E nos teus Olhos que me Perco
Olhos machucados
Vi que olhos arregalados me fitavam.
Deles demandava uma frieza nunca vista.
Fixei meu olhar por um instante,
Vi que estavam distantes.
Olhavam-me ao léu.
Olhar triste de partida.
Portas opacas do inferno.
Em nada lembravam o céu.
Olhos malvados.
Machucados.
Desesperados.
Olhos apaixonados?
Olhos d’água.
Com olhar de águia.
Olhos com água.
Com olhar de mágoa.
Um olhar de tantos olhos,
De histórias não contadas.
Tristes olhos sem brilho
Na despedida brotaram em lágrimas.
Bolsas nos olhos
Meus olhos tentam guiar meus pensamentos.
Quando não querem me mostrar
Desviam o olhar num rápido movimento.
Porém se não vejo posso imaginar.
As bolsas que trago neles
As causas não são do tempo.
São depósitos daqueles
Que de amor alimento.
As pálpebras fecham com rapidez
Para evitar o pó da estrada
Tentam esconder de vez
Os tropeços da caminhada.
Quando estão fechados
Não sei por onde seguir.
Vou para o lado errado
Precisando me redimir.
Portanto, olhos meus,
Estejam sempre alerta.
Se rondarem os teus,
Façam a escolha certa.
Não te verei sucumbir diante de meus olhos!
Vou segurar tua mão pela estrada escura e velar teu
sono noite a fora...
Quero te mostrar a alvorada, a luz que teus sonhos
carregam.
Não existe tempestade que vá impedir de olhar juntos as estrelas
se assim a gente quiser e acreditar!
Sandra Lima.
O vermelho quente dos cabelos encandecidos pelo sol
Lindos olhos azuis que brilham e te guiam como um farol
Para um caminho ainda mais quente e de uma forma diferente
Faz com que eu te ame a cada dia e nunca tire da mente
Aquela imagem do teu corpo nu com formas perfeitas
As linhas feitas de caneta nas pintas que o corpo enfeita.
O poeta
O poeta chega à tardinha sem dizer nada.
Traz nos olhos uma panaceia em elixir.
Fica comigo pela madrugada.
Ao amanhecer tem que partir.
Em outdoors na minha mente
Espalha ideias e vontades.
Consegue entender o que meu amar sente.
Sabe como ninguém aguçar minha saudade.
Com ele vem só a folha em branco.
Quer sorver minha inspiração.
Sentamos eu e ele em algum banco.
E viajamos na nossa imaginação.
O poeta é meu leal confidente.
Por vezes soluçamos abraçados.
Sabe o que sinto e se cala sabiamente
Sofremos juntos, vivemos entrelaçados.
Só o que aprende a ver com os olhos redimidos da alma é capaz de ver as belezas invisas da vida aos carnais e enfrentar os contratempos com a certeza da vitória"
Não olhe agora
Não olhe agora,
Minha timidez vai me condenar.
Verás apenas meus olhos sem brilho.
Meio tristes e com vontade de te encontrar.
Não olhe agora,
Neste momento não há ondas no mar.
Apenas o barco da saudade ancorado e mudo
E a brisa fria insistindo em me torturar.
Não olhe agora,
Tudo é silêncio. Posso teu íntimo escutar.
Meus ouvidos se fecham nesta hora,
Pra não ouvirem a música que faz emocionar.
Não olhe agora,
Estou apenas olhando pra você.
Não tenho flores pra te dar.
Só versos secos pra te oferecer.
Não olhe agora,
Não quero que me vejas assim descontente.
Prefiro te ver feliz depois
Quando estiveres em minha frente.
Sua seus olhos dizem o que sua boca jamais atreveu dizer, eles são sua alma, sua expressão, o seu jeito, sua reflexão.
Por que não abrimos nossos olhos um pouco mais, pois eles estão fechados neste exato momento, e sonhamos sem perceber?
Olhar nos olhos ja não revela mais tanta coisa, em um mundo repleto de desejos insanos e corrompidos desaprendemos a ver o que realmente importa, o que não esta nos livros, nem na tecnologia, ou simplesmente nos gestos do cotidiano, desaprendemos a falar com o olhar, a demostrar amor com um simples toque, nos tornamos sombras de quem um dia fomos.
Quando começar abrir os olhos e ver quem você é de verdade você pode encontrar coisas lindas dentro de você, que você nem pensaria que existiria , mas também pode achar muitos defeitos mas você que decide se você vai deixar os seus defeitos esconderem sua luz
Salto os olhos pela janela
cheio de amores
para assistir a menina que passa
na rua das flores
esquina com a primavera
Fecho os olhos e
ousadamente
os meus lábios
tecem o teu corpo
na volúpia da tua pele.
As minhas mãos percorrem
calmamente,
sem pressa,
em carícias incontidas
em desejos refreados
de mulher-fêmea que
se solta nos teus braços.
Um instante abrasador
de loucura.
Nossas peles colam-se
suadas,
frementes
num amor arrebatado
que já não conseguimos conter.
Chuva fina de amor em exaustão -
limites para além da nossa paixão -
eu me dou no teu corpo vivido
bebes-me
sugas-me
a alma dentro do sentimento
em lençóis vermelhos para lá da imaginação.
Sem medos nem pudor
nossos corpos conhecem o caminho ...
"Otília Martel"
Ola!
Tudo bem?
Bom, como começar, dias após dias penso em você, meu olhos quando a vem enchem o meu coração, e em um doce suspiro imagino nos dois juntos, disse para se preparar, mas em um pequeno instante pensei, muitos momentos devem ser somente nosso e nada mais. Procurei rosas, mas não encontrei uma que chegasse a beira de sua beleza, procurei por palavras, o mesmo aconteceu, mas nessa busca incansável encontrei um gesto, somente o seu sorriso se torna meu sorriso.
olhei para você me senti perdido,
meus olhos queimaram no momento
que desisti que viver entre amor e morte
não vem com suas convicções
quando dizer que musica parte
do teu corpo nu nas discrepâncias
desta alienação daqueles momentos
que se passaram no estante que disse meu amor.
Hoje ao olhar meus olhos no espelho percebi o quanto estava perdida, fugi de tudo que sou para não viver mais em meio a dor. Mas pela primeira vez pude sentir o abrir das cortinas , o circo acabou , a ficha caiu e eu percebi que está na hora de outro caminho seguir.
Islene Souza Leite
Desesperado
Na incerteza de um amanhã, meu corpo segue resignado,
Olhos fundos, peito fechado e pensamentos x, y e z na mesma equação.
É como se as forças que me prendem estivessem aumentado
Meu fantasma, esprito, alma, éter, estão fora de comunhão.
Nesse embaraçar "entranhoso", uma angústia permeia-me
Sem pedir licença, esta me faz rogar por cessar
E inconformado com a vida, procuro-te
Para que possas me ajudar.
Embora seu coração seja bom, optas por me deixar
Ao léu, sem explicação.
E eu, por me deixar levar
Acabo sempre sozinho numa longa e fria escuridão.
