de quem desejo ser.
Para mim...
Escrevo para mim,
hoje, especialmente...
Entre o nascer e o agora,
poucas linhas são de glória!
Sou única! Sou tantas!
Sou entretanto, uma gota
no universo mágico da alegria.
Sou a realidade entranhada
no vasto mundo das seitas!
Sou avessa a aparências!
Vou além da correnteza,
mas por um lapso de tristeza,
nada me move além do gesto
de ficar parada no mesmo lugar!
Não atendo às suas expectativas!
Não me curvo aos preceitos,
nem a lei dos homens!
Não suporto a guerra de egos
de gente soberba e vazia!
Me refaço todos os dias,
se assim achar necessário,
reinventando minhas asas
que insistem em me carregar....
Poetizo olhares para aninhar-me em sentimentos e busco o sentir para dar motivos à poesia. Construo versos, invento rimas, falo do que vive o amor e escrevo do que ele me confidencia. Traduzo o silêncio para nele interpretar a fala que o secreto se mostra nas linhas tortas dos dizeres sem respostas. Pois, são nas letras atrevidas do poeta, que a alma se expõe, revelando os desejos retidos, os toques contidos, amores tantas vezes impossíveis. Quiçá a realidade pouse em seus ombros e lhe faça pesar a terra seca do que de fato existe. E sobre a existência fria da verdade crua, o poeta doura o que sente. Sente e não mente! Canta dores ao tentar cravar vírgulas em meio a pontos finais, exclama espectros adormecidos e interroga a vida dos que fazem do mundo palco tão somente real. E no sem mais nada para despir, poetiza as vestes quentes dos amantes apaixonados. E deixa a poesia falar... E deixa a poesia voar... E deixo-me inspirar! Porque todo amor, ainda que não se queira, ainda que não se veja, traça à beira da razão e chega ao bosque do coração, donde sai a mais bela e profunda inspiração.
Escrevo o que penso
De sentimentos que não entendo
Pessoas que não compreendo
Sobre verdades não ditas
E as verdadeiras mentiras
Escrevo o que vejo
Sobre coisas que tenho medo
A Morte
Pessoas
E o tempo
A varias maneiras de mudar o mundo. Acredito que uma delas seja á escrita. Escrever não é algo a ser feito somente por passatempo, podemos e devemos ir muito além disso, a escrita revoluciona, modifica, supera... Por isso escrevo, por isso eu luto.
