Era
Quem disse que a vida só tinha pontos negativos mentiu, quem disse que era complicado entender a mesma, acertou, afinal não existem maneiras de se entender como tudo funciona a não ser que você viva ela, é preciso correr para entender o fluxo das engrenagens, por mais que você esteja parado elas estão lá, sempre rodando.
Vi um sol nascer
Pelos olhos seus
Me deixei levar
Eu nao refleti
Que era a luz dos meus
Refletida em ti
Ainda Assim!
Era um verde intenso que se prolongava até o azul manso,
Do meu quarto, por entre suspiros, uma contemplação serena,
Sempre assim o preferi, ainda assim!
Uma contemplação serena,
Uma atuação oculta por detrás daquela outrora montanha imensa,
Hoje pequeno monte,
Não sonhava muito mais do que aprender a sonhar,
Ainda assim o é hoje!
Não sonho muito mais do que com o dia que começarei a sonhar,
A nostalgia e a solidão que me acompanham enchem-me de uma alegria profunda e singular,
Alegria sossegada, permanente, ainda assim!
Luz que invade com o seus fulgor e calor,
Mas que se prefere, ainda assim, apenas na porta da caverna, cujo fim se reserva e é reserva!
No fundo havia o vale e como em todos os vales de verde fulgurante, havia o rio,
O rio que aprecia invadir as margens e que eu muito o apreciava invasor, ainda assim, mas menos hoje!
Na encosta do meu condado existia a vinha aprumada,
Em socalcos desenhados à lei da sachola e do suor,
Descia a encosta e mais subia a denuncia dos árduos ofícios,
Os bardos hoje espraiam-se mais além,
De resto como tudo. Não me inquieto.
Valem-me tanto agora como antes, conquanto lá continuem, ainda assim!
A minha igreja era a mais bonita,
Enchia-me de vaidade, é em talha doirada, não sei se a talho de foice,
Tanto me dá.
Penso que dela me veio a segurança e o orgulho por ser mais robusta e luzidia que as vizinhas,
Para mim era assim, julgo que hoje já não o é, ainda assim!
Tenho a alma da minha aldeia,
A minha aldeia é uma descida e uma subida,
Um sem fim de subir e descer, uma teia,
Um resumo profundo dessa minha idade ida,
Uma reserva de inconstância que incendeia,
Uma alma, ainda assim, sempre adormecida!
Pensei que era imortal, contudo constatei que era homem, como os demais. Ser escritor não torna alguém diferente de outros.
UMA XÍCARA DE CAFÉ
Sentado, diante do meu café, pensar é uma sina. Tudo o que eu queria era desligar um pouco disso... Gosto de café quente porque preciso queimar os arquivos deste peito. Tudo isso arde como o vapor que sobe da xícara.
Cansado de me culpar, não fiz isto. Doei meu coração para sua alma, mas era pouco. Era o que eu tinha... Talvez um pouco de lucidez e suaves letras, que rasgavam meu peito em cifras. Letras... Elas não podiam sentir minha inconsolável inquietação, mas eram algo em que eu ainda acreditava...
Sem ter nada, enchia-me de versos que diria para você, mas meus mudos suspiros eram o tipo de show que você não sabia apreciar. Uma confusão dentro de mim... Uma dose mais e um pouco de silêncio. Não faz sentido esse barulho... Tudo em mim grita por dentro e não há nada que eu possa dizer para te ter aqui.
Como em uma conexão banida, escrever é o meu jeito de saber que você sente também. Cada letra rabiscada escorre um pouco do meu amor. E longe... Onde quer que esteja, pode me sentir... Amores profundos podem nos afogar às vezes. A fumaça larga ardia meus olhos como teu sorriso largo... como tal dedicado a outrem.
Náuseas são apenas parcelas... Perco meu eu em imagens translúcidas das recordações. Como farpas atiradas, conviver é uma loucura. Linda... Com seus olhos cor de infinito e estes lábios cereja. Trocaram meu mundo por sonhos...
Como um castelo de cartas, construímos nosso amor. Os maus ventos de uma enorme janela sopraram a terra tudo em que acreditei. Como renda que se tece, todas as peças juntaram-se e me vi traído. As cores borradas embriagavam meus olhos inchados.
