Escrever
QUASE CONTENTE
Sobre o que eu vivo, eu escrevo.Muito mais
o que eu não vivo.O que eu sonho,que imagino,
O que desejo.Sobre o que eu vejo, escrevo !
Poesia prá transpassar o mar que não se chorou
Sussurrar nas entrelinhas o desejo intransparente
Mergulhos profundos.
Escrevo prá ter sentido e divido a minha dor.
É a chama que por segundos me faz em paz e melhor.
Quase contente.
Gosto dessa coisa de gastar em palavras
Minhas horas de deitar na verve.
Pois feito um rio eu desço boiando
Ao abismo meu, pelo dorso delas.
Não se engane, nada do que eu escrevo segue uma ordem cronológica.
Segue a ordem "corajatória", que caso interesse, é quando me da coragem de me expor e compartilhar.
"Nós"
Os meus pensamentos mais intensos..
Dono de todos os meus beijos e sorrisos
mais calorosos.
Me pego pensando em você em plena madrugada
abraçando ursos, e sentindo seu cheiro
entre as cobertas.
A luz e o brilho das estrelas nem se comparam
com a clareza do teu olhar.
Sim, a química enérgica dos nossos corpos quentes
me fazem querer voltar no tempo.
Você borbulhava como uma chaleira fervente
e eu, o fogo não queria apagar..
Por que no fundo do meu coração bagunçado
eu sabia que nós éramos feitos um para o outro.
Você, era o conceito de alma gêmea.
Representava tudo e mais colorido na minha vida..
Cafés quentes em um dia frio e chuvoso..
Você era minha definição de amor.
e doí muito, não poder usar o "nós" no presente.
Mulher poema
Moça do rosto lindo,
e de um corpo macio
que deve ser quente
e gostoso.
Eu o vejo e sonho,
como será ao vivo.
Tuas pernas , curvas,
seios.
São poemas que eu
gostaria de escrever,
em capítulos isolados.
Roldão Aires
Membro da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Acadêmico da Acilbras - Cseira - 681
Patrono Comendador Maestro - Armando Caarüara - Presidente
Eu escrevo pra esquecer,
E a vida ignorar,
Só de ilusão viver,
O real esfumaçar!
Num mundo de ficção,
Eu vivo dizendo não
Ao mal pra não se chegar!
As vezes escrevo, não porque sinto, apenas sei como é sentir.
Em outros momentos não escrevo, não porque não sei sentir, apenas sinto.
Perdi a conta da quantidade de palavras que eu usei para te descrever e descrever o que eu sentia! No final essas palavras não valeram de nada!
Se vou errando
Me ensino
Se me falaram
Me dito
Se viro a página
Me livro
Sem falar nada
Me digo
É preciso escrever
Me nino
Pra dormir em paz
Eu não escrevo pra exorcizar o meu medo
Eu escrevo pra transbordar minha loucura
Eu escrevo por que foi a única utilidade
Que encontrei pra minha dor
Eu escrevo pra não explodir de raiva
E nem de amor
Eu escrevo por que só
Quem experimentou a vida
Sabe o horror de mastigar
E ter de engolir a ferida
Não meça as palavras, fale o que que quiser falar; é seu direito. Como efeito, ouvirá o que não quer.
É lei...
Eu escrevo livros semeando punhados de letras em folhas em branco; minh' alma as reúne em palavras que ecoam para sempre."
Escritores inteligentes são desbravadores e iluminadores da eternidade, muitos caminhos são abertos e clareados para sempre quando suas palavras são redigidas e disponibilizadas à humanidade.
A leitura e a escrita nos remetem à abreviação do sofrimento. Quando as usufruímos, nos permitimos evoluir e proporcionar evolução da vida humana e do mundo.
Debruçar-se na janela da memória...
Esgueirar-se por entre as frestas do passado,
esse grande acumulador,
e mirar o olho mágico espreitando o tempo
para escrever a História!
Eis o ofício do Historiador!
Parecermos loucos por reduzirmos a informação que pensamos. Resumimos um processo de pensamentos em poucas palavras.
Pensamos mais rápido do que podemos falar,
aí que acontece a perda de informação.
Porque tudo é tempo. Tudo é tempo.
Se pelo ao menos pudessemos escrever na mesma velocidade que pensamos, de repente não pareceríamos tão loucos.
Não acredito. Estou mesmo escrevendo isto? Mas acho que talvez eu tenha achado meu primeiro amor. Justo na Itália.
