Em meio a Fumaça
Em estado de leveza,
está o seu coração...
Cortinas de fumaça já não existem mais,
é transparente a sua estrada...
e um beijo na face da vida é quase uma canção!
Uma celebração de amor... à vida!
Tudo o que sei
é que nada sei.
Tudo o que planejei
sonhei, busquei
foi como fumaça no ar.
Agora vou parar,
sem planos,
sem enganos...
sem sonhos,
sem pesadelos,
sem buscas,
sem desencontros....
quem sabe assim (des)encontro...
ou sou (des)encontrada?
Sei, sei... comigo é tudo ou nada!
Tudo faz sentido, quando a motivação é o amor ...
Um dia após o outro e a fumaça que nos assustou, já não nos diz mais nada.
Vou pegar o último trem
mas aqui não tem mais maria fumaça
só na língua, mesmo assim...
é uma língua que querem matar
&
enterrar entre o que restou dos mourões carcomidos
ferros retorcidos
eis ai...
toda nossa dor lusitana.
Democracia
Quando ouvi os gritos,
Tampei meus ouvidos.
Quando senti a fumaça,
Cobri meus olhos e nariz.
Quando o sangue respingou em mim,
Apenas lavei minhas mãos.
Quando a minoria estava nas ruas,
Tranquei-me na sala e liguei a tv.
Enquanto o governo coagia,
E a policia batia, minha omissão falava.
Com a coleira de ajuda e salários mínimos,
A sociedade me oprimia.
Só percebi que o caminho não tinha mais volta,
Quando amanhecia o dia.
Manchetes de jornal em sua maioria,
São sempre as mesmas e vazias.
Eu morria sem envelhecer,
Escravo de um sistema brutal,
Disfarçado de democracia.
A ilusão vendida à conta gotas,
Esmola para mentes vazias,
E isto sem perceber, havia me custado uma vida.
Estou sozinho...
A noite e linda...e a lua por testemunha..
Acendo o cachimbo...o bailar da fumaça ...
Estou sozinho...
Quero recomeçar ..observo a fumaça que sobe a chaminé do restaurante do outro lado da rua...onde sao preparadora hambúrgueres e fritas...pessoas comem e sorriem..famílias ...maridos ..esposas e crianças ...
As crianças que sentem a segurança e a satisfação num prato de hambúrguer com fritas..
Estou sozinho..
Olhando pra mim mesmo..e nao me lembro porque ...
Nao consigo me encontrar..talvez tenha me perdido no caminho..
A noite avança ..o cachimbo apaga..vou acende-lo ..
E continuar buscando..quem sabe a vontade de mudar..
De novo e de novo..para depois por fim adormecer...
Acordar e quem sabe tentar ser feliz...encontrar a felicidade..
Que tanto procuro nao sob as imperfeições da mina alma...
Mais na vontade de prosseguir!!!
Se queimar o amor a fumaça vai para o céu; e, das cinzas, torna-se grafite para escrever numa folha de papel que ainda existe.
Milton Maia Filho
Noite quente de verão ...
Sentado na varanda...charuto acesso...o bailar da fumaça ...
Insiste a alma em esboçar um quadro...
A grande obra da vida...pincelada na fumaça ..vai transformando..
O pensamento em realidade ...
Imagino duas realidades...
A primeira funde-se com a gravura da cidade...
Cidade que passa..logo ali abaixo..
Quente..veloz..preocupada e repleta de dramas...aflições ...
Verdadeiras ou imaginarias ...tao dramática que preocupa..amedronta...
A segunda ...ah a segunda ...esta vem do coração ...do meu pensamento que transporta a minha vontade...e também transforma...
Transforma o medo em coragem...o drama em romance...e as aflições em esperança...poderíamos ate chamar de Fe ...
A fé que nos faz acreditar sermos..nao mais meros espectadores do nosso destino...e sim verdadeiros cavaleiros errantes...
Cavaleiros errantes como D Quichote ...vivendo em uma erraticidade transformada em aventura...
Aventura de viver e transformar a arte...em obra de arte...
Na mais bela obra...de viver..amar..e
Assim transformar a ..
Vida!!!
Eu sou o meado da fumaça de um amor, do qual a chama enfraqueceu. E tu és as cinzas, que ali, esmigalhadas, voam com a brisa e de repente somem, esquecendo-se do que um dia significaram. Eu sou a metade da pétala de uma flor de plástico, tu és a raiz.
Minhas memórias… meu rosto verdadeiro… meu nome… Eu não sei de nada. Está tudo envolto em fumaça negra. Mas a fumaça irá clarear um dia. É nisso que acredito.
terrestre no terreno
embaixo do sereno
vivendo o momento
fumaça contra o vento
observando o movimento
o reflexo meio lento
com o olho ardendo
avermelhado do veneno
remédio do pensamento
torna brando o sofrimento
fica leve o passar do tempo
engrandece o pequeno
trás paz pro sentimento
semente abençoada
presente de outro reino
"Perdido, dividido, dirigido, carcomido e iludido, tem nos olhos o cifrão. Disfarça na fumaça e acha graça, sem saber que a rua passa entre a massa e o caminhão."
Seu nome tinha gosto de fogo e asas, de fumaça em espiral, de sutileza e força, e do sussurro áspero das escamas.
As pessoas se incomodam com minha fumaça quando queimo o meu verde , mas não se incomodam com a fumaça que queima e destrói o verde deles.
Rotina - setembro 11
... em chamas suspendendo no ar a fumaça cinza... a chapada se camufla e o cerrado a sobrevivência busca... é tristeza em lágrima escorrida nos olhos dos bichos e das plantas que se queimam... enquanto isso... a anos-luz ao redor de uma estrela k2-18b encanta a nasa com sua água... (márcio adriano moraes)
Isso desaparecerá de repente, como fumaça?
Meus olhos estão sempre preenchidos por você
Fico quentinha só de pensar
Eu vou te segurar e nunca mais te deixar ir
debilidade
inflexível é o tempo, dança
que passa, Maria fumaça
deixando na lembrança
marcando a carcaça...
- tudo fica mais frágil
o ágil perde a esperança
as engrenagens pagam pedágio
e o pouco no mínimo, danos
neste naufrágio, um só adágio:
capengamos! que siga os anos!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
24/10/2019, quinta feira
Cerrado goiano
