Escrevo
Para que realmente escrevo? Para mostrar o penso, o que sou? Ou para tentar compreender melhor meus sentimentos?
Falo com o meu silêncio ou do que de fato eu escrevo para entender o que nunca fora dito, entrelinhas sucederam-se o amor perdido;
Mas honestamente nem me sinto procedente do que realmente crio, sou flor, sou espinho, tempestade incendeia a força da perfeição;
Sou força, sou fraqueza, sem asas, mas com muletas distintas pelo o que não há, sou guerra e sou paz para nunca mais voltar;
Acalento os seus dias e lamentos para desfazer os anseios que te guardam em qual quer lugar;
VEJA aquilo que NÃO MOSTRO.
OUÇA o que eu NÃO DIGO.
LEIA o que eu NÃO ESCREVO.
E se nada disso funcionar, experimente encarar o meu olhar. Ele nunca esconde tudo que você quer saber.
Me sinto bem quando escrevo.Não vejo um monólogo,mas sim um diálogo entre os pensamentos de um eu-lírico e suas palavras.
Nunca fui poeta e nem muito menos quis ser, mas escrevo para recitar entrelinhas de um dia poder amar você;
Escrevo o que há em mim... leituras de mundo... leituras de outras leituras... sentimentos de meus sentimentos... ou seria tudo travessura? Brincadeira maluca de uma mente que estuda?
Escrevo para você todas as noites, tentando expressar o que sinto em palavras, já pedi a ajuda de poetas mortos, mas parece que nem eles têm palavras para eu descrever meus sentimentos. Nenhuma carta que escrevo faz sentindo eu começo com céu e termino com inferno, um inferno de sentimentos reprimidos e platônicos, dos quais você nunca notou e outros que você simplesmente ignorou e assim como os poetas mortos vou escrevendo com a esperança de que um dia você perceba e possa ler minhas cartas de amor sem pé nem cabeça.
E eu escrevo pra salvar-me de mim mesma.Escrevo pra fugir da mesmice que é a solidão.Escrevo porque amo,amo verbalizar o que sinto e esparramar em poças silábicas todos os meus sentimentos.Escrevo pra compartilhar aquilo que sou e o que ainda vou ser nessa transição periódica da vida.Porque nada é pra sempre,embora as palavras tenham o poder de eternizar.
Então talvez seja isso, sentado, nessa inquietação que não me deixa concentrar em nada, escrevo:
Você faz algum sentido em minha vida? Você faz parte de meus planos e das minhas metas?
A resposta, obviamente, seria "não". Não seria ofensa, nem desgosto, nem mudança de opinião. É tudo tão novo, entenda, que não posso te dizer que você estava em meus planos. Não estava. E aconteceu, não foi? E surgiu, e o sentimento pode-se dizer, se não for ingenuidade de minha (ou de sua) parte, se desenvolveu. Não sei explicar, não sei o que dizer.
Consigo eu, bobo, parar de escrever? clamo ad te domine.
Não é só escrever, é sentir também, é que nessas poucas palavras que eu escrevo, é como se fosse o meu coração abrindo, é uma forma menos constrangedora de me declarar para você. É uma forma de dividir meus sentimentos, é usando caneta e papel que eu boto pra fora todo o meu amor não correspondido.
Você não sabe, mas me inspira. Tudo que escrevo vem de você, tudo que você faz comigo me faz soltar a imaginação e transformar em texto.
Eu escrevo, pois, o que está aqui dentro deve sair..de alguma forma...hoje eu escrevo, e durante algum tempo já não escrevia. E esse tempo que outrora não necessitava de cadernos. Eu tinha você.
Escrevo para me entender a mim mesmo e escreverei com toda a honestidade de que for capaz. Tal não significa que eu seja pessoa em que se possa confiar quando escrevo sobra a minha própria vida e sobre a minha obra, sobre a forma como naufraguei ainda antes de me fazer ao mar.
Nas coisas que eu escrevo eu sempre coloco meus sentimentos, se você curtiu me sinto bem, se não curtiu eu só lamento!!
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