Entre Gritos Risadas Pulos eu me Escondo
Eu estava lá, para segurar a sua mão, tirar você do poço, ouvi seus gritos no meio do bosque, te puxei com todas as minhas forças, você confiou a mim o seu coração, os seus sentimentos, agora que te salvei do precipício, posso desfrutar de cada dia com você, cada momento de felicidade, o seu amor é tão grande e perfeito que causa choro, uma pessoa espetácular, que só precisava de socorro, uma rosa que não tinha encontrado um Jardineiro...
Expulsando a emoção
A brisa que bate em meu rosto,
Vai deixando marcas e gritos da minha existência.
Caminhos distintos me levam a lugares estranhos.
Pensamentos sacros que crescem e invadem o meu ser, tomam dimensões me fazendo crescer.
São as razões que expulsam as emoções.
São as emoções que querem a todo custo no auge viver.
Elas são fortes e valentes.
Tem fome e sede, buscam um alvo: Eu!
Na poesia que me sufoca, fica a angústia das lembranças, que desaguam nas barragens do destino, arrastando-me correnteza abaixo.
Escritas não pensadas que tem voz e ouvidos, cada letra desenhada é uma história que vivo.
E assim, vão rasgando minhas inspirações como se eu fosse um delinquente, me curvo diante dessa situação e clamo a Deus em silêncio.
Orando, afasto os aborrecimentos, faço da incerteza verdade, minha escrita ilusória se cala diante de tanta bondade.
O diálogo interno se prolonga,
fixo meu olhar naquilo que não sei decifrar.
Fico preparado como um pássaro machucado, das minhas asas escorrem lágrimas
e do olhar saltitam esperanças.
Vou pedalando até derramar a última gota de suor.
Razões, são ternas e eternas.
Emoções, dores internas e extremas na existência de minh'alma.
A alma de um escritor é assim...
Os adjetivos criados e impostos são muitos e não se aquietam enquanto o poema não mostra sua cara, como uma obra de arte feita de emoção e sem razão.
Que mundo delicado esse de escrever, sem saber onde chegará, sem saber no que vai dar, só pelo prazer de encantar.
Apenas começou a escrever,
O que não sonhou e não planejou.
E num passe de mágica, ao mundo inteiro fascinou....
Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa
O meu lar é uma casa sem gritos, sem explosões de raiva, sem portas batendo ou copos quebrando, sem xingamentos e chantagens. Meu lar é gentil e caloroso. Juntos estamos protegidos nessa casa, mas para ser um lar precisamos juntos estar aqui dentro. Só existe amor aqui dentro, sem medos e preocupações. Eu posso ter saído de um lugar negro mas construí um lugar seguro e sagrado.
Não engane-se com os gritos, eles podem ecoar aos quatros cantos, fazer barulho, causar estardalhaço. Mas ainda assim, o silêncio é soberano. É no silêncio que o amor e a resiliência perseveram. É nele, que o agir de Deus acontece
Ouço gritos de incertezas de um amor que nunca vem e colho de minhas agruras a incansável procura pelo amor de alguém.
Nestes tempos difíceis, é preciso enxergar além das aparências, ouvir os gritos silenciosos e falar com atitudes concretas...
Meus sentimentos
"Dos meus sentimentos saem os meus gritos mudos,
doces lembranças com elos de letras escritas a mão
São folhas brancas onde escrevo os meus sentimentos,
que ora são coloridos, oras em preto e branco, pensamentos.
E todos os entendimentos tão meus. Só e tão só meus."
Desejos Reprimidos
No fundo do teu rosto ouve-se
gritos e gemidos confusos...
Presos por não ceder
as coisas leves da vida.
Na via escura pulsam
veias e artérias
querendo meus suspiros
nos teus tímpanos.
Tens-me em sua palma
Foi por inteiro
Estava bem ali
Gritos da minh'alma
Ouça o desespero
Veja-me partir
Olhos arrependidos
Ou só procuram
O que um dia perdeu
Tornam-se rendidos
Sentidos seguram
Aquilo que já morreu
Resgata o passado
Assombra a mente
Caos se instala
Reflito calado
Contemplo o presente
E minha voz cala
Essa é a realidade
Atitudes opostas
Qual sua intenção?
Mas isso é maldade
Brincar de apostas
Com um coração
Hoje sobretudo o que sinto é solidão
Mesmo uma casa cheia, com seus gritos e risos ou choros
Alguém sempre sentirá esta infinda sensação
O desejo se desvai e resta apenas o puro e o real sentimento de solidão
Não haverão amigos, irmãos ou país
Haverá apenas ou talvez a mais pura sensação
Talvez por escolha ou destino
Que lhe concerne mostrou-se ser perspicaz,
Talvez esse seja o sonho mais lucido, que pude ter.
1968 - AI, Brasil...
Gritos mudos,
Mudos, calados,
De tantos gritos,
Roucos, sem eco.
Olhares cegos,
Cegos sem olhos,
Mirando um sol;
Grande sol apagado.
Ouvidos surdos;
Tapados porque
Não conseguem ouvir
Os morcegos gigantes.
Mortos vivos,
Vidas mortas,
Querendo viver;
Apenas viver.
AS MINHAS SENTIDAS CONDOLÊNCIAS
Gritos de prazer e aflição,
Assim partia a indefesa alma santa.
Faleceu a alma feminina inocente, pura e santa;
Desvirginada até ao fundo do coração;
Achada num beco escuro e longo.
Lá se vai o futuro partido, mergulhado na esferográfica;
O desejo de viver como um ser normal e são é escasso;
Em mim plantou-se a mácula indesejada.
Ah, tenho este meu futuro rejeitado!
A fama difama a alma;
Entre bate-papos juvenis, eu sou a manchete.
Ah, porque quis...
Ah, porque assado, guisado, temperado...
No corpo macho eu era uma simples vítima!
Por favor, detenham a sede do prazer bárbaro!
Não pretendo gerar uma vida antes de fazer a minha,
Nem jogá-la fora para guardar a minha.
Por favor, haja paz nisto!
Madrugada dos cães boêmios
Lá fora ouço gritos e aqui dentro, apenas um grunido.
Madrugada dos cães boêmios
Aqui dentro o reprimido permeia-me o coração e lá fora, há inquietude solidão.
Madrugada dos cães boêmios
Aqui dentro o pensamento traiu-me feito judas, enquanto lá fora há tantas lembranças que não são tuas.
Madrugada dos cães boêmios
Aqui dentro estou morrendo aos poucos, lá fora, viverei a ilusão de uma só vez.