Como folha seca no outono, me vi cair e tudo o que eu queria é que, o vento de uma estrada qualquer, me levasse para longe dali. Me lembro como que em um raio devastador das coisas que costumávamos conversar e cada laço que minha boa memória revive, desfeito, se torna corda, enforca meu peito.
Chove forte e em minha cadeira de balanço, deixo-me escorrer como o céu. A melodia que teu peito toca em meus braços... seu respirar pesado e teus olhos perdidos em devaneios... Algo só meu...
A cada vez que meu peito pulsa, vejo você sair pela porta outra vez... As noites sem luz e as cores pálidas... Girando comigo nesta roda que gira para o fim. Árvores e pastos deixados para trás girando em vultos frios de um dia sem sol. As estradas sobem e descem, meus olhos pesam.
Charutos não são um problema quando amar alguém é sua droga. Um dia, por acaso, um pouco te sacia, mas cada vez que se olha no espelho precisa de mais. Parte de você não está ali. E cada fio de sua barba sente falta de cada tom rosa das bochechas de alguém.
Correr como gado solto em um campo distante e pensar em seus olhinhos confusos, verdes como as folhas... E se eu te pudesse ver o que faria a essas alturas? Não quero pensar em você com alguém porque ao seu lado é o meu lugar. Posso senti-la como sinto minhas mãos...
Prenderam num copo minha vela. Esperanças vazias são o que me resta. Como em um conto, tudo poderia simplesmente “desacontecer” e trazer você aqui para perto outra vez.
Diziam que era impossível construir castelos na areia, até virou um jargão popular, aí surgiu Dubai, não é mesmo? Arranha-céus e castelos, e até ilhas construídas na areia e no mar, aí fica a pergunta "o que estava errado no mito de que não era possível fazer o impossível, era falta de coragem, conhecimento ou apenas dinheiro?".
O tempo não para e o que achávamos que era importante, começa simplesmente a não ser, tornar-se obsoleto, ultrapassado e às vezes inalcançável e nesse instante, nesse átomo de segundo que transforma o seu ser é que devemos renovar nossas prioridades e respirar novos ares.
Não sabendo que era impossível, nós lutamos e juntos fazemos
Adoramos nossos desafios, somos "Renner"
Uma luta eterna entre aceitar o que eu era e fazer o que os outros queriam. Ainda hoje essa luta existe. Silenciosa mas voraz, íntima mas reverberante. Vivo um conflito constante, ser o que sou ou ser o que o mundo quer que eu seja.
Lembra daquela menina que era apaixonada por você? Ela cresceu e aprendeu que amar sozinha não tem graça.
Sua calma não era fraqueza; era uma vigilância ardente que seria substituída por um rugido quando necessário.
A DOR DA AMIZADE
Eu tive um sonho na minha infância, desejo profundo era realiza-lo, meus planos não deram certo amigos que eu tive, na hora da aflição abandonaram todos, me deixando na aflição hoje não tenho amigos, a dor da amizade, a amizade só existe quando a vida esta boa, ou seja quando existe dinheiro, na hora da aflição não existem amigos tanto na hora de muita dor assim como na hora da angustia não existe nenhum se quer, mais fora desses problemas amigos são muitos .
Era um dia como outro qualquer, a abelha (ou o abelhudo) se alimentou de sua cota de mel, energia necessária para voar até um jardim próximo, coletar o polem e voltar. Uma rotina que se tornará quase automática. Mas naquele dia foi diferente, voava aproveitando a brisa quando avistou ao longe uma flor. Apesar de estar rodeado de dezenas de outras flores, aquela era única, balançava com a brisa tal qual uma bailarina a dançar, uma pequena gota de orvalho deslisava por sobre suas folhas como uma lágrima de alegria ou tristeza, um dia iria descobrir...Mas lá estava, um objetivo não planejado, uma aventura por um caminho diferente, que parece qualquer risco, valer a pena. Ele voou até lá, arriscou...por que...amou...o fim desta história...não terminou...depois eu conto
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